02 setembro 2010

pronto, que remédio, voltei

Está calor, mas um calor de fazer o Verão de Portugal parecer uma Primaverinha tímida. O crianço pequeno acorda a meio da noite com o jet lag e eu já estive mais longe de procurar "colégios internos para bebés" no google. O crianço maior ainda não sabe bem o que lhe aconteceu e por que é que não está rodeado de família em Portugal mas sim de criancinhas asiáticas na escola, que não lhe respondem só porque ele fala português. Eu ainda não sei bem o que ando a fazer da minha vida e por que é que insisto em mais um ano de lágrimas, gritos e vontade de mandar tudo às urtigas. Entretanto, respondo a anúncios de todo o tipo de empregos e desejo fechar os olhos e só os abrir em 2012. Tanta asneira que eu escrevia aqui agora, senhores, mas a minha Mãe também já lê este blogue, de modo que tenho de parecer educada e com as neuroses sob controlo.

5 comentários:

  1. Não sei se ajuda, mas também ja me senti assim. Claro que Paris é mais perto do que os States e de vez em quanto la estava eu a voar.
    Mas agora (estou ca ha 7 anos) tudo é diferente e começo a pensar que nunca mais vou voltar a Portugal e aqui é que sou feliz (por favor não digas nada la em Lisboa).

    ResponderEliminar
  2. Oh Pááááááááááá!!!
    Queria tanto ajudar-te!!!!

    Mas não posso, bem sei... a não ser que... queres que te mande umas urtigas para teres aí a jeito?!?! É que se não, nem isso (mandar coisas às urtigas) podes!!! :oP

    Bjss

    ResponderEliminar
  3. gralha, tu descontrola a neurose de vez em quando senão vais explodir, ou melhor implodir.
    Eu, mãe residente em território nacional, queixo-me quase todos os dias e faço um drama por coisa nenhuma. Tu tens direito à tua fatia de drama sim. Depois sacodes a poeira do capote e pensas no que é que podes tirar da tua estadia aí.
    Vá, grita e depois ri-te, sim?

    ResponderEliminar
  4. Lisboa é a cidade mais bela do mundo. Pronto. É verdade sim senhor, que eu também concordo e nem sequer estive em nova iorque nem em princeton e não vi os campos cheios de neve, nem a cor das folhas no outono nem todas as coisas grandiosas que certamente há por todo o mundo e aí também. Não faz sentido, eu sei.
    Gosto disto aqui, mesmo depois de uma semana em Paris, e entendo-te. Ou julgo entender que nunca vivi longe, muito menos em terras americanas.
    Força, que vai melhorar. E tenho de me rir contigo, porque escreves divinamente.

    Beijos grandes

    ResponderEliminar
  5. Eu estou há um ano desterrada na terra das socas e das bicicletas. Voltámos há 3 semanas de Portugal e à saída do aeroporto só não chorei e me agarrei à asa do avião para não alarmar as duas criaturas pequenas que me acompanham. Passei os 1ºs dias do regresso a maldizer tudo e a fantasiar com o regresso à Pátria (que nunca será antes de 2012, provavelmente 2013).
    Diz os palavrões que te apetecer que de qualquer forma ninguém te entende ;)

    ResponderEliminar