Permitam-me o desabafo: estou farta daquela conversa do life coaching, do positivismo, do abraçar novos projectos a cada esquina. Gente, às vezes um obstáculo na vida é isso mesmo, um obstáculo, e não um incentivo a encontrar caminhos alternativos; um espinho não é uma coceguinha boa na criatividade, é uma coisa que pica e dói. Uma dificuldade não é um desafio à imaginação, é algo com que temos de lidar de peito aberto. Chega de nos tentarem vender que a saída é sempre em fuga para a frente. Basta de sugerirem que faz sentido abraçar empreitadas de fresco a cada segunda-feira. E que tal experimentarem um bocadinho de perseverança? Que tal ousarem a paciência para o chefe chato, para o marido de há anos, para o cão velho que já não sobe sozinho para o sofá? Toda a gente gosta de novidades mas hay que tenerlos para insistir num sonho antigo, para terminar uma tese, para ler aquele livro até ao fim, para continuar a andar mesmo nos dias em que aquilo tudo já não faz sentido nenhum. Isso é que era coisa de gente crescida: deixarem-se de mantras em letterings fofinhos e darem no duro na vida real, de todos os dias.
E, por amor de Deus, parem de viver para
Bravo!
ResponderEliminarE simplesmente parem de viver idilicamente no meio de frases feitas que já aborrecem até o menino Jesus!
ResponderEliminarEu sou acometida de espasmos estomacais de cada vez que vejo mais um dizer ilustrado sobre como é bom sofrer, recomeçar, dar a volta por cima, fazer da dor vantagem e poesia.
ResponderEliminarClap! clap! clap! :)
ResponderEliminarJuro-te que não sou do contra :) mas pronto confesso que gosto!
ResponderEliminarQuanto à feijoada, a esta hora já mergulhava o garfo como fiz no sábado com uma feijoada de choco :)
Também eu, Té :)
ResponderEliminarConcordo.
ResponderEliminarO que precisamos é de "grit"!
amen para este post!
ResponderEliminarQue texto inspirador! :-) Quase parece escrito para mim hoje... ele há com cada coincidência!
ResponderEliminarO começar de novo não tem que ser, de facto, sempre a solução para as dificuldades, às vezes é preciso assumir as fragilidades, lamber as feridas e continuar a luta!
Ana
Grit e uma grande paciência, Quando me encontrares.
ResponderEliminarLeva daqui toda a inspiração que quiseres, Lua Descalça.
Esta moda tarda em passar, Ana C., é melhor abastecermo-nos de Compensan.
Se há Alguém que insiste na importância de não sermos cata-ventos humanos é o menino Jesus, Naná.
E boas vindas às novas comentadoras que apareceram por cá. Façam de conta que estão em vossa casa :)
Apesar de enfiar a carapuça naquela do "hay que tenerlos para insistir num sonho antigo, para terminar uma tese", este post merece um blogpulitzer.
ResponderEliminarBlogpulitzer aprovado!
ResponderEliminarCá está uma coisa que gostava de ter escrito.
Blogpulitzer aprovado!
ResponderEliminarCá está uma coisa que gostava de ter escrito.