28 julho 2014
aerofolios
As palavras são feitas de ar e andam por aí, ao dispor de todos. As histórias, pelo menos as boas histórias, são mais raras. O pior é que as palavras certas e as histórias suculentas nem sempre se cruzam para gozo da audiência. A prática pode melhorar o desempenho do músculo narrativo mas tem de haver por trás a capacidade inata de criar alguma coisa nova, mesmo, mesmo boa. Não basta embrulhar um enredo catita numa série de adjectivos. Na verdade, escapa-me completamente a lógica formal que sustenta um texto extraordinário. Só consigo descrever o efeito ao lê-lo: contrariando o peso dos caracteres na folha de papel, uma grande e bem contada história faz-nos levantar voo e entrar num mundo diferente. Tão simples, não é? Era bom, era.
Era? Então não é?! Do melhor! Tem Fé!
ResponderEliminarEu tenho imensa Fé, dona da mota (quer dizer, tem dias). Mas desde o Sermão de Santo António aos peixes que me parece que a literatura não tem bebido muito dessa fonte.
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