28 abril 2006

posso começar já por aqui

Salto Angel
No seguimento da minha rota mais recente, pelos países lindíssimos vamos-fazer-de-conta-que-somos-uma-democracia, gostava muito de conhecer a Venezuela. Alguém já lá esteve e pode dar-me umas dicas?

27 abril 2006

oferece-se

Pequena gralha para cargo de viajante profissional. Alguma experiência, ansiosa por aumentá-la. Trabalho por objectivos (carimbos no passaporte e novos amigos no coração). Não preciso de ordenado, desde que paguem os custos das viagens. Aceito deslocações no país e ao estrangeiro, à excepção (actual) do Iraque, Irão, Afeganistão, Serra Leoa e Libéria. Ofereço garantias*

*Não sei do quê, mas parece-me bem oferecer. Pelo menos da minha satisfação.

26 abril 2006

deficit cultural

Não ando a alimentar-me convenientemente no que diz respeito às artes. Espero que isto não pareça snob (se parecer, paciência), mas preciso de ir lendo umas coisinhas boas, de ir ouvindo uma musiquinha nova, de ir sendo confrontada com novas encenações de qualquer coisa já bem antiga ou, simplesmente, de ficar a olhar para um quadro, roída de inveja por não ter sido eu a pintá-lo.
Posto isto, por que é que não vou à Festa da Música, ao Indie, ou ao concerto de um dos meus novos colegas?
Preguiça, meus amigos. O pior inimigo do cérebro humano.

24 abril 2006

de volta

O tempo e um belíssimo fim-de-semana por terras minhotas ajudaram a amaciar as minhas inquietações. Ou será que é só parte da maquilhagem de que falava, que já começa a substituir o bronzeado que se desvanece? Seja como fôr, preciso de descansar um pouco na segurança da rotina diária.
Fica a imagem da minha prima de terras caribenhas.

20 abril 2006

desorientada

Até há pouco, a coisa que mais desejava na vida era ter o meu primeiro filho. Passava tempo demais nos babyblogs, sonhava com todos os miminhos, toda a emoção da gravidez, do parto, dos primeiros meses.
Agora - não sei se foi das férias, dos Mojitos, da alguma saturação num trabalho poucas vezes estimulante - estou virada do avesso. Sinto-me tão angustiada e nem sei bem porquê... Largava tudo e ia para longe dar outra utilidade à minha vida, ao serviço de quem mais precisa. Estou farta do Ocidente, das nossas certezas e fechamento intelectual. Tenho ânsia do essencial e parece que isso, por cá, está demasiado coberto por camadas e camadas de maquilhagem. Quero sentir os pés na terra quente e dançar com gente que cheira a sal e a sabão.
Continuo a querer ser Mãe mas tenho de arrumar as minhas ideias e o meu coração.

18 abril 2006

cubanizada

Tenho o coração apertadinho, apertadinho com saudades de Cuba e de todas as pessoas maravilhosas que conheci por lá... Aquilo é tão bonito, as férias foram tão boas... Recuso-me a aceitar que já acabou. Entrei em negação: ando de manga curta e sapatinhos de Verão. Que venha a dôr de garganta. É favor devolverem-me a Cayo Largo e já agora deixem-me dormir, que estou com os horários todos trocados.

07 abril 2006

Boa Páscoa!

Desculpem lá a linguagem menos bonita, mas não resisti...
Esta gralha parte daqui a umas horas para a terra dos Mojitos, salsa, charutos e ditadores idosos com barba. Regressa em breve, um ano mais velha e, se possível, mais bronzeada. Boa Páscoa a todos!

it's a kind of magic

Às vezes, há momentos inesperados que nos aquecem o coração e fazem regressar àquele deslusbramento da infância. E isso faz toda a diferença num dia em que tudo o mais saíu torto.
Anteontem fui comprar o presente de aniversário do L., a um centro comercial que tem o nome de um navegador português (daquele mesmo português, não do alegadamente português/ genovês/ espanhol). Logo para começar, havia um trio de violoncelo a tocar ao vivo. Que ideia fantástica! O ambiente passa logo, do frenesi das compras de início do mês, para alguma coisa que nos convida a desacelerar e ficar a ouvir um bocadinho.
O momento inesperado, esse, foi quando entrei na loja para comprar o dito presente - uma caixa com truques de magia - e, indecisa, pedi ajuda ao funcionário. Parecia ele que estava à espera que alguém lhe pedisse aquilo há meses! Não fez mais nada: abriu várias caixas e deu início a um verdadeiro espectáculo de magia, com direito a truques de cartas, copinhos de onde saltam bolas impossíveis, dedos luminosos mais rápidos do que o meu olhar acompanhava, uma parafernália de ilusões! Confesso que até nem costumo ser grande entusiasta destas coisas, mas aquela encenação surpreendente, que o senhor fez pelo simples prazer de ver o meu ar acriançado a tentar descobrir os truques, conseguiu deixar-me um sorriso para o resto do dia.

06 abril 2006

o meu rebento

A pedido de várias famílias, aqui fica o primeiro retrato do meu feijãozinho com 2 semanas de vida:

05 abril 2006

efeito bronze

Há por aí agora uma loção corporal - acho que não preciso de fazer publicidade, é aquela que põe moçoilas com carnes nos anúncios - que promete oferecer-nos um bronzeado enquanto nos hidrata a pele ressequida. Ora eu já sou, por natureza, um bocado céptica em relação a alguma coisa que promete dar-nos um aspecto de quem esteve 2 semanas de férias sem nunca termos saído da frente do computador, mas alguém me explique como é que isto pode não ser uma fraude. É suposto passarmos o creme só no corpo, ficando com a carinha laroca bem branquinha, como se tivessemos uma couve-flor a nascer dos ombros? Ou é preferível distribuirmos a dita loção também pelas faces, correndo o risco de ficar com um acesso de acne tardia passados uns dias de aplicação? Na verdade, isto inquieta-me porque pertenço a uma sub-espécie grálhica que fica terrivelmente pálida no Inverno, dificilmente bronzeia no Verão, e se recusa a pôr os pezinhos num solário. Oh, sim, que problemas tão graves que me atormentam...

03 abril 2006

surfin' grackle

Este fim-de-semana foi bom, bom, como já estava a precisar há uns tempos. Nada de medidas, estuques, electrodomésticos e confusões! Só um belo solzão, praia, amigos, esplanada e descanso (e umas sabrinas prateadas novas! estou apaixonada!).
No Sábado de manhã, fomos para Carcavelos porque tinha oferecido ao L. uma aula de surf, coisa que ele nunca tinha experimentado. As ondas não estavam grande coisa e o mar estava a puxar um pouco mas é claro que aqui a gralha quis logo mostrar as suas habilidades para impressionar o namorado. "Olha para mim, tão gira neste fato justinho (yeah, right)". "Olha agora, a apanhar esta vaga monumental (50 cm de espuma)". "Olha esta, eu a dar uma cambalhota e a apanhar com a prancha na nuca...". "Olha, tantas estrelas!"
E, antes que eu perdesse a consciência enquanto era arrastada para fora por uma corrente, o meu principe veio salvar-me e tirar-me dali para fora. Ou seja, o meu objectivo de passar por donzela-em-apuros foi cumprido e, a seguir, pudemos ir almoçar com amigos para ele se gabar do seu grande feito. O que uma gralha não faz por amor.