Pronto, então é assim: se algum dia eu cometer um grande crime nos EUA, na Coreia, na Turquia, ou assim, e for condenada à morte, a minha última refeição pode ser a seguinte:
Entrada:
Folhadinho (muito estaladiço) de galinha com pinhões e passas e umas folhas de rúcula para abrir caminho para o resto do manjar
Prato principal:
Uma travessa gigante de sushi e sashimi com muito wasabi para ter desculpa para chorar com pena de mim própria
Sobremesa:
Strüdel de maçã e frutos silvestres com gelado de nata
Acompanho tudo isto com uma garrafita de Vila Santa tinto e termino com uma chávena de café Blue Mountain e um chocolatinho 90% cacau Lindt.
(que querem, dá-me para estes apetites às terças-feiras de manhã)
29 janeiro 2008
28 janeiro 2008
parabéns tio gralho
O meu irmãozinho pequenino (matulão) já é dr. e, como lhe é muito próprio, só o soube a menos de 24 horas de começar uma pós-graduação a centenas de quilómetros daqui. Arriscou, fez as malas, fez-se à estrada e fez bem. Mais uma vez vai para longe - e é bom que nos habituemos já que vai trabalhar na área do turismo - e mais uma vez o Guguinha (que já está um bocadinho melhor) fica sem ver o único tio por uns bons tempos :(. Mas é por uma boa razão. Sei que não lês isto M. mas desejo-te o que desejo ao meu filho: a maior das felicidades e o maior dos sucessos!
24 janeiro 2008
a grande conspiração
Matias: OK, então já sabes o que é preciso fazer, não é?
Gustavo: Mas não achas que começa a ser um bocado suspeito eu ficar doente com tanta frequência?
Matias: Não, pá. Como andas na creche eles acham normal. Vamos rever o plano?
Gustavo: Mas eu até gosto de ir à escola... Lá tenho amigos e montes de brinquedos...
Matias: Isso é tudo muito bonito mas eu não gosto de ficar sozinho em casa. Queres ou não queres que eu te deixe puxar-me as orelhas?
Gustavo: Pronto, está bem...
Matias: Então, já sabes: quando ela te for buscar, começas a fungar e a fazer um ar sonolento.
Gustavo: Certo.
Matias: Depois, ao jantar, podes comer mas depois convém que devolvas tudo à precedência.
Gustavo: Mas, mas...
Matias: Nada de "mas"! E depois, quando te forem medir a febre, aproveitas quando estiverem distraídos e aproximas o termómetro do aquecimento.
Gustavo: OK, se achas que é mesmo preciso.
Matias: E não te esqueças de dar umas boas tossidelas. Inclusive durante a noite, senão eles topam que é tudo um esquema.
Gustavo: E assim deixas-me andar a cavalo de ti?
Matias: Estás a brincar?! Tu já pesas alguns 13 kg e eu já não vou para novo. Deixo-te puxar-me o rabo e já vais com muita sorte. Não te esqueças que eu sou o irmão mais velho, eu é que mando cá em casa.
Gustavo: Mas não achas que começa a ser um bocado suspeito eu ficar doente com tanta frequência?
Matias: Não, pá. Como andas na creche eles acham normal. Vamos rever o plano?
Gustavo: Mas eu até gosto de ir à escola... Lá tenho amigos e montes de brinquedos...
Matias: Isso é tudo muito bonito mas eu não gosto de ficar sozinho em casa. Queres ou não queres que eu te deixe puxar-me as orelhas?
Gustavo: Pronto, está bem...
Matias: Então, já sabes: quando ela te for buscar, começas a fungar e a fazer um ar sonolento.
Gustavo: Certo.
Matias: Depois, ao jantar, podes comer mas depois convém que devolvas tudo à precedência.
Gustavo: Mas, mas...
Matias: Nada de "mas"! E depois, quando te forem medir a febre, aproveitas quando estiverem distraídos e aproximas o termómetro do aquecimento.
Gustavo: OK, se achas que é mesmo preciso.
Matias: E não te esqueças de dar umas boas tossidelas. Inclusive durante a noite, senão eles topam que é tudo um esquema.
Gustavo: E assim deixas-me andar a cavalo de ti?
Matias: Estás a brincar?! Tu já pesas alguns 13 kg e eu já não vou para novo. Deixo-te puxar-me o rabo e já vais com muita sorte. Não te esqueças que eu sou o irmão mais velho, eu é que mando cá em casa.
23 janeiro 2008
coisas que eu não sabia I
Antes de ser Mãe não sabia que as dores dos filhos nos doem tanto mais a nós, pais.
22 janeiro 2008
ela escreve tão bonito
O meu coração bate palminhas quando descubro um blogue que vale mesmo, mesmo a pena. É que ela escreve bem como o caraças, pá! Fico abrutalhada perante linhas puras e simples.
(E, sim, acaba com os meus últimos preconceitos, os que definem que nos subúrbios se perdeu o Norte à beleza.)
Senão, vejam lá só um bocadinho do post "Monte Abraão, 19h00":
"Fico-me pela mãe que dá colo ao rapaz que já não tem idade para colo e se equilibra de encontro ao apoio da coxia. Ele não repara, mas está bom de ver que por hoje ela já deu tudo o que tem - está a funcionar só a amor."
(E, sim, acaba com os meus últimos preconceitos, os que definem que nos subúrbios se perdeu o Norte à beleza.)
Senão, vejam lá só um bocadinho do post "Monte Abraão, 19h00":
"Fico-me pela mãe que dá colo ao rapaz que já não tem idade para colo e se equilibra de encontro ao apoio da coxia. Ele não repara, mas está bom de ver que por hoje ela já deu tudo o que tem - está a funcionar só a amor."
21 janeiro 2008
sozinha
Sempre precisei de estar, de vez em quando, um bocadinho sozinha. Com os meus pequenos rituais. A não fazer nada. Enrolada num cobertor, só com uma mãe de fora a equilibrar um livro - já para não falar da minha "fantasia" mais recente que é apenas estar um bocado numa esplanada com sol e calor, a torrar as pernas enquanto bebo um sumo de laranja e devoro um livro inteiro ou mesmo uma revista fútil. Como é muito difícil ter esse bocadinho sozinha, às vezes irrito-me com certas coisas sem necessidade.
O que é engraçado quando faço o contraste com o filme que vi ontem (I am Legend), que aborda a mais profunda solidão do ser humano. O fim do ser humano enquanto tal porque o ser-se humano é inseparável do estar com outros seres humanos. Mas é possível que seja isso, acima de tudo, que me falta: sentir falta dos outros para me humanizar um pouco. Para aceitar as pequenas falhas, para reconhecer as minhas imperfeições, para dar o devido valor a cada gesto.
O que é engraçado quando faço o contraste com o filme que vi ontem (I am Legend), que aborda a mais profunda solidão do ser humano. O fim do ser humano enquanto tal porque o ser-se humano é inseparável do estar com outros seres humanos. Mas é possível que seja isso, acima de tudo, que me falta: sentir falta dos outros para me humanizar um pouco. Para aceitar as pequenas falhas, para reconhecer as minhas imperfeições, para dar o devido valor a cada gesto.
18 janeiro 2008
isto é mesmo um babyblog e pronto
Chegar a casa à hora de almoço e bater uma saudade tão grande que tenho de ir ao teu quarto pegar nas tuas coisas, cheirar a tua essência que por lá mora há meses. Que mora em mim desde sempre... Amo-te desde sempre filho, desde muito antes de seres concebido. Foi por isso que a primeira sensação que tive quando te vi cá fora foi: "chegaste, por fim". E o meu amor por ti é eterno como nem as estrelas são. Eterno porque só o verdadeiro amor é eterno, apesar de tudo o que possa acontecer.
17 janeiro 2008
bin laden ou o grande punzete?
Ontem alguém se descuidou e lá fui eu (e mais os outros iscterianos todos) evacuada. A sério, na televisão tentaram dar um ar gravoso à coisa - começo a suspeitar que é isso que fazem as televisões: dar um ar sério a eventos banais -, mas a verdade é que cheirava a pum, e muito. Eu achei logo que isto era coisa de aluno que não queria fazer um exame naquele dia, como é tradição antiga aqui no estabelecimento, mas o que é certo é que nos puseram fora, à chuva e ao frio, sem casacos, malas, chaves, coisa nenhuma (vá lá que tinha o telemóvel no bolso). Foi tudo muito tranquilo e à boa maneira portuguesa, a notícia a passar de boca em boca: "olha, acho que é para sair porque cheira a gás." "Ah, está bem, deixa-me só acabar o cigarrinho que agora não posso passar nos corredores com isto aceso." Aparentemente, nem a miséria de um alarme existe. E nem sequer desligaram a electricidade quando ainda se pensava que era mesmo gás. Fico muito mais tranquila por saber que temos um plano de emergência exaustivo e treinado a primor.
16 janeiro 2008
dois anos de blogue
Isto é só efemérides, hoje o gralha dixit faz dois anos, eeeeeehhhhh! Mudou muito desde o início, passou de anónimo a privado, continua a correr grandes riscos de se tornar um babyblog, mas acho que ainda cumpre a sua função inicial: servir de registo das minhas opiniões mais insignificantes - e também de algumas com a sua importância. Muito obrigada a todos os visitantes e comentadores :)
Ontem foi uma noite muito especial porque pudemos testemunhar ao vivo e a cores os primeiros passos a solo do Gustavo. A emoção ao passar por este momento é indescritível! Este filho está praticamente criado.
(também está bastante melhor e já foi para a escola, vamos ver até quando...)
Ontem foi uma noite muito especial porque pudemos testemunhar ao vivo e a cores os primeiros passos a solo do Gustavo. A emoção ao passar por este momento é indescritível! Este filho está praticamente criado.
(também está bastante melhor e já foi para a escola, vamos ver até quando...)
12 janeiro 2008
10 meses
Meu amor pequenino, é incrível mesmo como já foi há 10 meses que nasceste. Hoje não vamos passar um dia muito animado porque continuas doente e eu vou ter de ir trabalhar mas sei que ficarás bem a brincar com o papá. Sobretudo agora que ele anda babado porque já dizes papá! :) Este mês brincaste muito com os novos brinquedos que recebeste no Natal, tornaste-te ainda mais gralhador (se tal era possível) e ganhaste confiança para, quando te distrais, ficares de pé sem apoio. Mas a maior conquista são sem dúvida os primeiros passos agarrao ao meu dedo. Tic, tc, tic, lá vamos nós corredor fora. Vamos ver quando ganhas agora confiança para o fazer sozinho...
11 janeiro 2008
enquanto não ganho o euromilhões
Vão chegando outros prémios simpáticos, desta feita da Rita, e que muito agradeço :D.
"1. Este prémio deve ser atribuído aos blogs que considerem serem bons (entende-se como bom os blogs que costumam visitar regularmente e onde deixam comentários);
2. Somente se recebeu o "Diz que até não é um mau blog", deve escrever um post contendo: a indicação da pessoa que lhe deu o prémio com um link para o respectivo blog, a tag do prémio, as regras e a indicação de outros 7 blogs para receberem o prémio;
3. Deve exibir a tag do prémio no seu blog, de preferência com um link para o post em que fala dele"
Os eleitos aqui do burgo são, por ordem alfabética:
1- O Baby Boom;
2- O Blog Catita;
3- O de pai para filho;
4- O luz & sombra;
5- A Maçanica;
6- O quadro de ardósia
7- O SaraMM
... E muitos outros mas só podiam ser 7 e não quero repremiar sempre os mesmos senão ficam mimados e não escrevem com regularidade ;)
"1. Este prémio deve ser atribuído aos blogs que considerem serem bons (entende-se como bom os blogs que costumam visitar regularmente e onde deixam comentários);
2. Somente se recebeu o "Diz que até não é um mau blog", deve escrever um post contendo: a indicação da pessoa que lhe deu o prémio com um link para o respectivo blog, a tag do prémio, as regras e a indicação de outros 7 blogs para receberem o prémio;
3. Deve exibir a tag do prémio no seu blog, de preferência com um link para o post em que fala dele"
Os eleitos aqui do burgo são, por ordem alfabética:
1- O Baby Boom;
2- O Blog Catita;
3- O de pai para filho;
4- O luz & sombra;
5- A Maçanica;
6- O quadro de ardósia
7- O SaraMM
... E muitos outros mas só podiam ser 7 e não quero repremiar sempre os mesmos senão ficam mimados e não escrevem com regularidade ;)
10 janeiro 2008
básica
(acho que já tinha escrito um post com este título mas como estou mesmo básica não consigo pensar noutro)
É engraçado como, ao cabo de uns dias a dormir uma miséria, entro num estado mental correspondente ao dos computadores em safemode, isto é, só respondo ao básico, habitualmente com um grunhido. Venho a caminho do trabalho e, ao contrário das outras manhãs em que cogito sobre os grandes paradigmas filosóficos dos nossos dias ou planeio soluções para os maiores problemas da humanidade (not!), reajo a tudo o que passa por mim com um simples "gosto" ou "não gosto".
Apanhar sol nas bochechas: gosto.
Escorregar nos passeios porque se fartou de chover de noite e nem toda a gente recolhe os cocós dos seus cãezinhos: não gosto.
Apanhar as músicas começadas pela letra E no meu novo telemóvel com mp3 com 1 GB (até que enfim uma utilidade para um telemóvel): gosto.
Perder a chave do trabalho no forro da mala depois de ontem a ter encontrado (a custo, como podem imaginar) na borracha da porta da máquina de lavar: não gosto.
O novo anúncio das Oreo, em que o leite foge do copo para ir ter com as bolachas: gosto.
Os estofos cinzentos com cornucópias bordeaux de um qualquer automóvel: não gosto.
A piadinha do senhor brasileiro que está a distribuir os jornais gratuitos que eu nunca pego mas leio as letras gordas: gosto.
O António Vitorino a cruzar-se comigo com um sobretudo demasiado comprido que o faz parecer o Conde Patrácula: não gosto.
Chegar ao trabalho e ter, pela primeira vez em meses, apenas uma pequenina pilha de papeis com problemas por resolver: gosto.
É engraçado como, ao cabo de uns dias a dormir uma miséria, entro num estado mental correspondente ao dos computadores em safemode, isto é, só respondo ao básico, habitualmente com um grunhido. Venho a caminho do trabalho e, ao contrário das outras manhãs em que cogito sobre os grandes paradigmas filosóficos dos nossos dias ou planeio soluções para os maiores problemas da humanidade (not!), reajo a tudo o que passa por mim com um simples "gosto" ou "não gosto".
Apanhar sol nas bochechas: gosto.
Escorregar nos passeios porque se fartou de chover de noite e nem toda a gente recolhe os cocós dos seus cãezinhos: não gosto.
Apanhar as músicas começadas pela letra E no meu novo telemóvel com mp3 com 1 GB (até que enfim uma utilidade para um telemóvel): gosto.
Perder a chave do trabalho no forro da mala depois de ontem a ter encontrado (a custo, como podem imaginar) na borracha da porta da máquina de lavar: não gosto.
O novo anúncio das Oreo, em que o leite foge do copo para ir ter com as bolachas: gosto.
Os estofos cinzentos com cornucópias bordeaux de um qualquer automóvel: não gosto.
A piadinha do senhor brasileiro que está a distribuir os jornais gratuitos que eu nunca pego mas leio as letras gordas: gosto.
O António Vitorino a cruzar-se comigo com um sobretudo demasiado comprido que o faz parecer o Conde Patrácula: não gosto.
Chegar ao trabalho e ter, pela primeira vez em meses, apenas uma pequenina pilha de papeis com problemas por resolver: gosto.
09 janeiro 2008
coisas que já sobejam
O Inverno. Não tenho feitio para o Inverno. Não há vantagens no Inverno. Que chova nas couves, que esfrie nos Pólos. Que me deixem apanhar sol e calor daquele que toda a gente não suporta mas a mim me deixa com um sorriso nos lábios.
A moda da roupa roxa. Não gosto. Acabem lá com isso, por favor.
O Gustavo estar sempre a ficar doente, com febre e com tosse de cada vez que vai mais do que 3 dias seguidos à creche. Fico com o coração pequenino e não consigo pensar em mais nada.
A moda da roupa roxa. Não gosto. Acabem lá com isso, por favor.
O Gustavo estar sempre a ficar doente, com febre e com tosse de cada vez que vai mais do que 3 dias seguidos à creche. Fico com o coração pequenino e não consigo pensar em mais nada.
08 janeiro 2008
às vezes esqueço-me
Ora bolas, sou adulta! Eram quase quatro da tarde e apetecia-me pizza. A vozinha interior apressou-se a ditar que já não eram horas de almoço e ainda não eram horas do lanche. Sobretudo, que pizza não é lanche. Comi a bela fatia bem gordurosa e soube-me pela vida.
Hi5
Não, a sério, o que é que leva estes senhores a pensar que eu os quero conhecer?
(ou por que é que eu ainda estou metida nesta treta do Hi5?)
p.s. Houve para aí uns problemas com os comentários devidos à minha nabice mas acho que já estão resolvidos. Desculpem lá se houve comentários vossos perdidos para todo o sempre no vazio da blogosfera.
(ou por que é que eu ainda estou metida nesta treta do Hi5?)
p.s. Houve para aí uns problemas com os comentários devidos à minha nabice mas acho que já estão resolvidos. Desculpem lá se houve comentários vossos perdidos para todo o sempre no vazio da blogosfera.
05 janeiro 2008
bodas de papel
Hoje é o primeiro aniversário do meu casamento. É um primeiro aniversário um pouco estranho porque não parece que estamos casados há 365 dias. Foram poucos os tempos que passámos a dois no meio disto de sermos pais de primeira viagem. A verdade é que não houve muito tempo para sermos só e apenas marido e mulher. Não houve tempo para mimos alongados e jantares românticos - e daí, também não houve muito tempo para discussões nem para começarmos a embirrar com os hábitos estranhos um do outro. Não foi bem o primeiro ano, foi mais o ano zero. Mas até foi um bom ano zero e, olhando para trás, não podia estar mais convicta de que este é mesmo o homem com quem eu quero passar o resto dos meus dias. O homem que é o (excelente) pai do meu filho. O homem que faz sopas enquanto eu estendo a roupa. O homem que me ensina a tocar piano e também quis aprender a tricotar. O homem que gosta de voar mas também tem paciência para dançar comigo mesmo que troque os passos todos. O homem que me abraça quando chego à cama geladinha, que me pede festas nas orelhas e que tem paciência (e um sorriso constante) para o meu constante gralhar. Obrigada por este ano, meu amor. Que venham muitos mais melhores ainda!
04 janeiro 2008
o que é que vocês faziam?
No jardim em frente a minha casa - com parque infantil e tudo - procede-se a um tipo de comércio duvidoso a partir do final da tarde. Nessa altura, e noite fora, diversas personagens por lá circulam, desde os vulgares passeadores de cães aos sem-abrigo a caminho do seu poiso e todo o tipo de pessoas.
(aquilo parece uma amostra representativa da população residente em Portugal, dá imenso jeito a qualquer sociólogo que queira fazer inquéritos)
O que me deixa um pouco intrigada e até angustiada é que, quase todas as noites, e até altas horas, há uma família de mãe-pai-e-filho que fica pelo jardim, faça chuva ou faça sol (neste caso, lua), esteja calor ou frio. A mãe é magra com um cigarro, sempre de óculos escuros. O pai tem um aspecto deplorável, é bruto e grita o ocasional palavrão para o filho quando ele desobedece. Este, com os seus 5 anos, lá anda atrás do seu brinquedito, jogando à bola às nove da noite, enxotando os pombos adormecidos à meia-noite e tal, tudo isto sob a fumaça contínua do tabaco dos pais (nos jardins ainda se pode!). Não sei se eles estão mesmo a vender droga (é o que me parece) nem é isso que me interessa particularmente. O que me custa é ver aquela criança, com aquela idade, sempre ali, ao frio, em vez de estar na cama a dormir. Como está o meu filho. Não vejo que o maltratem mas... O que fazer? Não tenho nada a ver com o assunto mas onde é que termina a privacidade de cada família e começa a nossa responsabilidade de cidadãos?
(aquilo parece uma amostra representativa da população residente em Portugal, dá imenso jeito a qualquer sociólogo que queira fazer inquéritos)
O que me deixa um pouco intrigada e até angustiada é que, quase todas as noites, e até altas horas, há uma família de mãe-pai-e-filho que fica pelo jardim, faça chuva ou faça sol (neste caso, lua), esteja calor ou frio. A mãe é magra com um cigarro, sempre de óculos escuros. O pai tem um aspecto deplorável, é bruto e grita o ocasional palavrão para o filho quando ele desobedece. Este, com os seus 5 anos, lá anda atrás do seu brinquedito, jogando à bola às nove da noite, enxotando os pombos adormecidos à meia-noite e tal, tudo isto sob a fumaça contínua do tabaco dos pais (nos jardins ainda se pode!). Não sei se eles estão mesmo a vender droga (é o que me parece) nem é isso que me interessa particularmente. O que me custa é ver aquela criança, com aquela idade, sempre ali, ao frio, em vez de estar na cama a dormir. Como está o meu filho. Não vejo que o maltratem mas... O que fazer? Não tenho nada a ver com o assunto mas onde é que termina a privacidade de cada família e começa a nossa responsabilidade de cidadãos?
01 janeiro 2008
resoluções de ano novo
Nunca faço mas este ano fiz três:
- Vou aprender a tocar piano (já comecei)
- Vou começar a escrever o meu primeiro romance (já tenho o enredo)
- Vou deixar de comer as peles dos dedos (já pintei as unhas)
É muita ambição, bem sei, mas a mais difícil é a terceira!
O Gustavo despediu-se de 2007 todo contente a caminhar agarrado ao meu dedo. É lindo e inacreditável, nem os apóstolos devem ter ficado tão espantados quando Jesus andou sobre a água.
- Vou aprender a tocar piano (já comecei)
- Vou começar a escrever o meu primeiro romance (já tenho o enredo)
- Vou deixar de comer as peles dos dedos (já pintei as unhas)
É muita ambição, bem sei, mas a mais difícil é a terceira!
O Gustavo despediu-se de 2007 todo contente a caminhar agarrado ao meu dedo. É lindo e inacreditável, nem os apóstolos devem ter ficado tão espantados quando Jesus andou sobre a água.
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