17 julho 2013

sumariamente

Não escrevo porque não se passa nada de relevante e estou cansada dos dias e noites a puxar a carroça sozinha até às merecidas férias. Ou então é porque o que se passa é tão importante que tenho de deter-me a contemplá-lo, guardar tudo preciosamente, com pudor, evitando diminuí-lo nestes caracteres insuficientes. É uma coisa e a outra, nem mais nem menos.

Se fosse há uns anos atrás dizia que o blogue acabava aqui. Mas deve ser só mais uma daquelas fases.

11 julho 2013

por exemplo

Filho 1: Mãe, mãe! O mano destruiu o meu castelo de Lego.
Filho 2: O mano é mau, não me deixa ser eu o rei do castelo. Buááá.
Mãe em silêncio.
Filho 1: Mãe, mãe! O mano puxou-me o cabelo!
Filho 2: O mano é mau, não quer brincar comigo.
Mãe em silêncio.
Filho 1: Mãe, mãe! O mano está a puxar-me a camisa e já me arrancou três botões. Mas eu vou brincar com ele que é para ele não ficar triste.
Filho 2: Só se me deixares ser eu o rei do castelo!
Mãe: Meus queridos filhos, se eu não tivesse o lombo a assar no forno, cinco camisas para passar e o arroz que se me está a colar ao tacho, punha-vos em ordem. Sendo assim, sejam amigos e depois do jantar eu logo vos ponho de castigo e decido se afinal vos entrego ou não para adopção.

Adenda: Visto que o meu sarcasmo pode ser demasiado subtil, aqui vai o aviso que este post NÃO versa sobre os meus filhos. Era só o que me faltava, criar pirralhos desta espécie e, em vez de mãe, ser anémona. 

04 julho 2013

ra-ta-tarararara-ta-tara

Nesta semana, gostei muito mais da segunda e da terça-feira do que da quarta e da quinta. O que me faz temer um pouco a chegada da sexta. De início, desabaram alegremente castelos de cartas e fizeram-se piadas a um ritmo não visto desde a última grande tragédia mundial, que sempre estimula o sentido de humor lusitano. Agora até a palhaçada já está a perder a graça. A sério? A sério que me vão conseguir obrigar a premir as teclas para falar de política em Julho? Será que podemos mandar vir charters do Brasil para trazer alguma massa crítica que desequilibre esta balança que teima em fingir-se equilibrada? Parece-me que isto já é demais.

01 julho 2013

contagem decrescente para as férias

O Diogo não anda, flutua de orgulho por ter mudado para a cama dos crescidos e ter largado a fralda para dormir.
O Gugas descobriu a playstation do tio. Eu sabia que este dia havia de chegar (suspiro).
Não me apetece cozinhar. Nem comer. Nem mexer-me. Menos correr e dançar nos bailaricos.
Por falar em bailaricos, fomos ao (provavelmente) último arraial do ano e quase me meti à bulha com uma velha pequenina que devia ter passado a tarde na pinga. Vou tentar ignorar a mensagem que isto envia ao meu subconsciente.
Estou a ler um livro muito bom que me está a reconciliar com o valor das frases despidas e das estórias breves que nos deixam a pensar o resto do dia. E é isto este Verão: corridas longas e narrativas sumárias.