Neste ano lectivo, houve duas vezes em que saí da creche do Gustavo com a lagriminha no canto do olho: no primeiro e no último dia. Acho que é muito bom sinal.
(ele, em compensação, não chorou uma única vez quando o deixei)
À C. e à S., o meu muito obrigada do fundo do coração por cuidarem, promoverem e acarinharem o meu filho como se fosse vosso.
31 julho 2008
29 julho 2008
creche "o despertar": maus tratos a bebés
Há um ano atrás estava na dúvida se havia de pôr o Gustavo na creche onde está agora ou na "O Despertar". Ao ler esta notícia hoje, e ainda em choque, dou muitas, muitas, muitas graças a Deus pela decisão que tomámos.
Mamãs, espalhem a notícia.
Mamãs, espalhem a notícia.
dormir
Acho que se nota pelos meus últimos posts que ando com necessidade de me mimar. Hoje mimei-me com dez horas de sono, senhores, dez! E o bem que me soube. Dormi tanto, tanto, tanto e tão profundamente que sonhei (para além dos habituais problemas do trabalho) que me tinham convidado para cantar numa banda. E que tinha encontrado a casa dos meus sonhos: em Lisboa - mas, de alguma forma, na Serra da Arrábida, só que também junto a uma lagoa com mangais. A casa, toda branquinha, tinha gigantes paredes de vidro e decoração minimalista. No jardim, para além da óbvia piscina com vista para o mar, havia uma estufa, um jardim tropical e um tanque com golfinhos. Pronto, e era só disto que eu precisava para enfrentar o resto da semana.
28 julho 2008
fora do tempo
Pergunto-me se ainda vou a tempo para começar a aprender ballet. E se teria mesmo de usar um toutou (ou lá como é que se escreve).
vocabulário crescente
O meu filho tarda em falar mas há uma palavrinha que já lhe sai da boca com uma fluência provocadora: pila, pila, pila. E eu, por causa das Maddies e das Casas Pias, digo-lhe logo: pois é filho, e só mexe aí quem tu deixares.
abusadores
Nesta semana sinto-me quase ofendida por estarem à espera que trabalhe alguma coisa de jeito. Nesta e na primeira depois das férias. Não devem querer que a adaptação a um novo ritmo seja feita durante o meu período de descanso, pois não?
morangos
Neste fim-de-semana comprei uns sapatos fuchsia de princesa que me vão fazer torcer um pé não tarda nada. E colhi morangos, pela primeira vez na vida.
última semana
Já só falta uma semana para as férias já só falta uma semana para as férias já só falta uma semana para as férias já só falta uma semana para as férias!
25 julho 2008
Às vezes a vida é injusta. Coisas más acontecem a pessoas boas (estou sempre a levar com este facto quando me perguntam como posso acreditar em Deus, mas é verdade, acontecem). Sonhos muito grandes não se realizam não por serem impossíveis mas só porque... não acontece. E a vida continua.
Na minha perseverança e ingenuidade de Carneiro, acho que vale sempre a pena sonhar, independentemente dos resultados. Na minha serenidade e alegria de cristã, acho que vale sempre a pena ter esperança. E, por isso, hoje (e enquanto for preciso) sou mais que mulher, mãe, amiga e companheira, sou o porto de abrigo onde podes recolher o teu barco até voltares ao mar, com novos sonhos e novas esperanças. Sei que não vai demorar muito.
Na minha perseverança e ingenuidade de Carneiro, acho que vale sempre a pena sonhar, independentemente dos resultados. Na minha serenidade e alegria de cristã, acho que vale sempre a pena ter esperança. E, por isso, hoje (e enquanto for preciso) sou mais que mulher, mãe, amiga e companheira, sou o porto de abrigo onde podes recolher o teu barco até voltares ao mar, com novos sonhos e novas esperanças. Sei que não vai demorar muito.
24 julho 2008
meninas
Vivo tão imersa num mundo de machos que até me esqueço das graças das meninas. Ser menina também é giro. As meninas são queridas.
Ontem, quando ia buscar o Gustavo à creche, passei pelo grupo de colónia de férias de lá, os miúdos chegados da praia. Estava um semicírculo de meninas dos seus oito anos, silenciosas e atentas ao rapaz de catorze que tocava guitarra. Vi-lhes os risinhos escondidos, os trejeitos femininos, os suspiros mal contidos em adoração daquele quase-nem-adolescente, sem barba sequer. Mas tocava guitarra, tinha um colete de cabedal e, sobretudo, catorze anos.
Depois lembrei-me que os rapazes de catorze anos nunca tiveram sorte comigo (bom, eu também não tive sorte nenhuma com rapazes de catorze anos). Quando tinha oito, gostava de rapazes com oito mas, quando cheguei aos catorze, já ia bem avançada no gosto pelos "vintões". Basicamente, a mudança de voz e o ar desajeitado nunca foram atributos do meu agrado. Que injustiça. Só que as meninas são mesmo assim: indomáveis e implacáveis nos seus enamoramentos. As meninas são tão queridas.
(mas os rapazes são tão mais simples!)
Ontem, quando ia buscar o Gustavo à creche, passei pelo grupo de colónia de férias de lá, os miúdos chegados da praia. Estava um semicírculo de meninas dos seus oito anos, silenciosas e atentas ao rapaz de catorze que tocava guitarra. Vi-lhes os risinhos escondidos, os trejeitos femininos, os suspiros mal contidos em adoração daquele quase-nem-adolescente, sem barba sequer. Mas tocava guitarra, tinha um colete de cabedal e, sobretudo, catorze anos.
Depois lembrei-me que os rapazes de catorze anos nunca tiveram sorte comigo (bom, eu também não tive sorte nenhuma com rapazes de catorze anos). Quando tinha oito, gostava de rapazes com oito mas, quando cheguei aos catorze, já ia bem avançada no gosto pelos "vintões". Basicamente, a mudança de voz e o ar desajeitado nunca foram atributos do meu agrado. Que injustiça. Só que as meninas são mesmo assim: indomáveis e implacáveis nos seus enamoramentos. As meninas são tão queridas.
(mas os rapazes são tão mais simples!)
22 julho 2008
cascatas de baba
(Pronto, reconheço que a imagem não é muito bonita mas eu sou mesmo assim exagerada)
Boletim de avaliação da creche do Gustavo:
"O Gustavo é uma criança meiga, alegre, sensível e activa. Está muito bem integrado no seu grupo de pares e interage lindamente com os adultos da sala. É uma criança muito activa, que requer que o adulto esteja atento para que, na sua curiosidade constante, não "atropele" os colegas [sim, o meu filho é um bulldozer]. A nível cognitivo tem um desenvolvimento adequado; de referir que a aquisição da marcha foi feita muito cedo. Gosta de fazer a higiene, como sem dificuldade e dorme pouco [felizmente, em casa dorme mais!]"
Esqueceram-se só de referir como ele é lindo, giraço e um borracho, mas pronto, também não quero que os outros pais fiquem com inveja :D
Boletim de avaliação da creche do Gustavo:
"O Gustavo é uma criança meiga, alegre, sensível e activa. Está muito bem integrado no seu grupo de pares e interage lindamente com os adultos da sala. É uma criança muito activa, que requer que o adulto esteja atento para que, na sua curiosidade constante, não "atropele" os colegas [sim, o meu filho é um bulldozer]. A nível cognitivo tem um desenvolvimento adequado; de referir que a aquisição da marcha foi feita muito cedo. Gosta de fazer a higiene, como sem dificuldade e dorme pouco [felizmente, em casa dorme mais!]"
Esqueceram-se só de referir como ele é lindo, giraço e um borracho, mas pronto, também não quero que os outros pais fiquem com inveja :D
21 julho 2008
foi preciso chegar aos vinte-e-nove
...para começar a gostar de ir sair para o Bairro Alto. Pronto, mas foi só porque estava uma noite tórrida de lua cheia, ninguém me tentou vender estupefacientes, e diz que estava metade da gente do costume. Até os graffiti me pareceram bonitos no contexto.
(faz-me bem voltar a sair à noite)
(faz-me bem voltar a sair à noite)
18 julho 2008
o calor
Gosto de torrar ao sol quando vou a pé para casa à hora de almoço.
Gosto de usar vestidos e sentir-me maravilhosa.
Gosto de, à noite, besuntar-me de creme e dormir com os lençóis desarrumados.
Gosto de beber água fria (mas só nestes dias com mais de 30º)
Gosto que me derreta de tal forma o cérebro que não consigo fazer um raciocínio de jeito. O problema é ter de trabalhar.
Gosto que já só faltem duas semanas para as férias.
Gosto do calor, não me farto do calor. O calor faz-me florescer e, ao mesmo tempo, desacelerar. Às vezes preciso de desacelerar um bocadinho.
Bom fim-de-semana!
Gosto de usar vestidos e sentir-me maravilhosa.
Gosto de, à noite, besuntar-me de creme e dormir com os lençóis desarrumados.
Gosto de beber água fria (mas só nestes dias com mais de 30º)
Gosto que me derreta de tal forma o cérebro que não consigo fazer um raciocínio de jeito. O problema é ter de trabalhar.
Gosto que já só faltem duas semanas para as férias.
Gosto do calor, não me farto do calor. O calor faz-me florescer e, ao mesmo tempo, desacelerar. Às vezes preciso de desacelerar um bocadinho.
Bom fim-de-semana!
17 julho 2008
silly season
Pior do que as notícias televisivas que não lembram ao mais tolinho, pior do que o fim do Weeds e do Californication, pior do que isso tudo, meus amigos, é vocês não escreverem nada (ou quase) nos vossos blogues. Olha, assim também não escrevo.
15 julho 2008
podia eu ser rica
14 julho 2008
união de facto
Não fora eu já casada e estaria a comemorar hoje a oficialização da nossa união de facto, visto que faz dois anos que vivemos juntos. Assim, comemoro na mesma dois anos de vivência em comum, homessa, que o que é preciso é ter sempre razões para comemorar.
A ti, meu "unido", meu amigo e meu marido, obrigada por estes dois anos. Obrigada por já te lembrares de pôr a tampa da sanita para baixo, de limpar o lavatório depois de fazer a barba, de não deixar a cozinha de pantanas depois de fazeres o jantar, e de comprar flores para mim fora de alguma ocasião especial.
(E agora vocês pensam: que homenagem tão fraquinha, isto são só coisas banais. E eu respondo, não, estas eram as coisas que faltavam há dois anos, o resto já estava tudo de acordo com a minha noção de príncipe encantado. Pronto, ainda há o problema do benfiquismo, mas até esse é muito moderado)
A ti, meu "unido", meu amigo e meu marido, obrigada por estes dois anos. Obrigada por já te lembrares de pôr a tampa da sanita para baixo, de limpar o lavatório depois de fazer a barba, de não deixar a cozinha de pantanas depois de fazeres o jantar, e de comprar flores para mim fora de alguma ocasião especial.
(E agora vocês pensam: que homenagem tão fraquinha, isto são só coisas banais. E eu respondo, não, estas eram as coisas que faltavam há dois anos, o resto já estava tudo de acordo com a minha noção de príncipe encantado. Pronto, ainda há o problema do benfiquismo, mas até esse é muito moderado)
11 julho 2008
o meu ferrari
Estimados funcionários da EMEL,
Como sabem (ou poderiam saber pelo dístico colado no meu pára-brisas), vivo no centro de Lisboa, numa zona cujo estacionamento ao fim do dia, durante a semana, é particularmente complicado. Também podem facilmente deduzir, pela cadeirinha azul que trago no banco de trás, que tenho um bebé pequeno, mas que, por acaso, já está pesadote. Venho assim solicitar que, quando sou forçada a estacionar na curva porque o meu ferrari não me cabe no bolso, não me deixem folhetos promocionais ou lá o que é (nem os chego a ler). Já me basta, diariamente, os que me deixam os compradores de automóveis usados, imobiliárias, ginásios, supermercados, herbalifes e mais uns quantos senhores simpáticos que me querem oferecer emprego (qualquer dia, aceito). Já os cartõezinhos dos astrólogos e curandeiros, agradeço e recolho, porque faço colecção.
Como sabem (ou poderiam saber pelo dístico colado no meu pára-brisas), vivo no centro de Lisboa, numa zona cujo estacionamento ao fim do dia, durante a semana, é particularmente complicado. Também podem facilmente deduzir, pela cadeirinha azul que trago no banco de trás, que tenho um bebé pequeno, mas que, por acaso, já está pesadote. Venho assim solicitar que, quando sou forçada a estacionar na curva porque o meu ferrari não me cabe no bolso, não me deixem folhetos promocionais ou lá o que é (nem os chego a ler). Já me basta, diariamente, os que me deixam os compradores de automóveis usados, imobiliárias, ginásios, supermercados, herbalifes e mais uns quantos senhores simpáticos que me querem oferecer emprego (qualquer dia, aceito). Já os cartõezinhos dos astrólogos e curandeiros, agradeço e recolho, porque faço colecção.
09 julho 2008
pequenos prazeres estivais
(que é para aguentar as 3 semanas e meia que ainda faltam)
Andar descalça pela casa.
Brincar com o Gustavo no corredor.
Pôr creme na cara e sentir a pele sedenta a absorve-lo.
Beber vinho branco em copos de pé alto, num jantar em família.
Acordar às 7h30 sem sono e andar sempre cheia de energia (cada vez mais acho que devo ter alguma espécie de bipolaridade sazonal).
Passear descontraidamente e chegar à minha casa fresquinha.
Fazer saladas com muitos óregãos.
Olhar pela janela do gabinete e ver azul, verde e mais azul (e descobrir que o dia passou num ápice).
Ir a festivais de Verão (quem vai amanhã ao SBSR?), porque a música soa muito melhor nesta época.
Ter meia dúzia de livros gordos e saborosos à minha espera na estante e saber que vou ter tempo para lê-los antes que comecem a cair as folhas.
Descobrir coisas fundamentais que estavam há muito adormecidas. E ficar em paz.
Andar descalça pela casa.
Brincar com o Gustavo no corredor.
Pôr creme na cara e sentir a pele sedenta a absorve-lo.
Beber vinho branco em copos de pé alto, num jantar em família.
Acordar às 7h30 sem sono e andar sempre cheia de energia (cada vez mais acho que devo ter alguma espécie de bipolaridade sazonal).
Passear descontraidamente e chegar à minha casa fresquinha.
Fazer saladas com muitos óregãos.
Olhar pela janela do gabinete e ver azul, verde e mais azul (e descobrir que o dia passou num ápice).
Ir a festivais de Verão (quem vai amanhã ao SBSR?), porque a música soa muito melhor nesta época.
Ter meia dúzia de livros gordos e saborosos à minha espera na estante e saber que vou ter tempo para lê-los antes que comecem a cair as folhas.
Descobrir coisas fundamentais que estavam há muito adormecidas. E ficar em paz.
07 julho 2008
04 julho 2008
liberdade individual
Esta notícia choca-me e enche-me a cabeça de dúvidas. Se há coisa que prezo como um dos direitos mais fundamentais do ser humano é a liberdade e, concretamente, a liberdade de escolha quanto ao seu próprio destino. É por isso que abomino qualquer tipo de regime ditatorial. No entanto, o que notícias como esta me gritam na cabeça é que o mundo ocidental está cada vez mais de costas voltadas para os "não produtivos". Velhos, crianças (estas nem tanto, porque são uma espécie de troféu para alguns pais), desempregados, sociólogos, deficientes e toda uma mancha de humanidade que está à sombra da exclusão social não contribuem para o funcionar da máquina, para o PIB, para os números da OCDE, logo, não servem de muito. Eu não quero chegar aos 80 anos e achar que não sirvo de muito...
02 julho 2008
o futuro está nas estrelas
01 julho 2008
a promoção
Pois que a partir de hoje sou uma gralha super importante, com direito a gabinete e telefone próprio, e até a uma gigante cadeira rotativa onde eu desapareço dadas as minhas reduzidas dimensões. Penso utilizar estes meus novos poderes para realizar algumas das minhas fantasias tirânicas, a saber:
- Toda a gente que se dirigir a mim terá de o fazer em rima ou a cantar;
- Vou pôr um biombo à porta do gabinete e acolho os visitantes com um teatro de fantoches (ou sombras chinesas, consoante a inspiração do momento);
- Quando estiver a sentir-me especialmente importante, viro-me de costas para a porta, fumo um charuto e afago um gato persa.
Enfim, inúmeras são as vantagens de chegar a esta posição.
(Na verdade, verdadinha, vou ter é de fingir ainda melhor que percebo alguma coisa do que estou a fazer... Ai que dor de barriga...)
- Toda a gente que se dirigir a mim terá de o fazer em rima ou a cantar;
- Vou pôr um biombo à porta do gabinete e acolho os visitantes com um teatro de fantoches (ou sombras chinesas, consoante a inspiração do momento);
- Quando estiver a sentir-me especialmente importante, viro-me de costas para a porta, fumo um charuto e afago um gato persa.
Enfim, inúmeras são as vantagens de chegar a esta posição.
(Na verdade, verdadinha, vou ter é de fingir ainda melhor que percebo alguma coisa do que estou a fazer... Ai que dor de barriga...)
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