29 maio 2009

onde estão as vítimas silenciosas?

A propósito deste post da Brilhozinhos, apeteceu-me falar do problema das vítimas silenciosas que ainda povoam (pelos vistos) Portugal. A violência não é uma assunto simpático para as Sextas-feiras, mas é um tema que me dá a volta à cabeça e ao estômago porque me parece absurdo em termos racionais. Por que é que há pessoas que se acham no direito de exercer alguma forma de violência sobre alguém?
Há muitas vítimas, pelos vistos. Mas parece que não encontro nenhuma no meu meio. Isso só pode significar que ainda há muito quem sofra calado. Porquê? Por que é que as pessoas perdem até a confiança e auto-estima para denunciarem estes casos? Para uma refilona como eu, que não deixo passar o menor atropelo, isto faz-me uma comichão desgraçada. Queixem-se! Denunciem! Não vivam paralisados! Dêem uma oportunidade a vós mesmos de terem uma vida melhor.

3 comentários:

Nucleão disse...

Tens o meu apoio

Inesa disse...

Eu conheço um caso. É tudo aquilo que nós não imaginamos que possa ser uma vítima de violência doméstica. Um miúda gira, inteligente, informadada, independente, aparentemente resolvida... Mas é! Depois de vários anos a sofrer abusos físicos e psicológicos lá se decidiu a fazer queixa, mas só porque havia o filho, na altura com um mês, metido ao barulho. Mais de um ano depois, o processo continua em tribunal (só porque nem que ela quisesse, a queixa pode ser retirada) mas as coisas voltaram ao mesmo. Ela continua com ele (mas não oficialmente), continua a ser ameaçada e a levar (por vezes em público) mas diz (não há boca cheia porque os amigos e a família não aceitariam) que é o homem da vida dela.
Nestes casos de pura estupidez só me dá vontade de lhes bater também.

Nô Calaim disse...

A sociedade também fecha os olhos e faz de conta que não vê.

Tu conseguirias mesmo intervir, caso conhecesses algum caso?

Complicado.

Há pessoas que só sabem viver assim :( ...e quem somos nós para lhes abrir a pestana e mostrar que a vida só se escreve uma vez, e que devemos que escrevê-la da melhor maneira.