A audiência pede, a gralha concede. Na semana que passou comemos:
Sopas:
Espinafres
Feijão verde
Pratos principais:
Empadão de atum (transitado da semana passada) com salada
Feijoada (má, má, má, a única espécie de enchido era salame...)
Tofu com pimento amarelo e feijão verde em molho de soja
Frango com molho de abóbora e esparregado
Salsichas de perú em couve lombarda
Sobremesas:
Maçãs
Bananas
Uvas
Já agora, a título de curiosidade, coisas que não cozinho:
Fritos (excepto pataniscas e bifes panados), o que incui batatas fritas
Ovas
Animais inteiros (incluindo frango, peixes, patos, etc.) - faz-me confusão!
Caldeiradas
Canja de galinha (nada contra, simplesmente prefiro sopas de legumes)
Qualquer tipo de víscera
E várias outras coisas de que não me lembro agora...
30 outubro 2010
29 outubro 2010
deve ser a crise que me dá para o consumismo
Parece que aí na Lusolândia não se fala de outra coisa. Tenho muita pena de vós, lusolinos, que bem sei como os noticiários da pátria gostam de ser monotemáticos. Já se foi a época dos incêndios, já ninguém se lembra das enxurradas na Madeira nem do terramoto no Haiti, modos que levais todos com os apertos colectivos.
Pois bem, não primo pela originalidade no assunto (sapatos, esse objecto-fétiche da blogosfera) mas sugiro-vos a consulta deste sítio de compras só para alegrar a vista. Just Fabulous.
Pois bem, não primo pela originalidade no assunto (sapatos, esse objecto-fétiche da blogosfera) mas sugiro-vos a consulta deste sítio de compras só para alegrar a vista. Just Fabulous.
28 outubro 2010
um de cada vez
Sabe-me tão bem poder dedicar alguns dias a apenas um dos meus filhos! Um vai recambiado para a escola, o outro fica comigo, ou porque tem ranho, ou porque vou com ele a NY (como hoje), ou só porque sim. Todos os filhos deviam ter direito a estes dias de "filho único". E bem vi como o Gugas o gozou hoje, e como eu apreciei ter tempo para redescobrir as suas particularidades, tudo o que faz dele um rapazinho único.
Infelizmente (ou antes, felizmente, aleluia irmãos!) o que era doce acabou-se. Começo a trabalhar a tempo inteiro e definitivamente na próxima segunda-feira, juntando-me assim ao magote de mulheres que tentam conciliar trabalho e família. Sei que vai custar, mas até que enfim que vou voltar a conviver com adultos que não apenas os operadores de caixa de supermercado!
Infelizmente (ou antes, felizmente, aleluia irmãos!) o que era doce acabou-se. Começo a trabalhar a tempo inteiro e definitivamente na próxima segunda-feira, juntando-me assim ao magote de mulheres que tentam conciliar trabalho e família. Sei que vai custar, mas até que enfim que vou voltar a conviver com adultos que não apenas os operadores de caixa de supermercado!
27 outubro 2010
a gralha não faz anos em breve
Mas está a ficar sem livros, de modo que quem se quiser chegar à frente, aqui estão algumas sugestões:
Fall of Giants (Ken Follett)
La Casa Verde (Mario Vargas Llosa)
Terra Sonâmbula (Mia Couto)
The Civilizing Process (Norbert Elias)
Sunset Park (Paul Auster)
Nemesis (Philip Roth)
Tieta do Agreste (Jorge Amado)
Pessoas Como Nós (Margarida Rebelo Pinto...Ah, ah, brincadeirinha!)
Fall of Giants (Ken Follett)
La Casa Verde (Mario Vargas Llosa)
Terra Sonâmbula (Mia Couto)
The Civilizing Process (Norbert Elias)
Sunset Park (Paul Auster)
Nemesis (Philip Roth)
Tieta do Agreste (Jorge Amado)
Pessoas Como Nós (Margarida Rebelo Pinto...Ah, ah, brincadeirinha!)
26 outubro 2010
parece que não mas são grandes progressos
Estou orgulhosa de mim mesma porque, às vezes, já consigo lidar com o rebuliço da manhã/cansaço acumulado do fim de tarde sem perder a paciência com o Gugas à mínima coisa. Contar até dez e, realmente, não gritar. Responder com relativa calma e não perder consciência de que eu sou adulta e ele criança. Mesmo que ainda não seja assim todos os dias.
E isto faz-me lembrar que um dia tenho de escrever acerca da minha depressão pós-parto. Porque há muita gente, todos os dias, a passar pelo mesmo, sem ver a saída.
E isto faz-me lembrar que um dia tenho de escrever acerca da minha depressão pós-parto. Porque há muita gente, todos os dias, a passar pelo mesmo, sem ver a saída.
25 outubro 2010
matilde, mafalda, francisca...
Às vezes tenho um bocadinho de pena de nunca ir ter uma filha. Nem é tanto pelos vestidinhos, pelas Hello Kitties, pelos mesmos romances que poderíamos ler; é mais por não ir assistir ao crescimento de uma menina, à formação de uma mulher. Gostava de experimentar o orgulho de ver surgir uma nova mulher no mundo: cheia de coragem, força, incertezas, determinação, como só as mulheres sabem ter. Ver a minha própria feminilidade a chegar ao Outono e ver uma outra a despontar na Primavera, com umas mãos como as minhas, uma voz semelhante, quem sabe até alguns dos meus defeitos. Porque, digam o que disserem, ter filhos também é presenciar um bocadinho da nossa continuidade. E eu não vou ver isso no feminino.
Antes de qualquer comentário a esse respeito: a loja está fechada, encerrada, trespassa-se, no way jose)
Antes de qualquer comentário a esse respeito: a loja está fechada, encerrada, trespassa-se, no way jose)
macho que é macho mesmo
Uma das coisas que me fazem ter orgulho no meu homem, que é muito homem - com pelos no peito e tudo, que eu cá não gosto de depilações masculinas - é ele não ter problemas nenhuns em lidar com a diferença. E isso é mesmo na prática, não é só aquela teoria bonita do "ah, eu não tenho nada contra os homossexuais mas se um maricas se fizer a mim leva uma pêra". É preciso um macho muito macho para conhecer um outro macho, outro conceito de macho, e travar amizade com ele. Falar do que têm em comum. Discutir projectos, pedir opiniões, aceitar dicas. Independentemente da clara orientação sexual do novo amigo. E apesar de ter uma mulher infantilóide (eu) que passou todo um jantar-convívio a fazer gracinhas e mandar boquinhas à distância. Que lindo casal que eles fariam... Mas não, lamento muito, este já está ocupado.
24 outubro 2010
menu semanal (mais cusquisse do que partilha)
Acho que aprendemos imenso acerca de alguém através do que essa pessoa come, ou "diz-me o que comes e dir-te-ei quem te estás a tornar". Pois bem, enquanto movimento tachos, colheres-de-pau e temperos, gosto de fazer duas coisas parvas: 1) imaginar que o Dr. Oz me está a dar pancadinhas nas costas por estar a alimentar a minha família de forma saudável; e 2) imaginar o que os meus amigos (nomeadamente os blogamigos) estão a fazer para o jantar. Não querem satisfazer a minha curiosidade e dar-me um exemplo de um menu semanal? Eu adianto-me e digo o que comemos esta semana. Já agora, eu defino o menu semanal com antecedência e vou às compras em função disso. E, sim, sou uma c@b&@ controladora e faço os meus homens passar fome e comer muitas verdurinhas. Partilhem, partilhem, vá!
Sopas:
Creme de couve-flor e coentros
Creme de ervilhas
Pratos principais:
Tacos de feijão e queijo com salada
Lombo de porco com ananás e salada
Fettucini de salmão com molho de citronela
Courgettes recheadas de perú e salada
Empadão de atum
Açorda de peixe
Sobremesas:
Maçãs, pêras, uvas e bananas
Sopas:
Creme de couve-flor e coentros
Creme de ervilhas
Pratos principais:
Tacos de feijão e queijo com salada
Lombo de porco com ananás e salada
Fettucini de salmão com molho de citronela
Courgettes recheadas de perú e salada
Empadão de atum
Açorda de peixe
Sobremesas:
Maçãs, pêras, uvas e bananas
23 outubro 2010
o princípio das coisas
Costumam dizer que as pessoas do meu signo (Carneiro) são boas a começar novos projectos mas não levam esse entusiasmo até ao fim dos mesmos. Não gosto de culpar os astros, acho que é mesmo uma questão de personalidade, mas é verdade que tenho toda a energia para o que é novo e falta-me a perseverança para continuar a alimentar a chama de coisas mais antigas. Mesmo assim, consegui estudar tudo a que me propus, nunca desisti de um emprego porque estava aborrecida e tenho uma (ainda nova) família para a vida. Quando é para os outros, lá alimento a chama e puxo a carroça.
Quando é para mim, as ideias surgem, a excitação faz-me formigueiro nos dedos, mas já aprendi a nem começar o que sei que não vou acabar. E gostava mesmo, mesmo que não fosse assim. Tenho três enredos apetitosos para dar corpo em forma de livro. São daqueles que me apetecia que alguém os escrevesse para eu os poder ler. E abrir o processador de texto para preencher as primeiras páginas...? Não é falta de disciplina para estabelecer horas, linhas, metas; é horror à mediocridade e respeito à literatura. É sobretudo falta de coragem para chegar a um terceiro capítulo e achar que aquilo está um grande monte de cocó e apagar tudo. É ambientalismo laboral: custa-me deitar fora o que deu tanto trabalho a produzir. É mas é a eterna falta de tomatásia, é o que é.
Quando é para mim, as ideias surgem, a excitação faz-me formigueiro nos dedos, mas já aprendi a nem começar o que sei que não vou acabar. E gostava mesmo, mesmo que não fosse assim. Tenho três enredos apetitosos para dar corpo em forma de livro. São daqueles que me apetecia que alguém os escrevesse para eu os poder ler. E abrir o processador de texto para preencher as primeiras páginas...? Não é falta de disciplina para estabelecer horas, linhas, metas; é horror à mediocridade e respeito à literatura. É sobretudo falta de coragem para chegar a um terceiro capítulo e achar que aquilo está um grande monte de cocó e apagar tudo. É ambientalismo laboral: custa-me deitar fora o que deu tanto trabalho a produzir. É mas é a eterna falta de tomatásia, é o que é.
21 outubro 2010
sim, é mais um post de mãe babada (só lê quem quer)
E o orgulho que tenho no meu filho crescido, que toma banho sozinho, põe os desenhos animados no Youtube, toma conta do irmão com uma ternura indescritível, e já fala inglês com sotaque americano? Não dá para descrever, senhores, não dá.
Também não dá para descrever a coragem dele, que adora ir para a escola apesar de TODOS OS DIAS haver trêsfedelhos insuportáveis e mimados colegas que lhe fazem a vida negra. Fico doente com a passividade e permissividade que imperam na educação (?) que dão às crianças nesta terra...
Também não dá para descrever a coragem dele, que adora ir para a escola apesar de TODOS OS DIAS haver três
20 outubro 2010
das tripas coração
Às vezes temos de engolir o orgulho do já-tenho-31-anos-dois-filhos-mestrado-12-anos-de-experiência-de-trabalho e aceitar ajuda. Para uma pessoa que sempre foi independente, custa como o caraças.
18 outubro 2010
a torrente emigrante
Metade das pessoas que conheço gostava de emigrar. A outra metade, ou já o fez, ou vai fazê-lo em breve. Pronto, esta estatística está aldrabada mas é mesmo uma grande quantidade de gente.
Acho óptimo que as pessoas não se acomodem e tentem encontrar alguma coisa melhor. Aliás, ando a ler a História dos EUA e olho para a situação de Portugal nos nossos dias e penso: "mas por que é que as pessoas ficam quietas e não fazem uma Revolução?" É estúpido desistir da possibilidade de uma vida melhor, sobretudo quando essa possibilidade existe e não nos é vedada por um determinado sistema político, por falta de educação formal ou por quaisquer constrangimentos culturais. Mas também é verdade que a ideia da emigração como El Dorado é um mito.
Emigrar custa. Custa muito dinheiro. Dói no coração. Temos de nos recriar e habituar-nos a viver, pelo menos durante algum tempo, sem laços sociais, possivelmente sem laços familiares. Também há desemprego nos outros países e muitas vezes há alguma má vontade contra os estrangeiros que vão "roubar" os empregos que há. E depois há uma coisa que acho que só quem emigra pode compreender, que é deixarmos de ser nacionais do nosso país e nunca chegarmos a ser nacionais do outro. Passamos a ser uma espécie à parte, que vive num limbo, nem carne nem peixe. Eu nunca serei americana (nem queria, lagarto, lagarto, lagarto!) mas não sei como é que os meus filhos se vão sentir quando voltarmos a Portugal. E o êxodo é tal que nem sei se temos Portugal para onde voltar daqui a dois anos. Será que isso vai estar vazio, ou só cheio de desiludidos? Por isso, força aí pessoal, emigrem. Mas só depois de esgotar as outras opções. E escolham bem o destino.
Acho óptimo que as pessoas não se acomodem e tentem encontrar alguma coisa melhor. Aliás, ando a ler a História dos EUA e olho para a situação de Portugal nos nossos dias e penso: "mas por que é que as pessoas ficam quietas e não fazem uma Revolução?" É estúpido desistir da possibilidade de uma vida melhor, sobretudo quando essa possibilidade existe e não nos é vedada por um determinado sistema político, por falta de educação formal ou por quaisquer constrangimentos culturais. Mas também é verdade que a ideia da emigração como El Dorado é um mito.
Emigrar custa. Custa muito dinheiro. Dói no coração. Temos de nos recriar e habituar-nos a viver, pelo menos durante algum tempo, sem laços sociais, possivelmente sem laços familiares. Também há desemprego nos outros países e muitas vezes há alguma má vontade contra os estrangeiros que vão "roubar" os empregos que há. E depois há uma coisa que acho que só quem emigra pode compreender, que é deixarmos de ser nacionais do nosso país e nunca chegarmos a ser nacionais do outro. Passamos a ser uma espécie à parte, que vive num limbo, nem carne nem peixe. Eu nunca serei americana (nem queria, lagarto, lagarto, lagarto!) mas não sei como é que os meus filhos se vão sentir quando voltarmos a Portugal. E o êxodo é tal que nem sei se temos Portugal para onde voltar daqui a dois anos. Será que isso vai estar vazio, ou só cheio de desiludidos? Por isso, força aí pessoal, emigrem. Mas só depois de esgotar as outras opções. E escolham bem o destino.
15 outubro 2010
rir só porque sim
Hoje colei-me à visita de estudo que a turma do Gugas fez a uma quinta e foi estupidamente divertido. Que bom que é voltar a ter 3 anos e achar que o facto de saltar nas lombas num autocarro escolar é a coisa mais engraçada do mundo! E andar no atrelado de um tractor, sentados na palha, a dizer adeus aos espantalhos? Só tive pena de me mandarem embora quando voltámos à escola e eles foram "almoçar" sandes de manteiga de amndoim e doce. Devolvam-me à infância sff.
13 outubro 2010
o diogo disse mamããããã!!!!
Mesmo a sério, depois de eu repetir "Mamã" 451 vezes. E mais umas centenas nos dias que passaram. É tão lindo! Enche-nos o coração de uma maneira tão completa e absoluta e parva que nem sei o que dizer :)
Não tenho aparecido nos blogues nem feicesbuques de ninguém porque ando sem tempo para nada. Vou tentar redimir-me no fim-de-semana.
Não tenho aparecido nos blogues nem feicesbuques de ninguém porque ando sem tempo para nada. Vou tentar redimir-me no fim-de-semana.
11 outubro 2010
a gralhisseia
Depois de quadriliões de quilómetros de carro, avião, combóio, metro, a pé, enfrentando ventos e tempestades, consegui voltar a casa.
Agora o meu homem está a dizer: "espero que estejas a dizer bem do teu marido", de modo que começo já por aí - ah, que rico marido que eu tenho, que tomou conta dos dois petizes sozinho durante 80 horas.
Os casamentos foram lindos, as noivas estavam lindas e muito felizes, houve muita choradeira, abraços e sorrisos, correu tudo muito bem e nem fiquei de rastos, nem nada. Pronto, fiquei, mas valeu a pena. Até o imprevisto de ter perdido o vôo de ligação Londres-NY acabou por ter a vantagem de me deixar dar um saltinho ao centro da cidade e descansar os olhos na National Gallery. Agora, é encher os meus rapazes de beijinhos e voltar ao trabalho!
Para quem acha que o título do post se devia escrever com "c" e não com dois "s", concordo. Era só para se perceber melhor a alusão aos clássicos gregos. Mesmo assim não se percebe. Mas também isso não interessa a ninguém.
Agora o meu homem está a dizer: "espero que estejas a dizer bem do teu marido", de modo que começo já por aí - ah, que rico marido que eu tenho, que tomou conta dos dois petizes sozinho durante 80 horas.
Os casamentos foram lindos, as noivas estavam lindas e muito felizes, houve muita choradeira, abraços e sorrisos, correu tudo muito bem e nem fiquei de rastos, nem nada. Pronto, fiquei, mas valeu a pena. Até o imprevisto de ter perdido o vôo de ligação Londres-NY acabou por ter a vantagem de me deixar dar um saltinho ao centro da cidade e descansar os olhos na National Gallery. Agora, é encher os meus rapazes de beijinhos e voltar ao trabalho!
Para quem acha que o título do post se devia escrever com "c" e não com dois "s", concordo. Era só para se perceber melhor a alusão aos clássicos gregos. Mesmo assim não se percebe. Mas também isso não interessa a ninguém.
08 outubro 2010
e lá vou eu para os casórios
Por estas horas, se o nosso Donald Trampa não tiver dado o berro na estrada para Princeton, se o combóio não tiver parado no caminho para o aeroporto de Newark, se o primeiro avião não tiver sido retido no caminho para Londres, se o segundo avião não tiver amarado no Golfo da Biscaia, estou a aterrar em Lisboa. Casório nº 1 daqui a 5 horas em Cascais. Depois, dormir algumas horas e ala que se faz tarde para o Casório nº 2, na fronteira com a Galiza. E voltar depressinha para apanhar o avião na manhã seguinte, de regresso aos meus rapazes.
Ai que angústia que é deixar os meus amores... Eu sei que o pai toma bem conta deles mas mãe é mãe. Dá para ver que gosto mesmo muito das minhas primas casadoiras para embarcar nesta correria, não dá? Pronto, tambem nao desgosto da ramboia.
Ai que angústia que é deixar os meus amores... Eu sei que o pai toma bem conta deles mas mãe é mãe. Dá para ver que gosto mesmo muito das minhas primas casadoiras para embarcar nesta correria, não dá? Pronto, tambem nao desgosto da ramboia.
06 outubro 2010
os dois gumes da faca
Se não trabalho, sou uma porcaria de mãe porque me sinto estúpida, inútil e não tenho paciência.
Se trabalho, deixo os filhos horas escandalosas na creche, sinto-me estúpida, má mãe, e não vejo a hora de fazer os 32km para os ir buscar.
Solução: começar a jogar no Euromilhões. Ou, pelo menos, arranjar um trabalho mais perto e durante menos horas. As coisas nunca, nunca, nunca são perfeitas. Mas eu ainda não atingi aquele estado de sabedoria em que consigo ver essencialmente o lado positivo.
Se trabalho, deixo os filhos horas escandalosas na creche, sinto-me estúpida, má mãe, e não vejo a hora de fazer os 32km para os ir buscar.
Solução: começar a jogar no Euromilhões. Ou, pelo menos, arranjar um trabalho mais perto e durante menos horas. As coisas nunca, nunca, nunca são perfeitas. Mas eu ainda não atingi aquele estado de sabedoria em que consigo ver essencialmente o lado positivo.
05 outubro 2010
parabéns cão!
Hoje é um dia muito importante. É o dia em que o Matias faz 10 anos. Parabéns, meu querido cão! Infelizmente não posso estar contigo hoje mas vemo-nos em breve, sim? Beijinhos e festas na barriga da tua dona, sua coisa resmungona e mal-comportada, canídeo do meu coração.
Sim, é mesmo a única coisa que comemoro hoje. Lá isso que aconteceu há 100 anos não me convence, continuo a achar que as democracias menos imperfeitas estão nos países com outro tipo de regime.
Sim, é mesmo a única coisa que comemoro hoje. Lá isso que aconteceu há 100 anos não me convence, continuo a achar que as democracias menos imperfeitas estão nos países com outro tipo de regime.
04 outubro 2010
um ano de iu esse ei
Ouvimos sempre dizer que os seres humanos se habituam a quase tudo. E é verdade. Mas é quase desumano termos de nos habituar ao que contraria a nossa natureza. Pode ser sinal de cedência, de maturidade, de entrega. Mas desvirtua-nos o mais essencial do nosso ser.
Habituei-me depressa a viver aqui. Não é particularmente difícil, apesar das idiossincracias próprias dos meus novos co-habitantes, das diferentes maneiras de estar, das pequenas coisas às quais é preciso fazer ajuste. Faz-se. Tira-se a carta de condução, conduz-se um automóvel automático, tem-se uma cama grande, compra-se muito, mesmo que não se queira. E sobrevive-se.
Mas continuo a não viver aqui por escolha própria. Preferia estar em Portugal, ainda que longe destas lindas paisagens e comodidades. Preferia estar no meu país, na minha cidade, com a minha família alargada, os meus amigos, as gaivotas, o Tejo, o mar, as pedras da calçada. E tudo o que há de mau aí, que a memória ainda não me falha. Por isso hoje, mais do que o primeiro aniversário da nossa chegada a Princeton, é o dia em que digo: um já passou, só faltam dois.
Habituei-me depressa a viver aqui. Não é particularmente difícil, apesar das idiossincracias próprias dos meus novos co-habitantes, das diferentes maneiras de estar, das pequenas coisas às quais é preciso fazer ajuste. Faz-se. Tira-se a carta de condução, conduz-se um automóvel automático, tem-se uma cama grande, compra-se muito, mesmo que não se queira. E sobrevive-se.
Mas continuo a não viver aqui por escolha própria. Preferia estar em Portugal, ainda que longe destas lindas paisagens e comodidades. Preferia estar no meu país, na minha cidade, com a minha família alargada, os meus amigos, as gaivotas, o Tejo, o mar, as pedras da calçada. E tudo o que há de mau aí, que a memória ainda não me falha. Por isso hoje, mais do que o primeiro aniversário da nossa chegada a Princeton, é o dia em que digo: um já passou, só faltam dois.
03 outubro 2010
oitavo mês
Mais um mês de crescimento e de descobertas, filhote querido! Começaste a ir à creche, estás a ambientar-te muito bem, e gostas cada vez mais de brincar. Neste mês nasceu o teu primeiro dente - com a mesma idade, ao dia, que ao teu irmão - e passaste a comer e a dormir muito melhor. Os pais agradecem. Continuas a ser grande fã de passeios, de bolacha Maria e, sobretudo, do teu irmão. Estão cada vez mais inseparáveis :) O melhor de tudo é ver como já nos conheces tão bem, como tentas interagir connosco e como ficas feliz quando vos vou buscar à tarde. Estás um bebé cada vez mais delicioso, Dunguinha.
02 outubro 2010
verifico, afinal, que tenho algo de fashionista
(como podem reparar, este assunto anda a preocupar-me - claro sinal de falta do que fazer)
É o meu rabo. Para quem não quer ler acerca do meu rabo, passai ao lado se faz favor.
Se não posso andar bem vestida da cabeça aos pés, que ande o rabo sempre na moda, caramba. Quanto mais não seja porque a cueca é frequentemente a única peça de roupa que se salva do pontual vomitado, do frequente bolsado, da recorrente nódoa que resulta deste meu mister de mãe.
Reconheço que já começo a estar um bocadinho viciada em comprar cuecas. Desde que cá cheguei que já comprei, ou ofereceram-me, 12 pares. Não vamos nem falar em soutiens ou camisas de noite.De notar que tenho uma Victoria's Secret perto de casa - e atenção que eu nem um café, nem uma padaria tenho perto de casa.
Mas porquê tanta cueca? Para quê? Não sei, é uma fixação. Entro naquela loja às riscas cor-de-rosa e vejo tantas cores, tantos lacinhos, tantos folhos, que aquilo parece uma loja de guloseimas, um parque de diversões. Apetece-me trazer quase tudo. Não podendo, vai de adquirir mais uma cueca. E o meu rabo fica mais feliz. Sente-se aconchegado, porque aquilo é confortável. Sente-se bonito, porque aquilo tem formatos que favorecem. Em suma, sente-se bem. E se o nosso rabo se sentir bem isso é meio caminho andado para um bom dia.
Já agora, este é o meu modelo preferido: "sexy little things". Noutros padrões, este só vesti para a fotografia.
É o meu rabo. Para quem não quer ler acerca do meu rabo, passai ao lado se faz favor.
Se não posso andar bem vestida da cabeça aos pés, que ande o rabo sempre na moda, caramba. Quanto mais não seja porque a cueca é frequentemente a única peça de roupa que se salva do pontual vomitado, do frequente bolsado, da recorrente nódoa que resulta deste meu mister de mãe.
Reconheço que já começo a estar um bocadinho viciada em comprar cuecas. Desde que cá cheguei que já comprei, ou ofereceram-me, 12 pares. Não vamos nem falar em soutiens ou camisas de noite.De notar que tenho uma Victoria's Secret perto de casa - e atenção que eu nem um café, nem uma padaria tenho perto de casa.
Mas porquê tanta cueca? Para quê? Não sei, é uma fixação. Entro naquela loja às riscas cor-de-rosa e vejo tantas cores, tantos lacinhos, tantos folhos, que aquilo parece uma loja de guloseimas, um parque de diversões. Apetece-me trazer quase tudo. Não podendo, vai de adquirir mais uma cueca. E o meu rabo fica mais feliz. Sente-se aconchegado, porque aquilo é confortável. Sente-se bonito, porque aquilo tem formatos que favorecem. Em suma, sente-se bem. E se o nosso rabo se sentir bem isso é meio caminho andado para um bom dia.
Já agora, este é o meu modelo preferido: "sexy little things". Noutros padrões, este só vesti para a fotografia.
01 outubro 2010
o verniz cor-de-burro-quando-foge
Hoje fui comemorar o novo trabalho. Perdi a cabeça e resolvi deixar-me levar num shopping spree. Pronto, afinal fui só ao Wal-Mart comprar porcarias baratas, que o trabalho não paga assim tão bem. Enfim, o que interessa é que andava eu toda lançada na secção da maquilhagem - por falar nisso, comprei umas pestanas portiças. E não é que aquilo tem um ar natural e tudo? E não é que parecem minhas e não me deixam com um olhar de diva dos anos 60? Nem quero é imaginar quem foi a senhora indiana que vendeu o cabelo para as fazer, brrr... - quando me deparei com esse Santo Graal da fashionista: o verniz cor-de-burro-quando-foge (ou CBQF). É claro que não era o original da Chanel, era um sucedâneo de uma marca americana e bem baratinho, como é óbvio. A minha mão aproximou-se tremelicando, entre a incredulidade e a ganância, e agarrou no último exemplar.
Mas depois parei e liguei o cérebro. Umm, gralha, para que é que tu queres o verniz CBQF? Mas... É o verniz CBQF! Não posso perder esta oportunidade. Olha para as tuas patas, gralha. Achas que elas ficavam bem pintadas de CBQF? Não sei... Mas o que sei eu? Eu sou um calhau da moda! Eu também quero ser uma fashionista um dia, podia começar pelo verniz... Gralha, querida, larga! Isso, larga... Pronto, agora vai lá buscar um sortido de chocolates, que te faz melhor.
Mas depois parei e liguei o cérebro. Umm, gralha, para que é que tu queres o verniz CBQF? Mas... É o verniz CBQF! Não posso perder esta oportunidade. Olha para as tuas patas, gralha. Achas que elas ficavam bem pintadas de CBQF? Não sei... Mas o que sei eu? Eu sou um calhau da moda! Eu também quero ser uma fashionista um dia, podia começar pelo verniz... Gralha, querida, larga! Isso, larga... Pronto, agora vai lá buscar um sortido de chocolates, que te faz melhor.
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