31 janeiro 2011

ser mãe vs. não ser mãe

Gralha: "Ok chefe, tal como disse ao chefe-grande, tirei ferias na Quinta-feira porque e' o aniversario do meu filho e quero passar o dia com ele."
Chefe: "mas achas que ele percebe que e' o aniversario dele?"
Gralha: "Nao, mas e' um dia importante para mim..."
Chefe: "ah..."

28 janeiro 2011

coisas que eu tenho de ouvir

"Não devia haver impostos para as empresas. Alias, os impostos deviam ser só para pagar as estradas e a iluminação publica."
E, passados 10 minutos...
"A Suécia e' que e' fixe, a licença de maternidade e', tipo, um ano para ambos os pais!"
Decidam-se, pequenos selvagens, decidam-se!

24 janeiro 2011

decisões

Janeiro e' tempo de decisões para o próximo ano lectivo. Decisões difíceis. Desde que sou mãe sinto que estou limitada a escolhas extremamente altruístas ou extremamente egoístas. O estigma do egoísmo tem-me feito sempre escolher pela familia em primeiro lugar. Será que a mãe tem mesmo de vir sempre em ultimo? Não me parece que haja nenhuma medalha ao cortar a meta, só uma consciencia menos pesada...
Estou cansada. E custa saber que, seja qual for a decisão, vai envolver sofrimento.

20 janeiro 2011

guru da pediatria, exactamente por quê?

Sou só eu que embirro assim umas coisas valentes com o Eduardo Sá? Mães e média parecem unânimes em achá-lo o supra-sumo da sabedoria sobre o desenvolvimento infantil. Pois eu acho que a conversa dele é demasiado... nhónhó. Pronto, de repente lembrei-me.

18 janeiro 2011

conta-me como foi

Isto de ter um marido perneta e' como experimentar viver num casamento 'a antiga. Chegamos a casa, vou buscar-lhe a pantufa e ele senta-se no sofá a ler o jornal, pronto, neste caso um livro. Entretanto, eu trato da roupa, dou banhos, faço o jantar, ponho a mesa, ando atras dos miúdos para eles não fazerem disparates, sempre sorrindo de um modo angelical. De vez em quando paro para ver se o Senhor Doutor precisa de alguma coisa. Ele trata os petizes com ternura, mas não pega no bebe ao colo, que isso são coisas mais da mãe. No fim do dia, depois de tratar da louca, das roupas e das merendas para o dia seguinte, sento-me, extasiada com a sorte de ter arranjado tão bom partido. Ou então e' mesmo porque estou morta de cansaço e não consigo acreditar que vou levantar-me 'as 6h15.
E depois penso que ainda há casamentos assim, e isso faz-me uma grande comichão!

(diga-se que o meu marido faz tudo o que lhe e' fisicamente possível, mesmo com o gesso)

16 janeiro 2011

gralhadixit, gralhando há 5 anos

E só me ocorre a pergunta: será que isto dura até eu começar a dizer coisas como "lapes", "tenes" e a comprar mobília de madeira maciça?

15 janeiro 2011

inverno, a parte ainda menos romântica

O marido escorregar no gelo e partir uma perna. E pronto, aguarda-se dias melhores, de preferência ainda antes da Primavera.

14 janeiro 2011

dever cívico, desculpa lá man mas, desta vez, passo

A propósito do que diz hoje a Ana C. (desculpa mas nao consigo linkar), eu ate estava com imensa vontade de fazer uma hora de carro ate a lindíssima cidade de Newark para ir votar mas não há estímulo. Ainda não e desta que participo no círculo eleitoral da comunidade emigrante, essa percentagem em que ninguém repara.

12 janeiro 2011

inverno, a parte menos romantica

Acordar as 6h para ir desenterrar o carro porque a tempestade-bebe de 20 cm de neve não e desculpa para nos baldarmos ao trabalho.
Que saudades daqueles Invernos azuis em Lisboa, ir a praia em Janeiro e passear junto ao rio a ver os corvos-marinhos a pescar...Mas parece que já nem disso há aí, de há uns anos para ca andamos a fazer concorrência a Irlanda em termos de precipitação media anual :(

10 janeiro 2011

perspectiva gralhico-antropológica do caso actual

Se Portugal não fosse um pais consumidor de vinho por tradição, o Renato andaria agora as compras na quinta avenida. Vejamos:
Os dois discutiam. O agressor dava umas chapadas, uns pontapés, possivelmente atirava-lhe o comando de televisão a cabeça. Se estivesse mesmo com vontade de lhe tratar da saúde, encomendava serviço de quartos e usava uma faca de manteiga. Se conseguisse terminar assim o serviço, saia discretamente e, quando questionado mais tarde, acusava um putativo ladrão. E depois apanhava um taxi para a Hermes mais próxima.
Mas não, habituado que esta a usar um saca-rolhas, pumba, foi a chacina que (não) se sabe e foi apanhado.

09 janeiro 2011

inverno (post mais significativo do que parece à partida)

A neve sossega. A neve faz com que os bebés durmam até tarde (i.e. 7h30). A neve serena as inquietações, alisa os relevos das dúvidas, convida a ficar à lareira a achar que tudo é, no fundo, perfeito.
(o meu actual local de trabalho)

Noutro registo, ontem o Gugas pediu-me para ver fotografias da nossa casa de Lisboa. Enquanto revi os anos de 2008 e 2009 em imagens percebi uma coisa: este período nos EUA não é uma interrupção, é mesmo só um tempo de mudança. Quando voltar, em 2012, as pessoas estarão diferentes, os cenários estarão diferentes. Algumas ruas terão mudado de sentido. Algumas lojas (infelizmente muitas...) terão fechado. Alguns amigos já não vão ter nada em comum connosco. Outros terão ainda mais (espero), porque nos acompanharam ao longo do tempo em que estivemos longe, apoiando-nos nas alturas mais difíceis. As relações à distância não funcionam, mesmo. Nem as relações connosco próprios. Nunca vou voltar a ser quem fui antes de vir para o outro lado do mar. Espero gostar de quem serei quando voltar para esse lado.

08 janeiro 2011

ena pá, estes portugueses são perigosos

Renato, criatura, não podias ter sido mais discreto? Não viste nem um episódio de CSI? Não sei o que te levou a um acto tão extremo mas isso arruina um bocado a reputação pacata dos portugueses no estrangeiro. E agora vou ali aprender a dizer "cronista fofoqueiro" em inglês para quando me fizerem perguntas sobre o caso.
(não quero tecer teorias injustas sobre nenhum dos intervenientes, desconhecendo o que se passou. Espero que o caso McCann nos tenha ensinado alguma coisa)

06 janeiro 2011

já não ter vinte anos

Depois de virar os 30 compreendo melhor alguns silêncios que algumas pessoas mais velhas reservavam aos meus comentários quando era uma miúda de vinte-e-tais. Eram os silêncios que diziam: "ainda e tão miúda...". Tenho dado por mim a reproduzir esses silêncios com os meus colegas de trabalho, recentemente saídos da faculdade. Meu Deus, tantas certezas que se tem naquela idade. E que parvas que podem ser algumas conversas...
Isso não invalida que goste deles, claro.

05 janeiro 2011

bodas de flores (acho eu)

Não e uma indirecta, mas já sabes que gosto de malmequeres, querido. Parabéns a nos!

03 janeiro 2011

décimo primeiro mês

Meu borrachinho tridente, parabéns por mais um mês de vida. Estás cada vez mais apetitoso e, de cabelo cortado, as bebés lá da creche não te podem resistir. Neste mês tiveste muitos mimos e ficaste habituado a andar ao cólo mas, pelo menos, estás a comer cada vez melhor. Já andas agarrado às coisas e adoras os brinquedos que recebeste no Natal. Para minha surpresa, porque és segundo filho e tens um quotidiano bilingue, já dizes quatro palavras: "mamã", "dá", "olá" e, finalmente, "papá". Parece-me que vais mesmo ser um gralhinho :) E estás quase a fazer um ano... É claro que passou incrivelmente depressa.