28 outubro 2014
os meus anjos
A modesta audiência deste blogue é constituída por mães. São mães de extremo bom gosto, claro, que conciliam bons princípios e sentido de humor, evitando tecer julgamentos apressados sobre os outros. Por isso nunca arranjei problemas por aqui, independentemente dos temas sobre os quais me apeteça dizer umas baboseiras. Por isso e porque há uma realidade incómoda que disfarço: que os meus filhos são uns anjos. De cada vez que um médico, uma professora, um merceeiro, uma tia, ou um paroquiano lhes faz uma festa na cabeça e elogia o bom comportamento, estremeço. Não é normal nem socialmente aceitável que dois rapazes sejam tão atinados, de certeza que andamos a fazer qualquer coisa de errado. Asseguro-vos que não os ameaçamos, não lhes batemos, pouco os castigamos, e eu até faço questão de repetir periodicamente que toda a gente faz disparates, que errar é humano. E eles lá continuam a brincar alegremente. A vir para a mesa quando os chamamos. Bom, às vezes é preciso chamar algumas vezes. E a tratar das tarefas que lhes cabem. A falar com bons modos e a mastigar (quase sempre) de boca fechada. Raramente andam às zaragatas. Acordam e deitam-se na paz do Senhor. Inventam brinquedos com tralha antiga, arrumam o quarto e levam livros para a escola. Tenho de reconhecer que não é uma situação propriamente desagradável mas é muito impopular. É agora que vêm chamar-me nomes?
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14 comentários:
É.
Sortuda! :)
[também não me posso queixar muito. até da outra fase, a adolescência. devo ter sido abençoada ;) e agradeço!]
Não chamo nomes, não senhora, porque eu fui uma criança assim.
E o meu filho fica piúrso quando os avós lhe dizem que a mãe não tinha castigos "porque nunca se portava mal"... ;)
'Pera lá... mas não dizias que eles ficam possuídos quando toca a lavar dentes??!!
Até me sentiria tentada a chamar-te nomes, tendo em conta que o meu mais velho anda "das peles do Diabo" com a teimosia, mas de pouco me serviria... porque a genética é tão tramada e eu estou a pagar o meu feitiozinha de criança...
não é só mães :( também há um pai *cof cof*
Não. Mas informo que isso tem tendência a mudar um bocadinho(nao te assustes).
Tenho 4. O mais velho agora com 16 anos era mais menos assim. Nunca fez birras, era bem comportado...agora está na adolescencia, e segundo os outros - os que nao co-habitam com ele - ele é fantástico e bem educado e tudo e tudo!
A Madalena teve fazes que se portava tão bem que o pai, a brincar, dizia-me - esta miuda até irrita de tão bem comportada! :)
Os outros dois...bom têm tudo concentrado, inclusivé o mau feitio! :)
Mas são adoráveis, claro!
Beijinhos
Não. Mas informo que isso tem tendência a mudar um bocadinho(nao te assustes).
Tenho 4. O mais velho agora com 16 anos era mais menos assim. Nunca fez birras, era bem comportado...agora está na adolescencia, e segundo os outros - os que nao co-habitam com ele - ele é fantástico e bem educado e tudo e tudo!
A Madalena teve fazes que se portava tão bem que o pai, a brincar, dizia-me - esta miuda até irrita de tão bem comportada! :)
Os outros dois...bom têm tudo concentrado, inclusivé o mau feitio! :)
Mas são adoráveis, claro!
Beijinhos
Temos de vender a patente, Té ;)
Quando me encontrares, os meus pais também podiam dizer o mesmo. E os meus sogros, já agora.
Naná, o problema da fluorose persiste. Mas se fossem sempre perfeitinhos era uma seca.
Lourenço Bray, és a honrosa excepção (acho que não há mesmo mais pais aqui, nem mesmo o pai dos meus costuma honrar-me com a sua visita).
Carla Isabel, estás a ver por que parei nos dois? E os meus vão ser sempre encantadores (yeah, right).
Ai isso é que não é! Eu leio o blog e não sou mãe. ;) Serei provavelmte um dia, mas não está para breve.
Beijinhos e continua o bom trabalho
:)
Não só não te chamo nomes nenhuns, como te elogio amplamente a capacidade de criar tão nobre progenitura. O desafio, agora, é tentar aplicar os mesmos métodos a seres de outra cepa... tipo os meus, por exemplo. Sim? Siiiiiim?
Não é popular, mas eu já estou habituada a gostar dos impopulares :)
Margarida, cf. post acima ;)
Amigo Imaginário, ahahah. Como se tivesse algum mérito. E como se isto não fosse uma situação passageira.
Mãe Sabichona, é tudo uma questão de perspectiva.
(*suspiro) É como se costuma dizer: cada um tem aquilo que merece e, pelos vistos, eu mereço uns filhos mal comportados.
Ainda não leste o post dos diabretes, calita? Isto era só areia atirada aos olhos de quem passa por cá.
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