31 janeiro 2006
isto assim cansa
Já não estava habituada a tanto trabalho. Daquele tanto que se chega ao fim-do-dia com o tico em coma e o teco com as patinhas a ceder... Até quinta-feira, quando será o seminário que estou a preparar, não deve dar para ler nem escrever quase nada. Até ao meu regresso, fui.
30 janeiro 2006
homens, mulheres, cinema e pipocas
Lembro-me de ler algures que o nosso cérebro (do Homem, entenda-se) se veio a desenvolver, começando por uma parte mais interior e antiga, que comanda os instintos mais básicos, até uma zona exterior mais recente, onde se desenvolvem o raciocínio e as emoções mais sublimes (algum biólogo que me corrija e diga o nome correcto das coisas, sff). Pois bem, quando se vai ao cinema - cuidado, vem aí uma afirmação que pode soar feminista mas não é, a sério - com o namorado dá para perceber que as mulheres desenvolveram muito mais a tal parte mais recente.
Eu não sou lamechas, não gosto (só) de comédias românticas, de filmes intelectuais ou pseudo-intelectuais. Mas qual é a cena de eles só quererem ver coisas que provocam 3 tipos de reacção: medo, gargalhadas e tesão? Qual é o mal de se querer ver qualquer coisa que nos surpreenda o cérebro, nos faça cócegas nos princípios e convenções, nos desperte a curiosidade e nos faça pensar naquilo durante uns tempos? Com ou sem pipocas.
Tendo dito isto, felizmente consegui que o meu namorado viesse ver comigo recentemente 3 grandes filmes (e gostou!): O Fiel Jardineiro, Máquina Zero e Match Point. Não percam.
Eu não sou lamechas, não gosto (só) de comédias românticas, de filmes intelectuais ou pseudo-intelectuais. Mas qual é a cena de eles só quererem ver coisas que provocam 3 tipos de reacção: medo, gargalhadas e tesão? Qual é o mal de se querer ver qualquer coisa que nos surpreenda o cérebro, nos faça cócegas nos princípios e convenções, nos desperte a curiosidade e nos faça pensar naquilo durante uns tempos? Com ou sem pipocas.
Tendo dito isto, felizmente consegui que o meu namorado viesse ver comigo recentemente 3 grandes filmes (e gostou!): O Fiel Jardineiro, Máquina Zero e Match Point. Não percam.
27 janeiro 2006
a verdade na amizade (tenho de parar com esta piroseira das rimas nos títulos)
Ainda não percebi bem porquê, mas sou daquelas pessoas a quem costumam confiar segredos, angústias e desesperos. Devo ter vocação para muro das lamentações, já que a maioria desta gente aproxima-se, lamenta-se, eu emito alguns sons (não importa muito o conteúdo) e lá deliberam qualquer coisa sem que eu perceba bem o que se passou ali. É por isto que os terapeutas têm saída, e aposto que muitos estão para ali a dormir enquanto os pacientes gralham, gralham, bastando-lhes o processo de gralhar para se sentirem melhor.
Isto deixa-me muitas vezes perante o dilema da dose de verdade que as pessoas querem realmente receber quando nos pedem uma opinião. Por exemplo, um namorado da nossa amiga engana-a, pisga-se durante uns tempos e depois volta, "porque descobriu que ela é que é o amor da vida dele". O que é que eu digo? a) és és, és tu, a outra, a próxima, a que vier e mais a prima; b) toda a gente merece uma segunda oportunidade, "vai onde te leva o coração"; ou c) só tu podes decidir isso. Na primeira, perde-se uma amiga; na segunda, a amiga perde-se para a vida; na terceira, encheu-se mais um chouriço-politicamente-correcto e fica tudo contente porque ela desabafou, eu "aconselhei" e depois logo se vê...
Isto deixa-me muitas vezes perante o dilema da dose de verdade que as pessoas querem realmente receber quando nos pedem uma opinião. Por exemplo, um namorado da nossa amiga engana-a, pisga-se durante uns tempos e depois volta, "porque descobriu que ela é que é o amor da vida dele". O que é que eu digo? a) és és, és tu, a outra, a próxima, a que vier e mais a prima; b) toda a gente merece uma segunda oportunidade, "vai onde te leva o coração"; ou c) só tu podes decidir isso. Na primeira, perde-se uma amiga; na segunda, a amiga perde-se para a vida; na terceira, encheu-se mais um chouriço-politicamente-correcto e fica tudo contente porque ela desabafou, eu "aconselhei" e depois logo se vê...
26 janeiro 2006
nunca mais é Sábado!
Finalmente vou mergulhar como Open Water Diver certificada :) Isto, se o tempo ajudar, claro. Tenho tido tanto tanto tanto trabalho que não há nem um segundinho para ler, comentar, postar ou fazer qualquer outra coisa relacionada com blogues, uff!
25 janeiro 2006
cromoterapia no dia-a-dia
Hoje apercebi-me de como dou importância às cores, desde as canetas com que escrevo à roupa com que me visto. Não estou a falar do ponto de vista da conjugação de cores de forma a não ferir o olhar dos transeuntes - às vezes, até sou capaz de encandear quem passa por mim com as minhas tendências arco-íricas. Olhem, juntem-se à festa ou ponham óculos de sol!. Refiro-me antes à necessidade que sinto de adequar as cores com que me rodeio ao meu estado de espírito. Por exemplo, é raríssimo vestir preto porque acho que nenhuma das conotações desta cor (luto, formalidade, noite, sedução misteriosa...) se adequam à minha personalidade. Pelo contrário, uso branco, quando quero encher de luz o meu dia; verde alface, quando quero energia criadora e optimismo; vermelho, quando preciso de força e dedicação a uma causa; e azul turqueza, quando procuro tranquilidade e segurança. Hoje tinha uma reunião importante, com gente muito por-quem-é, vénias e demais cuidados: saquei logo do meu sobretudo verde ranhoca-fresca e de um alfinete com um bicharoco coberto de lantejoulas ;P.
Os especialistas em cromoterapia ainda vêm para aqui dizer que troco os sentidos todos das cores. O que é certo é que comigo funciona.
Os especialistas em cromoterapia ainda vêm para aqui dizer que troco os sentidos todos das cores. O que é certo é que comigo funciona.
24 janeiro 2006
gralha metropolitana
Gosto muito de andar de Metro. E o Metropolitano de Lisboa é uma das minhas coisas favoritas da cidade (ainda um dia tenho de fazer uma listinha). Acho que tudo começou quando o meu Avô me levava a passear ao Domingo e íamos até à Praça da Figueira dar pão aos pombinhos. Tenho tantas saudades do meu Avô... Entretanto, fui quase sempre de Metro para as aulas, para a Faculdade, para o trabalho. Para mim, é como andar de elevador na horizontal e nada se compara em termos de rapidez e independência - abomino andar às voltas à procura de estacionamento. Por esta altura a empresa do Metro já me devia estar a oferecer passes vitalícios por tanta publicidade!
Experimentem só andar nas horas de ponta, ler as caras (não a Caras, nem a Maria, nem a Ana, nem a Mariana. Para quando o lançamento da Ana Maria?) e a postura dos passageiros, tendando abstrair-nos de todos os sons e procurando desvendar pensamentos, desejos, medos... Sem fazer juízos de valor, sem criticar mentalmente a roupa desta ou o cabelo daquele, procurando apenas a comunhão dos seres humanos no caminho para casa, depois de um dia de trabalho. Como diz o meu Pe. Preferido, se Jesus viesse à Terra agora, andava de transportes.
Experimentem só andar nas horas de ponta, ler as caras (não a Caras, nem a Maria, nem a Ana, nem a Mariana. Para quando o lançamento da Ana Maria?) e a postura dos passageiros, tendando abstrair-nos de todos os sons e procurando desvendar pensamentos, desejos, medos... Sem fazer juízos de valor, sem criticar mentalmente a roupa desta ou o cabelo daquele, procurando apenas a comunhão dos seres humanos no caminho para casa, depois de um dia de trabalho. Como diz o meu Pe. Preferido, se Jesus viesse à Terra agora, andava de transportes.
23 janeiro 2006
Just another manic Monday
Por acaso, até nem sou daquelas pessoas para quem as segundas-feiras são detestáveis (acho pior as terças, a segunda ainda tem saborzinho a fim-de-semana) mas hoje não está fácil. Chego - atrasada - ao trabalho, o computador não queria ligar. Quando finalmente ligou, desligou-se duas vezes, sendo que, da primeira, uma horita de trabalho foi pelos canos, ou cabos, abaixo. O técnico já disse que isto é coisa para demorar 3 dias a arranjar, coisa impossível nesta semana em que tenho de preparar um workshop... Não está fácil, não :(
Inspirada nesta menina resolvi comprar um ovo Kinder para ver se me calhava uma surpresa animadora mas saiu-me um drácula grogue depravado (nariz vermelho e língua de fora) que ainda não me conseguiu animar grande coisa. Aceitam-se sugestões de actividades para despertar sorrisos aqui na malta...
Inspirada nesta menina resolvi comprar um ovo Kinder para ver se me calhava uma surpresa animadora mas saiu-me um drácula grogue depravado (nariz vermelho e língua de fora) que ainda não me conseguiu animar grande coisa. Aceitam-se sugestões de actividades para despertar sorrisos aqui na malta...
20 janeiro 2006
manhãs 5 estrelas
Apesar de ser sempre difícil levantar da cama, é um privilégio poder calçar uns ténis e ir correr junto ao rio, ao nascer do sol, e ver os meus primos corvos marinhos à pesca. Melhor ainda é, depois da bela banhoca, ainda ter tempo para ler um bocadinho, saboreando uma chávena de chá, enquanto a barriga do meu cão adormecido sobe e desce ao meu lado. (depois é só sair a correr de casa para não chegar atrasada ao trabalho!)
19 janeiro 2006
o bem e o mal
Este é um dos temas que mais gozo que dão falar aos meus miúdos da catequese, precisamente porque tento demonstrar que não é nada taxativo e, sobretudo, que o "mal" está em acharmos que podemos ordenar as coisas da vida em montinhos distintos de "bom" e "mau". Na nossa catequese, não há muito espaço para ideias antigas do "demo", mas tão pouco queremos transmitir que o objectivo é sermos todos meninos e meninas perfeitos, que nunca fazem um disparate nem pisam o risco. Aleluia!
Esta conversa toda foi para introduzir a minha apresentação. Acho que deambulo entre o pendor para o mal e para o bem. A inclinação benigna revela-se no meu amor explosivo pelos animais e pelas crianças, naquela vozinha que às vezes grita que devia era ir fazer Missão para África, e que se alicerça na minha moral cristã; o mal... bem, o mal está sempre à espreita, na minha tendência para o sarcasmo (que tentarei combater a fio de espada neste blogue!), na vontade irresistível de arreliar os ditos animais e crianças, de experimentar quase tudo, nem sempre pensando nas consequências e, ultimamente, no massacrar a paciência do meu namorado, o L. Mas eu não tenho a culpa, o L. é a vítima perfeita de todas as provocações: cerra os dentes, fica furioso como um menino de 5 anos a quem tiraram a bola (só lhe falta espernear) e nunca consegue responder à letra ou ignorar, os únicos meios eficazes de combate a esta minha maleita. É tão querido e às vezes até me sinto mal. Mas é mais forte que eu, eheheh.
Esta conversa toda foi para introduzir a minha apresentação. Acho que deambulo entre o pendor para o mal e para o bem. A inclinação benigna revela-se no meu amor explosivo pelos animais e pelas crianças, naquela vozinha que às vezes grita que devia era ir fazer Missão para África, e que se alicerça na minha moral cristã; o mal... bem, o mal está sempre à espreita, na minha tendência para o sarcasmo (que tentarei combater a fio de espada neste blogue!), na vontade irresistível de arreliar os ditos animais e crianças, de experimentar quase tudo, nem sempre pensando nas consequências e, ultimamente, no massacrar a paciência do meu namorado, o L. Mas eu não tenho a culpa, o L. é a vítima perfeita de todas as provocações: cerra os dentes, fica furioso como um menino de 5 anos a quem tiraram a bola (só lhe falta espernear) e nunca consegue responder à letra ou ignorar, os únicos meios eficazes de combate a esta minha maleita. É tão querido e às vezes até me sinto mal. Mas é mais forte que eu, eheheh.
a alegria do trabalho
Afinal, o dia de ontem até acabou por correr bem porque, pela primeira vez desde há umas semanas, tive trabalho a sério para fazer. Quem me conhece sabe que eu não sou propriamente workaholic mas, às tantas, começamos a questionar o que andamos a fazer da vida. Daqui para a frente tenho várias agulhas para encontrar em palheiros, estudos para analisar, apresentações para preparar, uma alegria! E não há nada como um dia assim para depois se chegar a casa, preparar um chazinho de cidreira, e enroscar-se no sofá com o M. (o meu cão) a ver o E.R.
p.s. Por acaso, agora que penso nisso, utilizar as iniciais para me referir às pessoas que quero manter incógnitas não é grande ideia dado que todos em minha casa têm nomes começados por M...
p.s. Por acaso, agora que penso nisso, utilizar as iniciais para me referir às pessoas que quero manter incógnitas não é grande ideia dado que todos em minha casa têm nomes começados por M...
18 janeiro 2006
sabemos que o dia não vai ser fácil...
...quando nos levantamos de manhã e viramos o boneco. É sempre interessante redescobrir que o chão é o nosso melhor amigo quando se fica tão fraquinha, tão fraquinha que mal se consegue pedir ao Papá para ir buscar um copo de água com açúcar. As maravilhas da feminilidade...
17 janeiro 2006
Está frio e eu não gosto
Tinha eu pensado ser uma linda menina e fazer o que é costume no início de um blogue: apresentar-me, dizer umas graçolas para cativar a audiência e tal. Mas não, para já, a verdade é que não vale assim muito a pena fazer apresentações porque a minha audiência é nula e não há razões para deixar de o ser uma vez que eu não tenciono falar a ninguém do blogue (perguntam-se vocês, ou seja, eu, já que não há aqui nenhuns "vocês" conforme supracitado, então para que fazes um blogue? Resposta: pois, não sei.); depois, está um daqueles dias em que o frio é tanto que parece congelado, ou seja, o próprio frio fica estático, um incómodo contínuo que nos faz quase interrogar se não foi sempre assim. Contudo, fora desta caverna de Platão onde me tentam persuadir que sim, que sempre foi Inverno, eu lembro-me perfeitamente que há Verão e quero que mo devolvam!
Quando andava a fazer a licenciatura, a Primavera era decretada em Janeiro em Lisboa, para irmos à praia nas férias antes do 2º semestre. Pois bem, Janeiro - check! -, Lisboa - check! - bom tempo - you wished!
Sem fazer a devida apresentação acho que já consegui transmitir a imagem de pseudo-filósofa ligeiramente esquizofrénica... Pelo menos em parte não corresponde à realidade.
Quando andava a fazer a licenciatura, a Primavera era decretada em Janeiro em Lisboa, para irmos à praia nas férias antes do 2º semestre. Pois bem, Janeiro - check! -, Lisboa - check! - bom tempo - you wished!
Sem fazer a devida apresentação acho que já consegui transmitir a imagem de pseudo-filósofa ligeiramente esquizofrénica... Pelo menos em parte não corresponde à realidade.
16 janeiro 2006
banda sonora desta 2ª feira
Génese 1, 1
Cheguei à conclusão que, apesar da quantidade de blogues que já existem por este mundo fora, ainda há muitas coisas irrelevantes - e mesmo algumas com algum sentido - para dizer. É aqui que entra a minha vocação grálhica, de mandar palpites quando ninguém os pediu (prefiro achar que é porque ainda não se aperceberam da urgência real que têm em ouvi-los, eheh). Mas desengane-se quem achar que eu me considero mais qualificada que qualquer outra pessoa para tecer comentários sobre seja o que for! Sei apenas que tenho uma grande vantagem, que é mesmo herança genética, de conseguir transmitir uma grande convicção sobre quase qualquer assunto. Foi assim que enganei os professores na escola e que consegui muitas vezes captar a atenção dos amigos (sobretudo dos que ainda não me conheciam muito bem).
Bom, nisto dos blogues só ler quem quer. Já combinei comigo mesma que não vou falar a ninguém do meu por isso posso dar asas ao meu gralhar :)
Bom, nisto dos blogues só ler quem quer. Já combinei comigo mesma que não vou falar a ninguém do meu por isso posso dar asas ao meu gralhar :)
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