29 dezembro 2006

30 semanas e um ano em grande!

"Já só faltam 10 semanas!", dizia eu ontem. "Ainda falta um quarto da gravidez...", respondeu-me o L. Ora bolas! Mas depois desta grande caminhada já parece tão pouco...
Respondendo ao desafio da Filipa, aqui vos deixo alguns presentes para o meu bebé de que mais gostei. Houve muitos outros, todos lindos e muito úteis, mas resolvi escolher este conjuntinho (que a minha tia fashion trouxe de NY), o blusão de esquimó (escolhido por mim) e o burrinho, que espero que venha a ser um bom amigo.



Fazendo um breve balanço de 2006, acho que posso dizer que este foi o ano mais preenchido da minha vida! Depois de uns primeiros tempos mais tranquilos, em que nos dedicámos às obras da casa - e que trabalheira que foi! - e de uma viagem inesquecível a Cuba, que me marcou muito mais pela realidade e as pessoas com que contactei do que apenas pelas praias maravilhosas e pelos mojitos (que saudades...), desde Junho que tudo começou a surgir em catadupa: engravidei, fui viver com o L., acabei o mestrado, fiquei noiva, uma emoção constante! Devo reconhecer que, no princípio, senti-me um pouco perdida com tanta mudança. Estava habituada a sentir tudo sob controlo - provavelmente, uma sensação demasiado ingénua - e, de repente, nem sobre o meu próprio corpo tenho algum poder! Aqui presto tributo à minha família que, mesmo um pouco mais à distância (ok, a 5 minutos de automóvel), continuou a ser um grande alicerce, e ao meu querido L., cuja infinita paciência e dedicação permitiu que nos fossemos habituando, passinho a passinho, a esta nova fase da vida.
Desejo-vos um óptimo 2007, cheio de coisas boas e da realização dos vossos desejos, e deixo-vos com o retrato do maior presente que espero para mim (mas só em Março!), às 30 semanas.

27 dezembro 2006

back to work

O Natal foi óptimo mas sinto-me uma sobrevivente às comemorações deste ano. Com a valente constipação (que felizmente já está melhor) e a enchente de família a juntar à minha Senhora Barriga que já não aguenta tanto rodopio, fiquei a precisar de umas férias. Mas o melhor foi estar com tantos priminhos e receber coisas lindas para o meu filhote... que, entretanto, já tem um nome! Infelizmente, não posso ainda revelá-lo porque o L. quer evitar que haja gente a opinar sobre a escolha antes do gralhinho nascer. Olhem, paciência, é esperar pouco mais de 2 mesitos!
Continuação de boas festas para todos!

22 dezembro 2006

espirro(s) de Natal: encontrado

Queria deixar aqui um post de boas festas todo bonitinho e animado - para além de ir desejar pessoalmente um óptimo Natal a todos os meus queridos leitores - mas estou com uma enorme constipação e só vim cá despachar umas coisas mais urgentes do trabalho e volto já para o ninho.
Fiquem pois com os meus singelos votos de feliz Natal e que possam passá-lo com as pessoas mais importantes para cada um de vós.

Beijinhos da gralha e família :)

21 dezembro 2006

espírito de Natal: precisa-se

Gostava de poder culpar as hormonas mas, lá por estar grávida, não posso andar sempre a servir-me desta desculpa. Estou com um humor de cão. Não de um cão como o R., que está sempre absurdamente bem disposto, mas de um cão como o M., quando não lhe damos aquele restinho de bife por que ele esperou pacientemente durante a nossa refeição - sim, sou uma dona muito má, não dou restos aos cães.
Por que é que, às vezes, o que parece negro e difícil se torna infernal e impossível? Muito porque, nessas circunstâncias, eu, dramática e palavrosa como a mais platinada das actrizes venezuelanas, pioro tudo com o que digo. Se alguém está mal, concerteza com consigo fazê-lo sentir pior. Se tenho uma pedra no sapato, todos estão a colocar-me rochedos no caminho. Se me dói a garganta, o fim do mundo aproxima-se. Está bem que um pouco de intensidade dá tempero à vida mas, às vezes, gostava de ser mais... suave. Já para não dizer sensível.
Lamento muito por todas as vezes que usei o meu maravilhoso toque de Midas ao contrário - aquilo em que toquei, estraguei. Espero que o espírito do Natal me possa amaciar um pouco, pelo menos nesta época. De preferência, daqui para a frente, que o meu filho merece uma mãe melhorzita.

20 dezembro 2006

sou um camião

Já só faço as subidas em primeira.

Se todos temos direito a posts naïf, também temos direito a posts brutos como as casas.

18 dezembro 2006

cursos de vestuário

O meu nubente (que palavra tão catita, não é?), um rapaz muito inteligente, que fala de surfatrões e coisas assim, tem uma dificuldade: nunca aprendeu o vocabulário sobre roupa. Até deve tê-lo aprendido nas aulas de Inglês e Francês, mas não na própria língua materna. Vai daí, não sabe distinguir um babygrow de um pijama de bebé - até aqui acho normal, já que ainda não tem nenhum bebé para vestir - uma parte de baixo de um bikini de uns calções, uma blusa de uma camisola, uma écharpe de um cachecol. Ora, já que há cursos para tudo e mais alguma coisa, alguém conhece um curso especial para homens, que os familiarize com estas trivialidades do dia-a-dia?

15 dezembro 2006

limpezas de Advento

Ontem, na catequese, falava às minhas miúdas de como esta é uma óptima altura para fazer arrumações dentro de nós, deitar fora muita tralha que não serve para nada e arranjar espaço para coisas mais importantes, como a paciência, a boa vontade, o amor ao próximo mesmo quando esse próximo nos parece a última pessoa que nos apetece amar. Dizia isto e via na cara delas tantos obstáculos a esta "limpeza de Advento" (como deviam também ver-se na minha). Via as colegas que implicam com elas na escola porque elas não têm os ténis da moda. Via os pais que não podem, por alguma razão, acolhê-las em casa - e com quem, mesmo assim, elas esperam passar o Natal. Via desilusões atrás de desilusões, mas também uma resteazinha de esperança.
Isto de ser cristão é muitas vezes uma tarefa hercúlea. A Fé, como todas as relações amorosas, dá trabalho. Ninguém nos pede que sejamos perfeitos mas que tenhamos a coragem de enfrentar os nossos limites e procurar ser um pouco melhor. Porque somos chamados a alguma coisa muito maior do que o quotidiano mesquinho, revestido de um falso sentimento de superioridade, com que facilmente nos contentamos.

Este ano, a limpeza não me está a ser particularmente fácil. Mas nem tudo são coisas inúteis que me preenchem. Este Advento, estou cheiinha com o meu filhote, cada vez mais crescido e mexido (os pontapés nas costelas já doem!), e isso faz toda a diferença.

12 dezembro 2006

viva o capitalismo

Hoje trago-vos mais um pequeno episódio do meu dia-a-dia. Não vos preocupeis que este blogue não vai descaír para a política. O cenário: hora de almoço, numa tesouraria de Segurança Social do centro de Lisboa. Depois de esperar uns 20 minutos que as duas pessoas que estavam à minha frente fossem atendidas (esqueçam lá isso da prioridade a grávidas e etc., definida pelo decreto-Lei não sei quê, afixado numa bonita placa sobre o balcão), o funcionário rosnou para eu me aproximar.
- Bom dia. Eu precisava da cópia de dois recibos de pagamento para enviar à minha entidade patronal porque os que tenho, de pagamento no Multibanco, foram considerados ilegíveis.
(Quanta ingenuidade a minha, achar que isto se tratava de um pedido simples...)
- Ah, não. (claro que não, óbvio!) Para isso tem de se dirigir ao Serviço Especial de Complicações Absurdas (SECA), que fica no Areeiro (para quem não conhece, posso testemunhar que é o serviço que pior funciona com que já contactei em toda a minha vida largamente burocratizada).

E pronto, lá se perdeu uma horita de almoço. Ou talvez não... Decidi vingar-me gastronomicamente e dirigi-me a uma das amorosas capelinhas da fast food, o sempre fiável McDonalds (sim, eu sei, que horror! Uma grávida a comer estas porcarias. Já disse aqui como estou farta dos farelos, não disse?) Esperava eu tranquilamente na fila quando veio ter comigo a gerente e convidou-me a sair da fila. Será que entornei algum tabuleiro com a barriga sem reparar e vou ser posta na rua? Não. Fui encaminhada, com o maior dos cuidados, até a uma mesa, onde fiz o meu pedido, aguardei que me trouxessem o tabuleiro (por momentos, temi que me fossem trazer talheres ou coisa que o valha) e paguei. No final, a amável gerente ainda veio perguntar se desejava mais alguma coisa.

Meus meninos, enquanto o Estatismo não aprender a servir os utentes, contem comigo para cliente fiel do Capitalismo. É que é tão mais agradável.

11 dezembro 2006

é mesmo segunda-feira

Depois do lindo dia de ontem e da alegria muito pouco cristã com a notícia da morte do Pinochet (Pai Natal, já agora não queres pegar noutro ditador fora de prazo lá do mar das Caraíbas e levá-lo no teu trenó para o Pólo Norte?), esta semana começa com um mau humor incontornável. 5 dias de trabalho: inadmissível. O meu L. está outra vez do outro lado do Atlântico: tenho saudades e os pés muito frios. Descobrir como se trabalha (e trabalhar) com dois programas de software em que nunca tinha posto a vista em cima: dôr de cabeça ao fim do dia, pela certa. Pelo menos ninguém me roubou o lugar de estacionamento.

Bem... Boa semana para todos (tentativa muito esforçada de esboçar um sorriso)

07 dezembro 2006

como criar problemas de consciência numa c@b&@

1. Levar o carro para o trabalho num dia de chuva;
2. Andar às voltas, às voltas, sem encontrar um lugar, até decidir encostar numa descida às espera que alguém saia;
3. Ao surgir alguém para tirar um carro, e surgir um terceiro carro que rapidamente se encosta ao que está de saída, não desesperar (ok, podem murmurar algumas asneiras);
4. Aguardar a confirmação de que a dita cab&@ vai roubar o lugar à descarada;
5. Quando esta estacionar, encostar o carro ao dela, ligar os quatro piscas, desapertar o blusão para se ver mesmo bem a barriga, e dirigirmo-nos até à porta da condutora;
6. Bater no vidro ao de leve, com um grande sorriso de Boas Festas;
7. Quando esta abre o vidro, dizer com amabilidade: muito obrigada por me ter tirado o lugar. Acha bem o que fez? Ainda por cima a uma grávida?
8. Quando esta riposta que não podia adivinhar que eu estava grávida, responder que sabia pelo menos que eu cheguei ali primeiro. Terminar com votos de um Feliz Natal (foi pena, mas esqueci-me de acrescentar o "Próspero Ano Novo", que fica sempre bem).

(e ir estacionar a um quilómetro de distância, chegando meia hora atrasada depois de caminhar debaixo de chuva porque o fantástico chapéu-de-chuva fluorescente se partiu)

Jingle bells, jingle bells, jingle all the way!

06 dezembro 2006

manias e isso

Desafiada pelo caro Matvey, passo a confessar 5 das minhas manias. Na verdade, acho que são as minhas 5 manias, ponto final, porque já precisei de um dia inteiro a puxar pela cabeça para me lembrar destas. Aqui vão:

1. Relógios grandes. É uma mania? É moda? Não sei, só sei que não consigo usar daqueles relógios fininhos, próprios para se acomodarem nos refegozinhos dos pulsos. Para mim, só grandes "cebolas", de preferência modelo de homem.

2. Nao uso roupa preta. É uma cor muito prática e que põe a gente magríssima e fantástica mas não tem mesmo nada a ver com a minha personalidade (nem com o meu tom de pele, na minha opinião).

3. Adormecer a ver TV. Para algum desespero do L., foi um vício que adquiri quando ainda dormia sozinha e agora custa-me mesmo adormecer sem qualquer coisa a passar no ecrã (de preferência, programas tipo BBC Vida Selvagem com animais marinhos). A desvantagem é que adormeço com demasiada facilidade e a qualquer hora a ver televisão (ou no cinema).

4. Falar com diminutivos. Já se devem ter apercebido da minha maniazinha de escrever coisinhas sempre muito pequenininhas. Mais do que um recurso estilístico, é uma herança de família - a minha avó, como boa minhota, não sabe dizer uma frase com menos de 3 ou 4 "inhos".

5. Opinar sobre tudo. Ou não fosse eu uma gralha, não é? Eu sei que pode ser um bocado chatinho (ups, lá veio o "inho" outra vez) mas o meu pai também fez sempre o mesmo. Na verdade, acho que só descobri que ele não é uma enciclopédia, dono de todo o saber do universo, lá para os 16 anos (e eu vou fazer o mesmo ao gralhinho, eheh). Se as pessoas me perguntam alguma coisa, tenho de responder, certo?

E agora, uma coisa que não tem nada a ver: adivinhem lá quem é que já tem os 6 primeiros episódios da terceira série dos Perdidos (e já viu o primeiro)? Me me me! :D Muito obrigada ao L. e à sua pandilha high-tech internacional. E, sim, foram obtidos por via legal.

04 dezembro 2006

actualização dos 6 meses de gravidez

E aos 6 meses...
- Segundo "os livros", já cumpri os dois primeiros trimestres mas só entro no terceiro daqui a quase duas semanas (estou numa espécie de limbo, portanto. Acho que isto devia dar direito a férias)
- A minha barriga continua cada vez mais enorme e redondinha. Mas não pesa muito nem incomoda, felizmente!
- Os enjôos nocturnos foram-se de vez. E com isso voltou o gosto pelos doces... Que é incentivado pelo gralhinho, que adora chocolate (então se for preto, melhor ainda).
- Também como consequência do fim dos enjôos, já não sinto tanta fome (isto pode parecer estranho para algumas pessoas, mas quanto mais enjoava, mais precisava de comer). Tenho conseguido controlar melhorzito o aumento de peso.
- Continuo a dormir que é uma maravilha! São raras as noites em que me levanto (só quando bebi muito chá antes de adormecer) e acordo leve e repousada - claro que isso só acontece porque me deito cedo e só acordo às 8h15.
- Ainda não tenho inchaços nem dores de costas e todas essas coisinhas maravilhosas que me devem esperar daqui para a frente.
- Deixei praticamente de sentir contracções desde que deixei de fazer esforços. Ainda não me consegui habituar a fazer as coisas tão devagarinho mas o que tem de ser tem muita força.
- Continuo com um bocadinho de anemia. Sinto-o no cansaço ao subir escadas mas de resto, mais nada. Já estou farta de tanta carne e beterraba (já para não falar nos medicamentos), vamos lá a ver se, para a próxima, a médica me arranja um super-suplemento, tipo roer barras de ferro.
- O passaroco continua a mexer-se q.b. (mais nuns dias do que noutros) mas não é bebé de dar muitos pontapés, é mais de dançar na minha barriga. Tão pequenino e já tão meiguinho para a mãe ;)
- Continua sem ter nome, o pobrezinho... Em compensação, já deve ter uma crise de identidade porque toda a gente o trata por alguma coisa diferente. Vou escrever por ele uma carta ao Pai Natal: "Querido Pai Natal, este ano gostava de receber um nome." (é para ser diferente das minhas cartas, em que levei uns 20 anos a pedir um cão)
- Hoje começamos as aulas de preparação de parto. Espero que valha a pena e que não seja uma grande fantochada. A última coisa que me apetece é lidar com uma montanha de mulheres com as hormonas em polvorosa e ser tratada com aquele paternalismozinho só porque - cutchi, cutchi - vou ter um bebé e isso é tããão fofinho!
- Estou a ler um livro sobre bebés que vale realmente a pena, da Tracy Hogg. Em teoria, aquilo está a soar-me muito bem, vamos lá a ver depois a prática.
- Já compramos a mobília básica e algumas (poucas) roupinhas mas não nos vamos alargar para já porque estou à espera de receber muita coisa no Natal.

E pronto, acho que é tudo. Boa semana!