31 outubro 2008
luxo
Depois de o Outono ter perdido a graça ao fim dos primeiros dias de frio e chuva, estou comendo trufas de chocolate. Hoje li, toquei piano e olhei durante bastante tempo para as paredes do meu quarto, enquanto desenterrava e voltava a enterrar fantasmas do passado. Isto, para mim, senhores, é a definição de luxo. Tenham um excelente fim-de-semana.
29 outubro 2008
a revolta do proletariado
Seja qual for o emprego por onde passo, deixo tão boa impressão, tão boa impressão, que eles nunca me querem deixar vir embora. Só pode ser isso que explica a teima em não me pagarem o que é devido, não é? Ah, não, afinal é mesmo a unhisse de fome típica das empresas portuguesas.
Sim, é verdade, este é o post em que eu venho para aqui lavar roupa suja. E já estão eles com muita sorte que eu não exponha nomes.
Ora então, da última vez, queriam os senhores que eu pagasse, repito, que EU pagasse à saída. Pois, está claro que sim. Ameaçazinha de processo em tribunal do trabalho e lá ficámos com contas feitas. Desta vez, o pessoal é académico, e tal, logo, é mais requintado. É um estilo de trafulhice mais erudito. Não me pagaram (ainda) mas é por razões que derivam consequentemente da questão ocasionada por motivo da situação pendente.
Não estivesse eu na mais absoluta penúria desde o passado mês de Agosto e mandava aquela Academia toda a vários sítios bonitos que não posso designar porque isto é um blogue bem-educado. Assim, são diversas as ideias que me passam pela cabeça, que vão desde o insulto exibicionista em praça pública (incluindo, possivelmente, uma amostra das minhas nádegas no meio da universidade) à subtracção de equipamento pertencente à entidade patronal - infelizmente, não há nada no valor do que me devem, mas a Nespresso e o ar condicionado portátil ficavam bem mimosos na minha cozinha.
Mas não, o meu tipo de banditismo será mais refinado. Na verdade, quase que tenho vontade que não me paguem mesmo, só para poder pôr em marcha o meu novo plano maquiavélico. MUAH-AHA-AH-AH!
Sim, é verdade, este é o post em que eu venho para aqui lavar roupa suja. E já estão eles com muita sorte que eu não exponha nomes.
Ora então, da última vez, queriam os senhores que eu pagasse, repito, que EU pagasse à saída. Pois, está claro que sim. Ameaçazinha de processo em tribunal do trabalho e lá ficámos com contas feitas. Desta vez, o pessoal é académico, e tal, logo, é mais requintado. É um estilo de trafulhice mais erudito. Não me pagaram (ainda) mas é por razões que derivam consequentemente da questão ocasionada por motivo da situação pendente.
Não estivesse eu na mais absoluta penúria desde o passado mês de Agosto e mandava aquela Academia toda a vários sítios bonitos que não posso designar porque isto é um blogue bem-educado. Assim, são diversas as ideias que me passam pela cabeça, que vão desde o insulto exibicionista em praça pública (incluindo, possivelmente, uma amostra das minhas nádegas no meio da universidade) à subtracção de equipamento pertencente à entidade patronal - infelizmente, não há nada no valor do que me devem, mas a Nespresso e o ar condicionado portátil ficavam bem mimosos na minha cozinha.
Mas não, o meu tipo de banditismo será mais refinado. Na verdade, quase que tenho vontade que não me paguem mesmo, só para poder pôr em marcha o meu novo plano maquiavélico. MUAH-AHA-AH-AH!
28 outubro 2008
e cá vamos andando
Gente, a sério que fiz a Av. da República para trás e para a frente - e olhem que hoje havia bastante trânsito - a pensar no que é que havia de escrever aqui hoje, mas não me lembrei de nada. A vida vai boa. Espero que convosco também. Tenho de arranjar um novo seguro automóvel. A carne assada que fiz ontem ficou daqui (visualizem-me a puxar o lóbulo da orelha direita). Está uma ventania desgraçada mas estou no quentinho. O Weeds está cada vez melhor, com direito a reincarnações do Moisés e um Presidente da Câmara que levaria, certamente, o meu voto. Aliás, acabei de decidir que quem não gosta do Weeds é choné. Pronto, é isto. Tenham uma boa semana.
23 outubro 2008
dezanove meses e uns dias
Olhas para mim com o teu ar inquisitivo, num silêncio penetrante, mas sou eu quem parece que te compreende cada vez menos, filho. Ainda não me habituei a ti já tão pouco bebé, desculpa lá. Às vezes sinto-me tonta por te repetir que és lindo-lindo-lindo-amor-do-meu-coração. Já pedes mais, não é? Pedes que te diga como me orgulho da pessoa já tão crescida que és agora. Desculpa se não abdiquei ainda de te abraçar de manhã como se fosses um bebé pequenino, como quando mamavas. Mas é que acho que tenho direito a um bocadinho mais de bebé. Por isso, gosto de ti assim crescido, rapagão, testando-me. Correndo pelo corredor com um capacete e uma mota imaginários. Inventando palavras que demoro a compreender. Mas tambem gosto de ficar a ouvir-te respirar docemente enquanto dormes, quando volto a casa.
22 outubro 2008
trabalho e emprego
Passo então a esclarecer os visitantes do gralha dixit:
O meu novo emprego é de administrativa, ou uma categoria semelhante, sei lá. É uma posição que consiste em atender telefones, sorrir ao público, receber pagamentos e preencher elementos numa base de dados.
O meu novo trabalho é escrever. Leio, leio, leio até encher a maré. E depois escrevo, escrevo, escrevo até ela vazar.
Tenho uma vida dupla, portanto. A certas horas do dia (e da noite), sou um ser social que comunica com as outras pessoas, ganha um ordenado e tenta fazer funcionar a infraestrutura de uma família. A outras horas, fecho-me com o computador e desapareço para o mundo. Escrever é o segundo acto mais solitário que conheço (o mais solitário, adivinhem). Faz-me perder a noção do tempo. Faz-me desconstruir a realidade para voltar a construí-la. Faz-me ver tudo de novo como se tivesse acabado de nascer. Faz-me mal, porque custa. Faz-me bem, porque é isso que preciso de fazer agora. É respirar com as pontas dos dedos.
É claro que isto significa que os meus posts se vão tornar mais labirínticos, intimistas e imprevisíveis. Olhem, é a vida. Pelo menos é a minha. Mas prometo ir dando notícias do Guguinha às "tias" que só sabem dele por este meio.
O meu novo emprego é de administrativa, ou uma categoria semelhante, sei lá. É uma posição que consiste em atender telefones, sorrir ao público, receber pagamentos e preencher elementos numa base de dados.
O meu novo trabalho é escrever. Leio, leio, leio até encher a maré. E depois escrevo, escrevo, escrevo até ela vazar.
Tenho uma vida dupla, portanto. A certas horas do dia (e da noite), sou um ser social que comunica com as outras pessoas, ganha um ordenado e tenta fazer funcionar a infraestrutura de uma família. A outras horas, fecho-me com o computador e desapareço para o mundo. Escrever é o segundo acto mais solitário que conheço (o mais solitário, adivinhem). Faz-me perder a noção do tempo. Faz-me desconstruir a realidade para voltar a construí-la. Faz-me ver tudo de novo como se tivesse acabado de nascer. Faz-me mal, porque custa. Faz-me bem, porque é isso que preciso de fazer agora. É respirar com as pontas dos dedos.
É claro que isto significa que os meus posts se vão tornar mais labirínticos, intimistas e imprevisíveis. Olhem, é a vida. Pelo menos é a minha. Mas prometo ir dando notícias do Guguinha às "tias" que só sabem dele por este meio.
21 outubro 2008
vermelho
sangue. vida. verão. vaidade. ímpeto. coragem. ousadia. extravagância. alerta. urgência. ganância. fome. sede. sexo. cheio. tudo. mais. e mais ainda.
Estava demasiado vermelho. Agora atira-se para o ocre. Não há meio de encontrar o tom de vermelho da minha alma e do meu template mas vou continuar à procura.
Estava demasiado vermelho. Agora atira-se para o ocre. Não há meio de encontrar o tom de vermelho da minha alma e do meu template mas vou continuar à procura.
20 outubro 2008
gralha - new season
Não é só porque sabe bem deixar de usar o despertador. Nem é pela suavidade dos pequenos-almoços na cama, de sumo-tostas-e-café com livro. Nem sequer é só por ter tempo para brincar com o Gustavo de manhã, antes de o levar à escola (ainda por cima, com este tempo lindo). A minha vida nova que começa hoje é boa boa boa porque passei a ter tempo e espaço para mim. Posso arejar ideias. Posso observar as coisas à minha volta. Posso pensar, sonhar, especular, intuir. Ou, simplesmente, não fazer nada, e ficar apenas a admirar as folhas amarelas que se acumulam no jardim. A minha vida agora devolveu-me o que já não tinha há muito tempo: a mim. Sejam benvindos a este novo episódio.
A quem já está com vontade de me chamar parasita social: continuo a trabalhar, homessa! Tenho é um horário e um emprego diferentes.
A quem já está com vontade de me chamar parasita social: continuo a trabalhar, homessa! Tenho é um horário e um emprego diferentes.
14 outubro 2008
ah pois é
E ao terceiro dia de trabalho, o meu substituto no meu antigo (mas ainda actual) emprego desabafou: "ah, já estou a perceber por que é que se vai embora". E eu que achava que era mariquice minha ...Not!
Quero desde já pedir desculpa a toda a gente a quem nunca mais disse nada, deixei de comentar posts, responder a sms e e-mails, mas - será que ainda querem ouvir isto? - ando mesmo desgraçada de tempo. Para a semana fico plenamente dondoca, aí logo apareço.
Quero desde já pedir desculpa a toda a gente a quem nunca mais disse nada, deixei de comentar posts, responder a sms e e-mails, mas - será que ainda querem ouvir isto? - ando mesmo desgraçada de tempo. Para a semana fico plenamente dondoca, aí logo apareço.
10 outubro 2008
obrigada trinny e susannah
Hoje podia estar para aqui a queixar-me desta semana mas até a minha capacidade de choraminguice está cansada. De modo que vou esquecer toda a correria, todo o stress, todo o desespero e vou concentrar-me apenas na coisa mais positiva que me aconteceu esta semana, e que passo a relatar: fui às compras (de roupa) e não saí do centro comercial com vontade de chorar. Atenção, isto é um passo de gigante na minha vida.
Duvido que haja alguém que deteste mais fazer compras do que eu, o que leva a que o meu guarda-roupa seja constantemente escasso, fora de moda e em estado de decomposição. Mas isso é coisa do passado, minhas amigas (presumo que qualquer leitor do sexo masculino já tenha desertado a esta hora). Depois de duas semanas a ver a Trinny e a Susannah enquanto almoço, que agora é às extremamente infantis 11h45 da manhã, resolvi que o meu armário tinha de levar uma volta. E assim foi. Estou muito orgulhosa por, no espaço de uma semana, ter comprado:
um par de sapatos
um vestido
uns collants
uma blusa
dois pares de calças
Adivinhem lá qual foi o segredo para tanta eficiência?
hipótese a) estou cheia de dinheiro e não sei que destino dar-lhe
hipótese b) fui de olhos vendados
hipótese c) comecei a gostar de me ver ao espelho
hipótese d) fiz implantes de silicone e retirei 500gr a cada nádega
hipótese e) resolvi não experimentar nada e demorei uma média de 3 minutos entre a entrada e a saída de cada loja, comprando comprando que nem uma maníaca
Aviso já quem não acertar que nunca mais sou vossa amiga.
E depois do post mais gloriosamente fútil de 2008, só volto quando tiver uma vida normal de novo. Beijinho beijinho.
Duvido que haja alguém que deteste mais fazer compras do que eu, o que leva a que o meu guarda-roupa seja constantemente escasso, fora de moda e em estado de decomposição. Mas isso é coisa do passado, minhas amigas (presumo que qualquer leitor do sexo masculino já tenha desertado a esta hora). Depois de duas semanas a ver a Trinny e a Susannah enquanto almoço, que agora é às extremamente infantis 11h45 da manhã, resolvi que o meu armário tinha de levar uma volta. E assim foi. Estou muito orgulhosa por, no espaço de uma semana, ter comprado:
um par de sapatos
um vestido
uns collants
uma blusa
dois pares de calças
Adivinhem lá qual foi o segredo para tanta eficiência?
hipótese a) estou cheia de dinheiro e não sei que destino dar-lhe
hipótese b) fui de olhos vendados
hipótese c) comecei a gostar de me ver ao espelho
hipótese d) fiz implantes de silicone e retirei 500gr a cada nádega
hipótese e) resolvi não experimentar nada e demorei uma média de 3 minutos entre a entrada e a saída de cada loja, comprando comprando que nem uma maníaca
Aviso já quem não acertar que nunca mais sou vossa amiga.
E depois do post mais gloriosamente fútil de 2008, só volto quando tiver uma vida normal de novo. Beijinho beijinho.
06 outubro 2008
afinal ainda faltava eu ficar coxa
Desculpem lá, leitores, mas isto a minha vida agora anda (coxeia) pelas ruas da amargura por isso não consigo escrever nada melhor. Qualquer dia volto com posts super animados, que vos fazem querer sair da cama de manhã só para abrir o gralha dixit; que fazem o sol brilhar com mais intensidade; que dão um novo significado ao conceito de blogue; que contribuem para uma verdadeira revolução literária internacional.
(pronto, pelo menos o meu ego continua lá pela ionosfera)
(pronto, pelo menos o meu ego continua lá pela ionosfera)
02 outubro 2008
acerca do casamento entre homossexuais
Mas por que é que dois adultos responsáveis e sem compromissos não hão de poder assinar um papel a dizer que querem viver juntos para o resto da vida (ou até se divorciarem) e que, quando morrerem, os bens que deixarem ficam para o outro? É que parece tão simples que não consigo mesmo compreender a dúvida.
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