25 outubro 2010

matilde, mafalda, francisca...

Às vezes tenho um bocadinho de pena de nunca ir ter uma filha. Nem é tanto pelos vestidinhos, pelas Hello Kitties, pelos mesmos romances que poderíamos ler; é mais por não ir assistir ao crescimento de uma menina, à formação de uma mulher. Gostava de experimentar o orgulho de ver surgir uma nova mulher no mundo: cheia de coragem, força, incertezas, determinação, como só as mulheres sabem ter. Ver a minha própria feminilidade a chegar ao Outono e ver uma outra a despontar na Primavera, com umas mãos como as minhas, uma voz semelhante, quem sabe até alguns dos meus defeitos. Porque, digam o que disserem, ter filhos também é presenciar um bocadinho da nossa continuidade. E eu não vou ver isso no feminino.

Antes de qualquer comentário a esse respeito: a loja está fechada, encerrada, trespassa-se, no way jose)

14 comentários:

Ana C. disse...

Tão giro ler isto, mas tão giro mesmo. Penso exactamente assim. Ter uma filha é diferente de ter um filho, não é melhor, nem pior, é diferente.
Definitivamente não é pelas Hello Kitys porra nenhuma, é sim por tudo isso que disseste e, em muitos sentidos, por ter uma cúmplice de vida.

Gaivota disse...

Também penso nisso, mas eu gostava de ter mais 1 ou 2 filhos, não sei é bem quando nem como :)

A loja está fechada, ok, entendo, mas às vezes a vida surpreende-nos e pode ser que isso te aconteça daqui a uns anos.

Ana C. disse...

Gaivota, não ouviste o No Way José? Essa a mim calou-me. Também só quero dois filhos, mesmo que tivesse duas meninas, ou dois rapazes. A minha loja faliu.

Maria disse...

Eu também sinto isso e tenho pena...

Pode ser que noutra vida isso aconteça!

:)

Maria disse...

Posso linkar-te?

:)

gralha disse...

Força aí Maria :)

sonia disse...

Uauuuu e com este texto so me resta dizer que sou uma felizarda por ter uma gaijita e um gaijito!
Poder presenciar duas coisas téao diferentes...

Beijinhos

Gaivota disse...

Ana C,
Ouvi, claro que sim, mas o que queremos hoje não é necessariamente o que queremos amanhã. A vida dá mesmo muitas voltas.

Margarida Atheling disse...

Acho que te entendo. Quando estava grávida, estava convencida que seria um menino, e seria muito bem vindo, mas quando soube que era uma menina... nem sei descrever o que senti! Queria muito ter uma menina! Muito!

(Mas o loja pode abrir, sabias?! É uma possibilidade que tens, não te esqueças!)

(Esses nomes, e mais um... eram a lista que dei ao paizinho para escolher um de entre eles! Já sabes o que acabou por ficar, certo?! :))

Bjs!

Precis Almana disse...

A loja está fechada agora, mas se pensas assim um dia vais reabri-la ;-)

gralha disse...

Claro que sei, Margarida :) Mas diz lá a tua quarta hipótese, que também devo gostar.
A verdade é que sempre desejei rapazes. Mas consigo imaginar o que há de especial em ter meninas.
E a loja está fechada por razões de sanidade mental da dona do estabelecimento!

Lebasiana disse...

revi-me em cada palavra... bem sabes como torci para que dentro da minha barriga estivesse uma Luísa! :)

beijinhos

Melissa disse...

Assino tudo, inclusive o da loja fechada por sanidade mental, o da loja falida (no meu caso é mais isso), o da vida dar muitas voltas, embora ache improvável, e o de sempre ter querido rapazes. Não sei lidar com laçarotes e pompons. Acho que, por mais magnífico que seja ver uma florzinha a desabrochar, tenho uma certeza razoável de que a minha florzinha ia andar exactamente como anda vestido o Gabriel.

Vera Dias António disse...

Vou deixar de vir cá, minha amiga...
Logo agora que estava a ganhar juízo e a pensar mesmo em fechar a loja vens-me com esta conversa do ter uma menina... e nós e ela, e a feminilidade e o ser-se gaja e tal... sua parva, influenciável como eu sou... fico a pensar, não é?!!!
Estou a brincar. Sempre quis todos do mesmo género e, no meio dos 3 rapazes, acho até que ia estranhar agora uma rapariga.
Quando as pessoas me perguntam quando vem a menina eu respondo: isto agora ou 1 rapaz ou 3 meninas de uma vez e encerrava-se a loja.
:)
A ser, que seja em grande, LOL!!!
Fora de brincadeiras, ao contrário do que te poderia dizer há meio ano, penso mesmo ficar por aqui!