13 outubro 2014
porto
Descobrir alguma coisa em conjunto, em havendo atenção, é alcançar a sinestesia. Um delicia-se com a melhor confeitaria do mundo e tem de inventar apetite para acomodar a francesinha do almoço. Outro anda à escuta de fantasmas na secção de poesia da Lello & Irmão, a única livre dos turistas que zumbem em redor dos escaparates à entrada. O outro admite que, sim, afinal via-se a viver no meio daquela deliciosa falta de rigor urbanístico e com a simpatia genuína dos autóctones, “só é pena dizerem tantas asneiras, mamã”. Eu recorro à estratégia infalível de calçar as sapatilhas ir ver as vistas a onze quilómetros/hora. Respiro o cheiro setentrional das ruas cobertas de granito e aceno aos velhotes de Miragaia. Dizem-me que eu sou a máior e eu acredito. Afinal, estou numa cidade que inflaciona despudoradamente a fé no melhor que há nos céus e na terra. (ouvi dizer que em Lisboa chovia. Estava-se muito bem ao sol nos jardins de Serralves e os miúdos apanharam dezoito castanhas)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
5 comentários:
Oh pá, oh pá, que bom que gostaram! Até fico um bocado emocionada e tudo.
E esqueci-me de dizer que ficámos tão bem alojados no Oporto Lobers, uma casa que é mesmo uma casa e tudo, com uma almofada que tive de esconder do filho que já sabe ler por causa das coisas, e montes de livros bons (podia ter ficado por ali a ler mas até estava bom tempo, que chatice, fiquei na página 88 d'Os Cavalos de Tarquínia, tenho de voltar).
Que saudades do Porto...
Brincas? Além de tudo o que fizeste ainda leste 88 páginas do livro? Eu trago-o para o terminares, porque é preciso que o termines.
Brincas? Além de tudo o que fizeste ainda leste 88 páginas do livro? Eu trago-o para o terminares, porque é preciso que o termines.
Enviar um comentário