É só viajar pela blogosfera e depressa encontramos diferentes relatos de mães chorosas, de coração apertado com o reinício do ano lectivo. Sou só mais uma lista. Com a agravante de me lembrar de ser deixada no infantário e agarrar-me às pernas da minha mãe a chorar. Por que é que tinham de me deixar ali? Por que é que não podia estar em casa com os meus brinquedos? Por que é que tinha de dormir a sesta (ou fingir) deitada em catres impessoais? Por que é que não era Natal todos os dias?
O problema é que o Natal não é todos os dias. Já vou para o 31º e ainda acho isso uma tremenda injustiça. Só que não há nada a fazer. E as crianças - ou bebés, nos casos em que ambos os pais querem/precisam de trabalhar - têm de ir para a escola. E os pais não têm outro remédio senão pegar num coração em fangalhos, virar-lhes as costas e voltar umas horas mais tarde, rezando para que fiquem bem entregues.
E os meus? O Diogo fica sem saber bem o que lhe está a acontecer. Corta-me o coração chegar lá e estar ranhosito, com olheiras e a roupa cheia de nódoas. Não pressinto o cuidado e a atenção que davam ao Gugas, na mesma idade, em Lisboa. O Gustavo faz-se de forte e corre para os brinquedos. Como será passar o dia com alguém que pouco o compreende? Mas chega a casa e não revela ansiedade nem tristeza com esta nova rotina. Sei que tinha muita vontade de voltar a estar com meninos da idade dele.
É assim a vida de mãe: escolhas, escolhas, prioridades, receios e saltos de fé.
2 comentários:
Nós conhecemos antes de ontem a Educadora do Lourenço e hoje desdobrámo-nos para conhecer as Educadoras do Amadeu e do Ruca. Não sinto angústia nem nada disso, se calhar é porque não andei no pré-escolar e não sei o que se passa. Sinto anisedade para ver como vai ser, isso sim. Estou ansiosa... Entretanto, enquanto calcorreamos escola atrás de escola os gajos relaxam na praia com os avós e namoram, à vez, uma Maria João que lá conheceram (LOL) sem terem que pensar no que os espera e só anseiam por voltar a casa porque a bisavó lhes disse ao telefone que já chegaram os porcos (para criar e matar lá pelo Natal, LOL).
Vamos ver, 2.ª feira se calhar venho contar-te que foi horrível e houve muito drama... mas espero que não!
Entretanto, não fiques angustiada. Sabes que eu pensava que os meus só ingressariam na escola no ensino básico, depois reconsiderei, se calhar é bom conhecerem outros meninos, eu no ano passado já notei que certos dias estar com as avós aborrecia o Amadeu, senti que ele precisava de actividades mais estimulantes, daí ter mudado de opinião, daí entrarem de chofre todos este ano.
O Rui passou pelo que o Gugas está a passar, mas um bocadinho mais velho. Quando saiu de Moçambique para a África do Sul já tinha feito a 1.ª classe em português, voltou à 1.ª classe em inglês, sentou-se numa sala sem saber uma palavra naquela lingua estranha... foi muito complicado mas já eram aulas à séria. No final do ano lectivo já falava bem inglês, passou para a 2.ª classe e foi sempre a andar. Eu acho que fazem um esforço, mas as crianças adaptam-se melhor do que nós às novas circunstâncias e ficam com os sentidos muito apurados!!!...
Beijos, dos grandes!
Nós conhecemos antes de ontem a Educadora do Lourenço e hoje desdobrámo-nos para conhecer as Educadoras do Amadeu e do Ruca. Não sinto angústia nem nada disso, se calhar é porque não andei no pré-escolar e não sei o que se passa. Sinto anisedade para ver como vai ser, isso sim. Estou ansiosa... Entretanto, enquanto calcorreamos escola atrás de escola os gajos relaxam na praia com os avós e namoram, à vez, uma Maria João que lá conheceram (LOL) sem terem que pensar no que os espera e só anseiam por voltar a casa porque a bisavó lhes disse ao telefone que já chegaram os porcos (para criar e matar lá pelo Natal, LOL).
Vamos ver, 2.ª feira se calhar venho contar-te que foi horrível e houve muito drama... mas espero que não!
Entretanto, não fiques angustiada. Sabes que eu pensava que os meus só ingressariam na escola no ensino básico, depois reconsiderei, se calhar é bom conhecerem outros meninos, eu no ano passado já notei que certos dias estar com as avós aborrecia o Amadeu, senti que ele precisava de actividades mais estimulantes, daí ter mudado de opinião, daí entrarem de chofre todos este ano.
O Rui passou pelo que o Gugas está a passar, mas um bocadinho mais velho. Quando saiu de Moçambique para a África do Sul já tinha feito a 1.ª classe em português, voltou à 1.ª classe em inglês, sentou-se numa sala sem saber uma palavra naquela lingua estranha... foi muito complicado mas já eram aulas à séria. No final do ano lectivo já falava bem inglês, passou para a 2.ª classe e foi sempre a andar. Eu acho que fazem um esforço, mas as crianças adaptam-se melhor do que nós às novas circunstâncias e ficam com os sentidos muito apurados!!!...
Beijos, dos grandes!
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