Claro que ninguém se declara a favor destas posições extremas. E também já aprendi que aquilo que é válido hoje pode deixar de sê-lo amanhã. Mas então, onde é que me situo no meio desta discussão pedoparadigmática?
Eu castigo. Se se portam deliberadamente mal, ponho-os de castigo (é raro ser preciso). Deixar cair uma embalagem de iogurte não é portar mal, é ser criança. Despejar o iogurte na cabeça do irmão só é portar mal se não se tratar de uma guerra de comida na banheira, devidamente autorizada.
Eu reforço positivamente. Todos os dias. Em diferentes circunstâncias. Não poupo elogios, mostro-lhes que acredito neles, no melhor deles.
Eu passo-me (ocasionalmente). Nessas alturas, grito, ainda que o evite. E já distribuí meia dúzia de palmadas, quando a má criação foi demais.
Eu mimo. Muito. Ponto final.
Eu sei que não sou perfeita mas sou o exemplo. Quando ouço o mais velho reproduzir argumentos e tons de voz que uso, apercebo-me de como cada gesto nosso não cai em saco roto. Por isso me fundamento na verdade, na simplicidade, no amor, na consciência da imperfeição que se vai aperfeiçoando. E o resto vai-se improvisando.
4 comentários:
Bonito :) Sempre me pareceu que o equilíbrio é o melhor mantra nisto da educação.
Disseste-o tão bem e de uma forma tão bonita, é isso mesmo, tudo com bom senso.
Eu castigo, quando acho que abusam, não por descuido, mas por parvoice. O meu castigo é regra geral sentá-los no primeiro degrau da sala a pensar no que fizeram. E de vez em quando dou uma palmada pedagógica, quando o meu grau de tolerância fica zero.
Em compensação mimo-os muito...:)
(Ainda assim a percepção que os outros têm de mim é que eu os deixo abusar (de mim) um bocadinho!):S
D.S., é um equilíbrio precário, mas vamos fazendo o melhor possível.
Carla Isabel, o meu marido diz o mesmo de mim. Na verdade, é muito raro recorrer a castigos, tento 70 x 7 vezes que se emendem de iniciativa própria ;)
Pois... por aqui também impera o improviso, porque hoje as necessidades de um são umas e as do outro são outras. E já ando nisto há tempo suficiente para saber que amanhã tudo muda e tenho de me adaptar. Mas há de tudo como na farmácia: palmadas, castigos, pedidos de desculpa e reflexões sobre o que fez de mal. E mimo, muitoooooo mimo. :)
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