A distância entre nós, que ficamos furiosos quando alguém atinge o que nos é precioso e nem sempre encontramos meio adequado para expressar o que nos mói, e os outros, que
pegam em armas para calar a pior das ofensas, a que se reveste de gargalhadas e aparente ligeireza. Enorme ou minúscula, cada um saberá de si.
10 comentários:
Um horror. Ainda estou apardalada.
De intolerante todos temos um pouco, não é, Izzie? Vá lá que a maioria consegue controlar os seus impulsos.
A diferença é a concretização, acho eu. A diferença entre o sentir e o executar será sempre muito grande, mesmo que o ódio seja igual.
Mundo de doidos, este.
:S
A melissinha disse tudo. A diferença está no agir para fora.
Para além do horror óbvio que é a perda de vidas humanas, isto faz-me uma confusão do caraças porque me toco, enquanto pessoa que está sempre disposta a defender os seus princípios, pondo-se a jeito para a crítica. É tão mais fácil destruir do que construir, pá.
Sim, todos temos pouco ou muito de intolerante. Como pessoa que passa a vida a dizer que tem vontade de enfiar um tiro nos cornos a alguém, posso dizer, à vontadinha, que não seria capaz de o fazer. E fico horrorizada quando alguém o faz.
Fico desiludida comigo mesma quando digo que era capaz de matar certas pessoas, mas a verdade é que tenho dito. Sinceramente, não acredito que o pense verdadeiramente. Muito menos que seria capaz de o fazer. São coisas que se dizem, assim, sem filtro. Mas, depois, acordamos e descobrimos que a 4 horas de nossa casa há gente sem filtro rigorosamente nenhum. E ficamos sem saber o que pensar deste mundo.
O acto foi inqualificável e algumas reacções são muito irresponsáveis. Todos temos zangas dessas, Amigo Imaginário. É preciso é chegar a um grande estado de anomia e de cegueira perante a condição humana do outro para ultrapassar todas as barreiras, ainda por cima em nome de um desvio do ideal que supostamente defendem.
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