Ouço canções lamechas. Suspiro. Passeio pelo quarto à procura de uma recordação daquele cheirinho bom deles. Não há volta a dar, sinto muito a falta dos meus filhos. Muito mais do que imaginava. Até começo a achar ternurentas as birras dos filhos dos outros, claro sintoma de senilidade. O que vale é que já falta pouco para o regresso e eles andam todos contentes a comer três calipos por dia. Uma pessoa pensa que eles estão crescidos e já não há aquela ligação simbiótica, a necessidade de contacto, de proximidade. Não nos enganemos: são nossos filhos e não deixam de fazer parte de nós.
E, sim, é muito bom ter este tempo a dois para conversas de adultos, para descontrair nas rotinas e simplesmente para estarmos só a namorar. Mas já estou habituada a que quase tudo na minha vida seja feito de doses complementares de sofrimento e gozo.
5 comentários:
Ainda só estive no máximo uma noite afastada dele e tenho aquela ideia de que quando crescer vai ser mais fácil o desprendimento. Começas a tirar-me a esperança :)
Eu ando a preparar o quarto para que esteja limpo e perfumado quando regressarem.
Eles nos 1.ºs dias nem vinham ao telefone e agora já pedem á avó para ligar aos pais... Fofinhos!
Para sofrimento agora já temos o cão lá em casa, por isso não faz mal... :)
Sei tão bem o que isso é! Tem dias em que parece que falta o ar... :(
Mãe Sabichona, o desprendimento torna-se mais fácil. Mas não deixa de custar.
Dona da mota, vocês criam os filhos em versão tribo alargada, tu já em reparas se eles estão contigo ou com os avós :P
LG, não sei do que falas. O meu cão é lindo e não dá trabalho nenhum, só alegrias.
Amigo Imaginário, nem quero calcular como é quando eles estão realmente longe.
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