23 outubro 2008
dezanove meses e uns dias
Olhas para mim com o teu ar inquisitivo, num silêncio penetrante, mas sou eu quem parece que te compreende cada vez menos, filho. Ainda não me habituei a ti já tão pouco bebé, desculpa lá. Às vezes sinto-me tonta por te repetir que és lindo-lindo-lindo-amor-do-meu-coração. Já pedes mais, não é? Pedes que te diga como me orgulho da pessoa já tão crescida que és agora. Desculpa se não abdiquei ainda de te abraçar de manhã como se fosses um bebé pequenino, como quando mamavas. Mas é que acho que tenho direito a um bocadinho mais de bebé. Por isso, gosto de ti assim crescido, rapagão, testando-me. Correndo pelo corredor com um capacete e uma mota imaginários. Inventando palavras que demoro a compreender. Mas tambem gosto de ficar a ouvir-te respirar docemente enquanto dormes, quando volto a casa.
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2 comentários:
Às vezes penso que será estranho quando ele for um rapazola, um adolescente, um homem feito. Sei que vou sentir saudades terríveis deste ser que ele é agora, deste bebé que me adora acima de tudo, cuja dependência me lisonjeia e às vezes pesa.
Acho que nessa altura me vou sentir um bocadinho usurpada dele em bebé. Dá orgulho mas doi um bocadinho vê-los crescer.
Vou tendo sorte porque tenho uns mimalhas de primeira que só querem estar agarrádos às saias da mãe... e eu não me importo nadinha de nada!!!!!!
Lol
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