31 dezembro 2008

2008/2009

Nunca liguei à passagem de ano, mas blogue que é blogue tem de fazer o balanço do ano que passou e desejos para o ano que vem. Cá vão.
2008 foi o ano mais cansativo da minha vida, resumindo bastante a coisa. Comecei com 4 cabelos brancos e agora tenho cerca de 20. Isso chateia-me, mas o que me chateia mais é pensar nos 10 meses de constante stress, pressão, muitos sapos engolidos e muito, muito trabalho. O que interessa é que já passou e uma das coisas boas deste ano foi ter arranjado um novo emprego em que me sinto feliz.
É claro que a coisa melhor deste ano foi estar em família, ver-nos crescer como família e cada um dos momentos só nossos. Sempre fui uma pessoa de família e continuarei a sê-lo até ao dia em que estiver a contar estórias aos meus bisnetos, se Deus quiser. É por isso que chego ao fim do ano de coração cheio e a desejar mais desta partilha única que é viver uns para os outros com muito amor, partilha, paciência, incentivo mútuo e sentido de humor.
Não acredito que 2009 venha a ser tão mau como o pintam. Recuso-me a ver as coisas dessa maneira. Há de haver dificudades mas a minha Fé diz-me que estas não serão maiores do que a força que temos para as enfrentar. Venha, pois, 2009, e com ele mudanças grandes - provavelmente de casa, de país, de emprego e, se tudo correr bem, de dimensão do agregado familiar :)
Quanto a compromissos de ano novo, eu sou uma pessoa tão disciplinada que até meto um certo nojo, por isso cumpri os meus para 2008. E os de 2009 são... a continuação dos mesmos, que já são muito exigentes!
A vós, caros leitores do gralha dixit e queridos amigos em geral, desejo-vos um ano cheio de coisas boas, de muita coragem, optimismo, alegria, amor, saúde e dedicação a tudo o que é realmente importante. E boas entradas!

23 dezembro 2008

Feliz Natal

A família gralha deseja a todos os gralheitores o que está reflectido nos nossos olhos:

foto retirada

(amor, alegria, paz e esperança num mundo melhor)

22 dezembro 2008

karma

Eu não acredito no karma.

(uma pausa para comentar que o conceito ocidental de karma é bem diferente do original hindu, mas refiro-me ao que por cá se chama de karma, isto é, "cá se fazem, cá se pagam")

Não acredito que as coisas más acontecem a quem as merece e que se uma criança inocente tem leucemia é porque algum antepassado foi um grande malfeitor - sim, há quem acredite nisto. Eu acredito que há muitas pessoas boas que mereciam muitas coisas boas e que há outras pessoas a quem lhes devia cair cocó de pássaro na cabeça (para dizer o mínimo) todos os dias e isso pura e simplesmente não sucede.
Pois é, apesar de tudo isto, há alturas na vida em que sinto que tenho tantas coisas boas que não mereço. Há momentos em que sinto o coração tão cheio de amor, de alegria, de paz, que parece que vai ter de acontecer uma desgraça muito grande para contrabalançar a fortuna. Agora é um momento assim, por razão nenhuma de especial. Mas não tenho medo. Saboreio só e sinto uma gratidão muito grande :)

19 dezembro 2008

gripe

Coisas de que eu já não me lembrava:

1. Fica-se com uma capacidade infinita para dormir;
2. Treme-se como varas verdes e depois dá-nos uns calores insuportáveis;
3. A comida sabe toda a papel;
4. Consigo estar deitada todo o dia sem que isso me incomode;
5. A RTP1, a SIC e a TVI passam todo o dia a dar lixo. Mas lixo mesmo;
6. Dão-me uns remorsos tremendos por não ir trabalhar (já era assim com a escola);
7. A minha mãe volta a tratar-me como se eu tivesse 5 anos (i.e. quer obrigar-me a comer).

Coisas que eu ainda não sabia:

1. O meu marido é mesmo um cuidador maravilhoso;
2. O meu filhote fica aflito quando me vê quietinha na cama e tenta arrancar-me o edredon para eu sair da mesma e passar o "dói-dói mamã";
3. O meu cão consegue dormir cerca de 18 horas por dia.

Já estou bem melhor. Espero que não chegue a vossas casas como já chegou a tantas outras. Bom fim-de-semana :)

17 dezembro 2008

a primeira grande patifaria

Depois de registar muitas das primeiras gracinhas do Gustavo, parece-me justo vir para aqui fazer queixinhas da primeira vez que ele me deixou lívida e silenciosa de irritação. Senhor Dom Limpinho & Arrumadinho resolveu hoje nem mais nem menos do que meter o meu telemóvel na máquina de lavar. E que asseado que ele ficou, quando o estendi entre as peúgas e as cuecas, ao chegar a casa. Pelo menos não estragou o cartão, vamos ver se a memória de 1 GB cheia de filmes, música e fotos também sobrevive, depois de uma noite junto ao radiador...

Tão lindinho o meu telemóvel. Nem um ano tinha :(

16 dezembro 2008

inveja

Este post não vai ter elevação moral nenhuma, é só para avisar.

Uma gralha anda no ginásio, não é? Até gosta de se esfalfar, de sentir o músculo a tremer com o esforço, coisa e tal. E gosta também de sentir que está a ficar, cada vez mais, um pedaço de mulher (cf. post anterior acerca do problema da imodéstia).
Pois bem, tenho a declarar que fico pessoalmente ofendida quando surgem aquelas serigaitas (como aconteceu hoje) que não só têm pernas esculturais e um rabiosque de rapazinho de 10 anos como umas gigantes mamas que saltitam quando ela faz step. Ou simplesmente quando respira. Eu admito que haja mamalhudas. Eu não sou mamalhuda mas sou elegantezita, vá, tenho as coisas moderadamente no sítio. Agora, é suposto as mamalhudas serem muito gordas. E, já agora, terem um ar brejeiro, de quem não se lava e não é boa pessoa. Mas não. Esta até tinha um ar queridinho, de quem podia ser minha amiga e quiçá ter conversas inteligentes. Parva.

15 dezembro 2008

gugaquático

O que fazer nestes dias gelados e de chuva (hoje mais gelado do que de chuva, caramba que ja nem sinto os dedos)? Ir à piscina, pois está claro. Começámos há duas semanas e o Gustavo fica maluquinho quando vai, está sempre a dizer "maix xina, maix xina!".

foto retirada

Por favor, comentem que o meu marido - sim, o de touca preta ao lado do Guguinha - é muito jeitoso. Para além de ser verdade (mesmo com touca de natação na cabeça), foi a condição que ele impôs para aparecer aqui. Como vêem, a modéstia é o forte da nossa família.

12 dezembro 2008

volta marlene

Não é só pela tua doçura. Nem é pela serenidade do teu olhar. É muito mais do que pela simpatia com que enches a minha casa quando entras, pela tarde. E já nem falo da brandura dos teus gestos, da generosidade da tua entrega,

Marlene,

volta depressa porque estou farta de passar a ferro, aspirar, limpar o pó, esfregar a sanita, limpar as prateleiras, lavar os vidros, levar os sacos da reciclagem, pulir o fogão e aprumar a casa em geral.

11 dezembro 2008

gralha tóxica

Faço mal à saúde do meu homem, só pode. Vem a Segunda-feira, tudo fino. Terça, Quarta e Quinta, na maior. (Friday I'm in love - Vera, esta é para ti!) Sábado a coisa começa a tremer e, pumba, ao Domingo fica sempre esverdeado e agoniado. Só pode ser do contacto comigo, não? Quando me perguntam por ele agora já respondo: "ah, sim, obrigada, já está um bocadinho melhor do Domingo."

09 dezembro 2008

abram alas para a gralha II

Desta vez, não atententei contra a vida de nenhum membro do clero, só entrei no parque de estacionamento do Colombo sem tirar ticket (i.e. colada ao carro da frente). A sério que foi sem querer. A sério que não estava a tentar imitar o McGyver.

04 dezembro 2008

semana para esquecer

(e ainda só é 5ªfeira)
Alguém sabe se há maneira de tirar vomitado de livros?
É que nem me apetece dizer mais nada. Adeuzinho, até melhores dias.

02 dezembro 2008

o meu pequeno vampiro

Será um pássaro? Será um avião? Não, é o Guguinha, o super-vampiro!
Estou a brincar mas a verdade é que estou mesmo triste porque o meu pobre filhote teve um acidente. Ia a andar calmamente pelo passeio, na risota, tropeçou e aterrou de cara no chão. Resultado: partiu os dois incisivos centrais superiores e agora parece mesmo um pequeno vampiro. Meu pobre filhinho... Ele nem se queixa muito mas aquilo deve doer-lhe porque anda com pouco apetite. Já o levámos à dentista e não há reconstrução possível, só aguardar pelos dentes definitivos e medicação para evitar outras complicações... Pobre, pobre Guguinha...

Depois do meu post sobre as crianças super-protegidas isto poderia fazer-me sentir muito culpada - mas a verdade é que o que aconteceu poderia acontecer a qualquer um de nós. É desesperante, mas a verdade é que os pais não conseguem proteger os filhos de todos os perigos.