31 julho 2007

desejos fúteis

Eu não me importo muito de ter pouco dinheiro. Tenho o suficiente para o essencial e nunca fui muito agarrada às coisas materiais (provavelmente porque nunca senti falta de nada enquanto crescia). Mas hoje, só hoje, apetecia-me bricar ao "o que é que eu fazia de supérfluo se tivesse o dinheiro todo que quisesse". Cá vai:

- Comprava umas sandálias verde-alface que (felizmente) nunca encontrei à venda;
- Aliás, dava a minha roupa toda e pedia a alguém com gosto que me comprasse uma nova colecção, com muitos calções, vestidos e blusas giras;
- Ia ao cabeleireiro cortar o cabelo (coisa que não faço há um ano e meio);
- Ia arranjar as unhas (coisa que nunca fiz);
- Para estragar as unhas, comprava uma prancha e um fato de surf;
- Fazia sessões bissemanais de massagens;
- Comprava as malas e brincos giros todos que visse na Accessorize;
- Comprava um i-Phone;
- Comprava o meu perfume (que também já acabou há um ano);
- Comprava várias colecções de séries em DVD;
- Reservava um veleiro (com skipper) para passeios ao largo da barra de Lisboa aos Domingos, ao fim da tarde, até ao fim de Setembro, com o meu marido (desde que ele me deixasse beber champanhe, senão ficava em terra!);
- E, finalmente, substituia o meu fiel mas já entradote automóvel por um Peugeot 207 CC 1.6 HDi 110 cinzento metalizado.

Até nem sou muito exigente, pois não?

30 julho 2007

um fim-de-semana intenso

Este fim-de-semana foi uma montanha-russa de emoções lá por casa. O Gustavo andou a dormir melhor (os pais agradecem) e por isso parece que desenvolveu, de um dia para o outro, mais uns milhõezitos de neurónios. Com a consequente evolução comportamental.
No Sábado, fez a maior birra que alguma vez o vimos fazer, em casa dos meus sogros. Aqui, normalmente, aproveitaria para fazer uma piada mas, como compreenderão adiante, estou de "castigo" por mau comportamento materno. por isso vou apenas dizer que aquilo foi uma coisa sem explicação. Não parava de chorar e gritar. Ele, que é sempre um bebé tão dócil e calminho... Bem veio dar razão à bisavó R., que acha que ele é "bravo"...
Logo a seguir a esta fita toda, fomos com ele ao seu primeiro concerto. Não, não foi um concerto para bebés. Foi um (óptimo) concerto rock (dos the guys from the caravan, vão espreitar, a sério), com música demasiado alta, na verdade, e o Gustavo esteve, na segunda fila, todo contente a dar à perna ao ritmo do cavaquinho e da pandeireta, sem dizer ai nem ui. Um espectáculo!
Mas o pior veio ontem. Depois de o termos ido assar para o Parque das Nações (carregado de protector solar, mas estava demasiado quente para qualquer bebé andar cá fora, reconheço), voltámos para casa ao fim da tarde. E aqui a mãe inconsciente, apesar dos avisos do pai de que ele já rebola a alta velocidade, deixou o seu bebé no meio da nossa cama bem larga, e foi uns minutos à cozinha. Quando entrei no quarto, fui mesmo a tempo de ver, como em câmara lenta, o meu filho a dar uma última volta e lançar-se no ar até cair no chão.

Esta cena passa agora em loop na minha cabeça. Nem consigo descrever o que senti...

Gritei (o que fez o pai vir a correr) e lancei-me para o pegar do chão, entre o choro dele e os meus soluços, e a minha reacção instintiva e absolutamente parva foi pô-lo ao peito para mamar. Como se isso resolvesse alguma coisa! Lá nos acalmámos todos e ele não demorou muito a ficar bem disposto de novo. O zeloso papá insistiu para o levarmos ao hospital e assim foi. Foi visto pela médica, fez um raio-x e, em princípio, parece que foi só um susto. Temos de estar atentos nestes próximos 3 dias a mudanças de comportamento, sonolência ou náuseas/vómitos.

Tenho o coração tão apertadinho... Errar é humano mas uma mãe devia ser super-humana. E é claro que hoje ainda custou mais vir trabalhar e deixá-lo com o pai e a minha sogra, que vai render o filho nas próximas duas semanas nos cuidados ao Gustavo.

pronto, srs. incendiários

Já podem começar a trabalhar.
:(

27 julho 2007

um grande ego

É o que se adivinha que o Gustavo vai ter. Não faço a mínima ideia a quem ele poderá sair...eheh (para quem acredita nestas coisas, ambos os pais são do signo Carneiro).
Ontem, depois do jantar, fomos dar uma voltinha a pé para aproveitar os dias mais longos de Verão com o bebé no marsúpio. Está a tornar-se um hábito agradável, espero que possamos continuar a fazê-lo. De vez em quando, sem que percebessemos porquê, o Gustavo começava a dar grandes gritos a plenos pulmões, até esgotar o ar. Não estava aborrecido nem cansado, estava mesmo animado! Depois lá percebemos: de cada vez que passávamos por um grupo de pessoas, lá começava ele naquilo. Ou seja, como que a dizer: "Abram alas que eu estou aqui. Vejam só como eu sou fantástico e maravilhoso!" E és mesmo filhote ;)

26 julho 2007

discussões mentais

Há pessoas com quem não podemos falar naturalmente, por razões de educação, cerimónia, o que seja. Ora eu sou uma pessoa muito franca, directa e transparente, logo, isto faz-me uma confusão monumental! Sinto-me artificial como um cãozinho de louça, como um bronzeado de solário, como um ridículo bouquet de flores de plástico. E quando a convivência com estas pessoas é regular, então, começo a fervilhar por dentro e, o que não posso dizer, vou matutando. Ando na rua, tomo banho, cozinho, trabalho até enquanto vou tendo discussões mentais com essas pessoas. O que ainda é mais ridículo do que o dito bouquet de flores de plástico. Só que não consigo evitá-lo, é o meu escape. Se ainda tivesse tempo e dinheiro para fazer desporto talvez a coisa atenuasse mas assim é discussão mesquinha imaginária atrás de discussão parva irreal. Até me cansar e não me ficar a sentir melhor.

Isto tudo porque os tempos que se avizinham vão exigir de mim uma atitude extremamente cristã perante o meu quotidiano. E não quero passar os dias nesta parvoeira. E muito menos permitir que estas discussões passem de mentais a reais.

25 julho 2007

da idade

Uma pessoa passa uns dias a trabalhar que nem uma moura (Um aparte: alguém sabe de onde vem esta expressão? No futuro, as crianças vão pensar que é por causa do Mourinho... Mas sempre gostava de saber quem decidiu que os mouros trabalhavam muito. Margarida Atheling ou outralguém de História, satisfaçam-me a curiosidade sff)

Recomeçando, uma pessoa passa uns dias a trabalhar que nem uma moura e pensa: Ummm... E quando eu já não conseguir trabalhar? Que vai ser de mim quando o sistema de Segurança Social já não puder assegurar-me uma velhice decente?

Acho que vou fazer um plano poupança reforma.

21 julho 2007

cabeça de maminha (a ficar pior...)

É vestir um vestido para um casamento que se tem daí a uma hora (tendo ainda de ir deixar o Guguinha nos sogros) e verificar que este está cheio de nódoas (de leite, claro) feitas da última vez que o usei (tinha o Gustavo 12 dias - claro que as nódoas se eclipsaram do meu cérebro). Evidentemente que levei esse mesmo vestido e passei toda a noite muito agarradinha à minha mala (felizmente grande!) como se tivesse medo que alguém ma quisesse roubar.

É, no dia seguinte, demasiado de manhã, ir a uma festa de aniversário e esquecer-me de levar o saco com as coisas do Gustavo e ele resolver fazer um daqueles bem recheados. Solução: a mãe das aniversariantes lá nos arranjou uma fralda - por sinal côr-de-rosa e com desenhos da Cinderela. Os anos que o meu filho vai andar no psicólogo quando descobrir isto daqui a uns tempos (ainda pensei tirar uma fotografia para eventuais chantagens futuras, do género: "ai não queres fazer os trabalhos de casa? Olha que eu mostro a tua foto da Cinderela aos teus amigos." Mas, pronto, tive pena do pobrezito que passou o resto da manhã só de t-shirt e fralda côr-de-rosa).

É, depois destas vergonhas todas e de uma série de noites particularmente mal dormidas, chegar a casa e cair na cama a dormir sem tirar as lentes de contacto. Coisa que nunca me aconteceu nos 10 anos em que as utilizo.

É que se ao menos pudesse tomar uns cafezitos para arrebitar um bocadinho e fazer um reboot ao cérebro. Mas aí é que o meu filhote nunca mais dormia decentemente. Tenho de me convencer que a minha vida social tem de abrandar um bocadinho :/

Ah! O tio gostou muito de conhecer o sobrinho, que o foi buscar ao aeroporto e tudo :D. Depois não sabia muito bem como lhe pegar mas olhavam um para o outro com imensa curiosidade, achei tanta graça!

19 julho 2007

é já amanhã!

É já amanhã que chega o meu maninho!!! :) Andei a semana toda numa excitação incrível. Já não estou com ele há 5 meses, desde que o Gustavo estava na minha (então enorme) barriga, e agora já é tio. E vai finalmente conhecer o sobrinho.

O meu irmão era o meu bebé. Nasceu quando eu tinha 6 anos, depois de muito o desejar, e lembro-me de que os sentimentos que tinha na altura eram muito semelhantes aos que sinto agora pelo meu filho. Agora já é um adulto - bem, tem dias - e já não vivemos juntos. Depois dos anos de brincadeiras, histórias e tantas coisas partilhadas - quando começou a falar só eu o compreendia - fomos ficando cada vez mais diferentes. Mas será sempre o meu irmãozinho de grandes e lindos olhos verdes. É quase eu. Temos o mesmo sorriso. E amanhã vou colocar-lhe o Gustavo nos braços e engolir as lágrimas de emoção com muita força para não parecer lamechas.

18 julho 2007

quero mais

Ontem à noite pensava, ao ler alguns blogues de famílias com vários filhos, que realmente eu quero mais. Acho que sou baby junky, não no sentido de precisar de me sentir grávida ou de ter um pequenino bebé indefeso mas porque quero mesmo ter vários filhos. Sempre quis e agora ainda quero mais. E pensava: isto só um até dá tão pouquinho trabalho. Ele é tão mansinho e querido. Como gostava de ver naqueles olhinhos lindos a alegria do nascimento de um irmão (como eu adoro o meu irmão!). E rezava: Meu Deus, dá-me juízo e paciência porque agora não podemos mesmo pensar nisso. Nem pensar.

E depois tive uma noite daquelas, com direito ao serviço completo de mudar roupas, levantar quase de hora à hora, eu acabar a dormir sem almofada e com uma camisa de noite do avesso cheia de leitinho. E levantar hoje de manhã a muuuuuito custo.

Não. Não resultou. Continuo a querer mais. E rezo: Meu Deus, dá-me juízo e paciência porque agora não podemos mesmo pensar nisso.

17 julho 2007

cabeça de maminha

É trocar sistemáticamente a palavras da ordem.

É passar os dias com as músicas dos mobiles na cabeça e trauteá-las no trabalho.

É ouvir tocar a campainha do escritório e pegar no auscultador do telefone. 2 vezes. Seguidas.

É não perceber as piadas mais básicas. Assim tipo abaixo do grau de dificuldade dos Malucos do Riso.

É contar pelos dedos para fazer contas às horas a que serão as próximas refeições do bebé.

Mas quando é que isto passa??


Já agora, mães recentes, quando é que desaparece aquela risca vertical na barriga? Anda uma pessoa já com a barriga mais ou menos lisinha e agora tem de andar a usar roupa comprida para tapar um diabo de uma Muralha da China??

16 julho 2007

e porque fui desafiada

pela Rita, cá vai o Meme dos Livros: "Pegar no livro mais próximo - Abri-lo na página 161- Procurar a 5ª frase completa- Colocar a frase no blog- Não vale usar o melhor livro que têm, usem o mais próximo- Passar o desafio a 5 pessoas."

O livro mais próximo é o VV.AA. (2003), Públicos da Cultura. A frase que calhou reza assim: "Os públicos da cultura, neste sentido, não se limitam a reais ou potenciais consumidores/espectadores/fruidores que, no limite, fazem dos excluídos aprendizes do bom gosto - o que se procura, aparentemente, é uma des-sacralização da arte que integra o sentido do direito ao não-gosto."

E desafio quem se sentir desafiado!

Do Gustavo: ontem a papa marchou toda que nem ginjas! Não fosse ele filhinho do seu pai, guloso :P

14 julho 2007

um ano no novo ninho e a primeira papa

Um ano desde a saída do ninho. E para quem acha que é a mesma coisa: não, não é. O casamento altera as coisas. Depois logo escrevo sobre isto mas, para já, beijinhos beijinhos ao meu maridinho por este ano maravilhoso e por ter tanta paciência para mim e para as minhas manias (eu cá vou tendo tolerância para as tuas!).

E hoje, grande emoção, o Guguinha comeu a sua primeira papa! Ehhhhhhhh. Ou melhor, mamou umas colherzitas de papa. Ele diz que o sabor é bom mas a consistência é estranha. Chorava a pedir mais mas depois tentava mamar na colher e esquecia-se de engolir. Já para não falar que tentava sempre levar ambas as mãos à boca para "ajudar". Isto os bebés são um bocado incompetentes, de facto :P
Mas não se sujou assim tanto (pelo menos por enquanto...)! Depois não descansou enquanto não se agarrou a uma maminha e a excitação foi tanta que, no fim, caíu para o lado de sono. Vamos lá a ver como corre amanhã.

12 julho 2007

4 meses

Este foi o mês das primeiras frustrações - e ainda bem, pois é delas que nascem as grandes descobertas. Gemias, torcias-te, quase uivavas, mas lá conseguiste virar-te. E agora já te viras todo contente, de barriga para baixo e vice-versa. A chucha, essa tua amiga inseparável, começou a ser arrancada várias vezes da tua boca por uma coisita que tens pendurada no braço, com 5 coisitas mais pequenas, e que ainda não dominas a 100%. Mas depois lá percebeste que essa coisa também serve para voltar a pôr a chucha - pelo menos nos dias em que a tua pontaria anda melhor.
As brincadeiras também se intensificaram e tornaram mais concentradas. Já não desistes facilmente antes de agarrar e puxar os brinquedos - até já descobriste que os da espreguiçadeira fazem barulhos e luzinhas - e agora queres apanhar os desenhos dos livros e os estampados da nossa roupa (pois é, falta-te saber a diferença entre as 2D e as 3D). Divertido mesmo é como te sentes tão importante e fazes um ar orgulhoso quando te sento como "os crescidos", apoiado pelos bracinhos. É bom ver o mundo dessa perspectiva, não é? Mas ainda vais ter de esperar uns tempos até o poderes fazer sozinho.
Mas o mais engraçado é como evoluiu a tua forma de te relacionares. Continuas muito simpático e sorridente mas já distingues perfeitamente os estranhos (as senhoras/meninas ainda ganham mais sorrisos) e descobriste que vive cá em casa um senhor simpático e que também faz palhaçadas e brinca contigo: o Papá! E que bom que é ver que gostas tanto de nós como nós gostamos de ti, bebézão gordo e lindo :D
À noite continuas muito irrequieto e agora achas que o fim da mamada da madrugada é uma boa hora para cantares para os vizinhos... Por falar nisso, continuas a ser um grande comilão mas começas a ter preguiça para a maminha porque o biberon é muito mais rápido :( O que vale é que vamos começar com as papas! Muitos parabéns por estes 4 meses inesquecíveis e pelo bebé querido, querido e maravilhoso que continuas, cada vez mais, a ser, meu filhote!


11 julho 2007

olhá banda fresquinha!

Diz que são jovens e talentosos e tocam muito bem e tudo. São os The Guys from the Caravan e vão à final do TMN Garage Sessions na próxima sexta-feira, no Santiago Alquimista. Meus amigos, vão vê-los, vale mesmo a pena. E, se não quiserem desembolsar os 10 euros, também vão tocar à FNAC do Colombo no dia 28 de Julho.

10 julho 2007

o parto

Para os mais curiosos (e não demasiado impressionáveis), o relato do parto do Gustavo vem hoje no baby boom.

09 julho 2007

ainda das maravilhas

Dos resultados, tenho a dizer que é claro que nunca se poderia agradar a todos. E já se viu antes, com os Grandes Portugueses, no que estas votações democratíssimas podem dar. Que isto seja um indício para os politólogos que sonham com as democracias perfeitas auxiliadas pelas novas tecnologias...

Mas maravilhoso, maravilhoso, só que assim mais ao contrário, mais no sentido do vergonhoso (eu ia escondendo a cara atrás da almofada até desligar a televisão), foi o espectáculo. Fui só eu que achei que aquilo parecia mais amador do que o Festival da Eurovisão da Canção Nacional de 1978? As paragens, a desorganização, os apresentadores como míopes que não conseguiam ler o teleponto, a Marisa Cruz a tentar ser engraçada - pronto, podia ficar só caladinha com o seu vestidinho vermelho que os espectadores masculinos não pediam mais nada... E o senhor Não-Sei-Quantos, representante do Não-Sei-Que-Mais das Nações Unidas, que não apareceu devido a "atrasos nos aeroportos", deixando o Ben Kingsley com uma autentica cara de pum por ter de ler o discurso do outro (aproveitando para mandar a boca no fim: "Thank you Portugal for this wonderful show - Not my words!". Para aqueles que temem que Portugal volte a organizar um grande evento como a Expo98 ou o Euro2004, gastando com isso rios de dinheiro, descansai - nunca mais nos põem nas mãos algo que implique mais responsabilidade do que um campeonato regional de pesca à linha...

Maravilhoso, maravilhoso mesmo é o meu marido que anda a fazer um excelente trabalho como dono-de-casa. Ele lava, ele cozinha, ele estende, ele arruma (reticências aqui...). Ele cuida do Gustavo e brinca com ele todo o dia e, atenção, façam soar as trombetas: ele ATÉ muda as fraldas. Isto porque ouço muitas mães dizer: "Ai o pai do meu filho é óptimo, faz tudo! Excepto mudar as fraldas, claro!" As mães devem ter um olfacto menos apurado, concerteza...

Ena, hoje fartei-me de gralhar! :D A ver se agora trabalho qualquer coisa. Boa semana!

07 julho 2007

a encantadora de bebés

Não sou eu, é a Tracy Hogg. Para quem nunca leu livros dela nem viu o programa no People & Arts, é uma enfermeira pediátrica, especializada em bebés, com algumas técnicas um pouco heterodoxas nos nossos dias mas muito sucesso em resolver os principais problemas relacionados com o dia-a-dia (e noite!) dos bebés. Digamos que se o mainstream é o Brazelton, a Tracy Hogg está na outra ponta do espectro - apesar de ambos se complementarem em muitas coisas.
Desde que o Gustavo nasceu que temos seguido o princípio EASY (eat, activity, sleep, you) que ela sugere. Parte da ideia, quanto a nós certa, que os bebés são pequeninos e por isso não sabem. Não sabem adormecer, não sabem bem se querem mamar ou se querem só miminho, não sabem quando são horas de brincar e quando já estão demasiado cansados. Como não sabem, cabe-nos a nós ler os seus sinais e guiá-los, introduzindo alguma rotina e estabilidade nos seus dias. Basicamente, devem seguir o processo "mamar, fralda/ banho/ vestir/ brincar/ mimar, dormir (seguido de um período em que o pais conseguem um tempinho precioso para si próprios)". Isto, seguindo períodos de cerca de 2 /3 horas de início, até às 4 horas aos 4 meses de idade.
É claro que isto vai contra o princípio do dar de mamar a pedido que domina hoje em dia. Mas devo dizer que sou cada vez mais fã desta senhora. Esta rotina ajuda não só a criar estabilidade e, logo, maior bem-estar para o bebé e os pais, como mesmo em termos digestivos (digo isto porque às vezes fazia batota e o Gustavo ficava com mais cólicas) e dos sonos - a partir do segundo mês, o Gustavo aprendeu a adormecer sozinho e nunca fica demasiado cansado nem rabujento(e choroso por consequência!). Física e comportamentalmente esta um bebé 5 estrelas, por isso só posso mesmo recomendar este método - ainda que custe, de início, ver o bebé a choramingar e não o pôr logo na nossa cama nem sacar de uma maminha. Porque custa. Mas é só a fase da aprendizagem.
Sei que há quem ache que estes princípios podem ser um bocadinho rígidos mas o truque está mesmo em saber, em última análise, seguir o nosso instinto. É claro que há dias em que ele tem mais fome e precisa de comer mais cedo. E há dias em que dorme menos e volta a brincar antes de mamar. Mas, sinceramente, acho que vale a pena pelo menos experimentar.

E que BOOOOOM que é poder passar o fim-de-semana de novo com ele, a brincar, cantar, dar banho, passear... :D

05 julho 2007

mais guloseimas


Depois de bombear 170 ml (perdoem-me o grafismo os mais impressionáveis - se bem que não percebo por que é que isto incomoda tanta gente...), a Mãe merece um.

04 julho 2007

tentativa de post de Verão

O Cornetto Leite Creme é boooooooom (isto porque há um intenso debate sobre o assunto dado que este gelado não deixa ninguém indiferente).

E esta noite o Gustavo fez 8 horas de intervalo entre as refeições pela primeira vez. Hip hip, urra! (o que não invalida que nos levantemos quase de meia em meia hora para tapar/ virar/ pôr chucha/ esfregar o burrinho na cara/ destapar/ endireitar o bebé)

... mas continua a ser tão difícil deixá-lo em casa...

03 julho 2007

o clone

Eu tenho um clone. Um rapazito que se alapou ao meu orientador de licenciatura e mestrado, pegou nos dados que recolhi e tratei, mergulhou no tema da minha tese e, não satisfeito, veio trabalhar para o mesmo sítio que eu e ocupou o meu computador durante a minha ausência. E não queria sair de cá. Se a minha roupa interior começar a desaparecer do estendal vou mesmo ter de tomar medidas drásticas.

Quanto ao regresso: ontem de manhã custou muito mas o sorrisão à hora do regresso compensa (quase) tudo! E também é bom ter os miminhos dos colegas. Desculpem lá visitar-vos com menor frequência (o que se reflecte, claro, nos comentários aos vossos posts) mas agora é mais complicado...