28 julho 2010

as férias a valer vão começar

No que toca à maternidade, sou mesmo do piorio. Nem confesso aqui metade para não me cair em cima a brigada da amamentaçãoobrigatória-anticreche-cosleeping-e-não-bato-nos-meus-filhos. Mas revelo isto: estou tão contentinha porque as minhas férias vão começar! Chega o meu homem e eu boto os phones nos ouvidos. Bebés a chorar, nem ouvi-los. Sopas, nem toco em tachos. Fraldas, elas que se lavem a si próprias. Não quero saber, não estou cá, me no speak beibi-talk. O papá que trate deles que eu vou dedicar-me ao bronze das bochechas do rabo. (à vontade um dia inteiro, ou mesmo dois)

26 julho 2010

tarzan

O Dunga decidiu que estava na hora de o mundo reparar nele. Assim com muita força. E vai de gritar, gritar, gritar. Quando lhe apetece, grita. Quando não o pomos de pé nas suas pernitas cheias de força, grita. E belisca, e puxa e senta-se todo para a frente na espreguiçadeira. Tanta vontade de crescer numa pessoinha só, caramba! E lindo que ele está :)

24 julho 2010

lua cheia

Coisa boa da minha juventude, aproveitar a lua cheia para tomar banho à meia-noite no mar. Fizesse calor ou um pouco de frio. Só estrelas e um mar muito negro a chamar por mim. Hoje não vou ao mar, que tenho de dar antibiótico ao Dunga daqui a pouco. Mas a piscina espera por mim :)

20 julho 2010

pielonefrite

Eis que uma aparente virose afinal é infecção urinária, só que afinal é pielonefrite. Depois de 6 dias de febres bastante altas, impossíveis de baixar durante a noite (e oh que belas noites!), o antibiótico fez efeito e o Dunga já está bem. Ninguém gosta de ouvir palavras como "internamento" e "sequelas" mas fazem parte do dicionário das mães. E também uma resistência saída não sei de onde para continuar a mimar, dar medicamentos intragáveis, ir e voltar de Faro repetidas vezes, acreditar que a temperatura não vai voltar a subir. As férias continuam agora num blogue perto de si. Esperamos.

17 julho 2010

quando não podemos fazer mais nada

Já todos sabem que ter filhos é lindo e cansa e dói e enche o coração e mais uma série de coisas. O pior, e que só os pais sabem, é quando eles estão doentes. E continuam. E vamos ao médico, damos a medicação, viramo-nos para um lado e para o outro e a febre volta, sobe, persiste. Nestas alturas lembro-me sempre de todos os que tiveram (e têm) de lidar com isto sem quaisquer meios de assistência, sem antipiréticos, sem análises. E depois penso que, no fundo, não tenho mais poder nenhum do que eles. A saúde e a doença são tão, tão pouco controláveis. A maior parte das vezes só nos resta dar colo e esperar, esperar, de coração apertado.

15 julho 2010

breves notícias da praia

A praia deve continuar bonita mas não encho o bikini de areia da rebentação há dois dias, que tenho um infante em estreia de viroses. Tostai todos vós que estais a trabalhar em Lisboa, eu fico aqui a baixar temperaturas à força de toalhas em água tépida. E é só isto por hoje.

09 julho 2010

areia entre os dedos e noites estreladas

A dureza da vida (qualquer dia cai-me um raio dos céus por estar sempre a chorar-me) mitiga-me as ambições estivais. Em 6 semanas de Algarve hei de fazer tão pouca praia que me bastará uma embalagem de protector solar. Mas, Dunga permitindo, vou ler tanto, tanto, tanto que ganho mais umas duas dioptrias em cada olho. E sangria branca ao almoço, com peixe fresco grelhado. E jantares na varanda, jantares em restaurantes, jantares não cozinhados por mim, que agora me sabem sempre a duas estrelas Michelin. Venham as noites mornas e o cheiro dos pinheiros sobre a falésia. Cantem as cigarras e os abelharucos nas tardes quietas de sestas e descanso. Vou para o Sul e vou aparecer pouco por aqui. Fiquem bem, boas férias e até qualquer dia :)

06 julho 2010

revelações em movimento

Há qualquer coisa nos meios de transporte que me puxa a epifania. Sento-me numa estação de metro e lá vem poesia para escrever no intervalo de três dias de agenda, que não há espaço para moleskins nos meus alforges de matriarca. Conduzia o meu primeiro automóvel à saída da faculdade e surgiu a revelação: já não sou adolescente. Conduzo agora o jipe que uma alma caridosa me emprestou e baixa em mim: já não sou mesmo adolescente. Não faz mal, no espelho retrovisor vejo o banco de trás, onde há quatro olhinhos castanhos e redondos, doces e pestanudos, confiantes em mim. São meus estes meninos. São meus para cuidar e amar e mostrar o mundo. Às vezes ainda parece impossível que sejam tão meus assim.

05 julho 2010

finalmente dormimos

Não escrevi o post do costume a assinalar o quinto mesiversário do Dunga porque não tenho o cabo para passar as fotografias e gosto sempre de ilustrar a coisa. De qualquer forma, temos bebé grande e bom, a portar-se um bocadinho melhor com a alimentação desde que passou a comer também sopa. E hoje dormiu das 00:00 às 8:00! Hip hip hurra! Agora vai ser assim todas as noites, vai, vai.

02 julho 2010

a pedagogia que custa mesmo um bocado

(ao telefone)

Gugas: "Mamã, vem buscar-me, não gosto de estar aqui."
Eu: "Oh filho, claro que gostas. Podes brincar com o X, o Y e o Z."
G: "Não gosto, não. Quero a Mamã e o Diogo. Vem buscar-me."
E: "Oh querido, amanhã a Mamã já vai ter contigo. Tens brincado muito?"
G: "Sim... (vozinha triste)."

E logo eu que tinha prometido a mim mesma que nunca iria proferir as palavras "claro que gostas". Humpf.

01 julho 2010

as minhas férias

Muita, muita, muita preguiça. O meu dia-a-dia não mudou quase nada, para além da roda-viva de visitas e de ter o meu cão colado às pernas o dia todo. Mas há uma preguiça mole e peganhenta que me faz quase acreditar que estou de férias.