27 junho 2007

tempo de vida e tempo de morte

Este post é sério e bruto, que eu não sei falar destas coisas de uma forma delicada.

No dia em que o meu irmão completa 22 anos (tenho saudades dele e ainda falta um mês para voltar), morre uma das bisavós do Gustavo, a avó paterna do L. Nestas alturas ficamos sempre surpreendidos e a pensar nos "e se". E se tivessemos pensado nisto. E se tivessemos estado mais com ela. E se lhe tivessemos levado mais o Gustavo, de quem ela sentia tantas saudades. E é nestas alturas que percebemos que nunca podemos desperdiçar uma oportunidade de ser carinhosos e atentos com alguém. Sem falsos moralismos, sem querer fazer a conversa da circunstância, era isso que eu gostava: ser mais carinhosa, mais atenta, mais humana. Mais cristã.

5 comentários:

rita disse...

Mas por vezes o tempo escasseia e a memoria falha... Não te sintas mal!!

Beijocas

Rita&Tiago

Anónimo disse...

Nem acreditas as vezes que penso nisto!... São tantas...

Quando o Amadeu nasceu aconteceu algo do género que não me perdoo: adiei a visita ao meu querido amigo Padre Sousa (lembras-te dele?), é que não foi falta de tempo nem de nada, foi só o deixar arrastar e, passados 13 dias ele morreu. De tudo o que me magoou naquela morte foi pior o sentimento de não ter mostrado o meu bebé àquela pessoa que eu tanto gostava.

É mesmo muito triste. Claro que nos pomos em causa, a nós, às nossas limitações, aos nossos cuidados com os outros, à nossa dedicação ao próximo, à nossa falta de atenção...

Talvez não queiramos acreditar que estas situações acontecem, mas acontecem e são difíceis de ultrapassar.

Pior ainda, é depois voltarmos a deixar arrastar o tempo, adiamos, deixamos para amanhã, como se não aprendessemos nunca...

Rita disse...

A morte de alguém soa-me sempre a um murro no estomago... talvez por isso mesmo... faz-nos sempre pensar que deviamos ter feito mais...

Beijos

mãe disse...

Pois eu andava sempre a pensar que se fosse para ter mais algum filho que queira que fosse antes da minha sogra morrer. Ela já tem 70s e tal e com uma saude que de saúde pouco tem.
A Sara já nasceu, é certo. Mas temo-la visitado bem menos do deviamos :/

gralha disse...

obrigada pelos vossos comentários. A verdade é que ninguém é perfeito mas vamos sempre a tempo de tentar melhorar um bocadinho...