07 novembro 2012
olha, é mesmo isto
A Anette acaba de me dar um abanão que já fazia falta. Dia após dia vemos os filhos a crescer e, ainda que tentemos deter-nos nos pequenos detalhes maravilhosos de cada etapa, a maior parte do tempo é passada ansiando pelo filho que será, pela conquista que ainda não veio, pela resistência que ainda lhe falta e a maturidade que tarda. Caramba, não. Cada dia é mesmo precioso. Que se lixe se nos atrasamos sempre a sair de casa porque agora quer mesmo despir-se sozinho, porque quer trazer aquele livro (não, afinal é o outro). Que se danem as horas de deitar, o enésimo abraço e aconchego na cama, as coisas programadas, o chão coberto de migalhas, as calças rotas nos joelhos, a corrida para o carro debaixo de chuva batida a vento. Eles nunca mais serão bebés. Eles nunca mais olharão para nós com uma avalanche de amor e confiança cega como a que têm agora. Obrigada, filhos. Obrigada, hoje.
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6 comentários:
Sim, sim, mil vezes siiiim!!!
Tanta coisa que eu perdi com as pressas, meu Deus. Ficou a lição. Ainda hei de escrever sobre isto.
Na mouche!
E o meu safadinho que detesta que o apressem pela manhã. Há caminhos que não se arrepiam!
3º comentário: não pressa de desenvolvimento, que isso nunca tive, mas tanto que me queixei de ele ter passado quase um ano e meio a acordar à noite que praticamente não me lembro de nada dessa altura. Não desfrutei dele, não desfrutei do bebé como podia ter desfrutado. Por outros motivos, o mesmo vale para o dia do meu casamento: estava tão neuras para que tudo fosse perfeito que mal me lembro do dia.
Bom, mas é passado. O lema do presente, já sabes: habitar o presente.
Ah, pronto, nem tudo é mau neste meu reino neurótico. Disso eu não me esqueço, há muitos momentos em que tenho isso bem presente.
Mas, pensando bem, é possível que os outros, os momentos de impaciência/desespero, se sobreponham ao resto.
Pronto, tens razão. É tempo de mudar isso.
Uma das minhas batalhas de há alguns anos: deixar de viver de expectativas. Tudo começou quando namorava com o R., vinhamos do algarve e eu queria chegar a determinada hora para o apresentar a 2 amigas.
Atrasamo-nos. Fiz a viagem de 6 horas em stress, aborrecida, a controlar os minutos... (se ele me aguentou nessa viagem isto há-de durar toda a vida). Conversámos depois sobre essa viagem de que nem me lembro... Não vale mesmo a pena... Há que desfrutar o presente, ponto final. Ele depois conheceu as minhas amigas e estão fartos de se ver, quer dizer, para quê estragar os momentos?!... Foi uma grande lição! Mesmo!
Claro que faço planos, mas mais nas áreas em que fazem mesmo falta.
Nota: Vês como estive ausente Gralha, agora estou com fome de conversa, gaja para te comentar o blogue todo, ahahahahah!
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