11 abril 2011

eu também quero fazer recomendações ao éfeémei

Estimados e simpáticos senhores (que daqui a uns anos nos vão perdoar a dívida, certo?),
Já que vão entrar pelo meu ninho dentro e desatar a gralhar acerca do que tem de ser feito em troco do vosso generoso "empréstimo", tenho algumas sugestões:

1. Aumento, e fiscalização efectiva, dos impostos sobre a propriedade mobiliária e imobiliária. Que não é só quem vive do trabalho que utiliza as estradas, os hospitais e as escolas.
 2. Limitação máxima dos salários base de qualquer funcionário público ao nível do Presidente da República e do Primeiro-Ministro. Sim, isso incui CEOs de empresas e institutos públicos.
3. Benesses como viagens em primeira classe, automóveis topo de gama, motoristas e assessores particulares são apenas para ministros e presidentes. O resto partilhe ou pague a diferença do seu bolso.
4. Avaliação independente de todos os funcionários do Estado e despedimento daqueles que, por um período superior a 3 meses, tenham produtividade inferior a 80%. Bónus para os que tenham produtividade superior a 100%. (é assim comigo)
5. Todos os feriados (excepto o Natal, o Ano Novo e o Dia de Portugal) passam a ser gozados na segunda-feira ou sexta-feira mais próxima do dia em questão. Acabam-se as "pontes".
6. Redução do período de férias de qualquer funcionário do Estado a 22 a 25 dias úteis (consoante a produtividade) por ano. Isso inclui as férias escolares e judiciais, está claro.
7. Avaliação e redistribuição por leilão dos 2 milhões de hectares de terra abandonados, caso se confirme que isso se verifica há mais de 2 anos.
8. Obrigatoriedade da emissão de facturas/recibos por qualquer entidade fornecedora de produtos ou serviços.
9. Suspensão do pagamento de pensões por reforma/invalidez a todos aqueles que continuem a ter uma ocupação remunerada de forma contínua. Se estão disponíveis para trabalhar, não precisam ainda da pensão.
10. Penalização dos pagamentos às entidades públicas na área da educação, saúde e justiça (propinas, taxas moderadoras, etc.) aos cidadãos que, por rendimentos ou propriedade, estejam num nível socioeconómico correspondente aos 20% mais ricos do país de forma a garantir a gratuidade dos mesmos serviços aos 20% mais pobres.
E é só isto. Espero que ajude.
Cumprimentos grálhicos

5 comentários:

Vera Dias António disse...

Quem fala assim não é gaga!

Por acaso queria perguntar-te se ainda te apetece voltar, ou se deixas para quando o FMI limpar a casa e as coisas estiverem mais cheirosas, mais brilhantes, mais arejadas?!!!

Melissa disse...

gosto!

Coisinhas Caseiras disse...

Nem mais, muito bem dito.
Assino em baixo.

gralha disse...

Enquanto existir um pedaço de terra rectangular entre Espanha e o Atlântico eu volto para lá. Não te livras de mim, Vera :)

Catarina disse...

go, gralha, go!