Estimados e simpáticos senhores (que daqui a uns anos nos vão perdoar a dívida, certo?),
Já que vão entrar pelo meu ninho dentro e desatar a gralhar acerca do que tem de ser feito em troco do vosso generoso "empréstimo", tenho algumas sugestões:
1. Aumento, e fiscalização efectiva, dos impostos sobre a propriedade mobiliária e imobiliária. Que não é só quem vive do trabalho que utiliza as estradas, os hospitais e as escolas.
2. Limitação máxima dos salários base de qualquer funcionário público ao nível do Presidente da República e do Primeiro-Ministro. Sim, isso incui CEOs de empresas e institutos públicos.
3. Benesses como viagens em primeira classe, automóveis topo de gama, motoristas e assessores particulares são apenas para ministros e presidentes. O resto partilhe ou pague a diferença do seu bolso.
4. Avaliação independente de todos os funcionários do Estado e despedimento daqueles que, por um período superior a 3 meses, tenham produtividade inferior a 80%. Bónus para os que tenham produtividade superior a 100%. (é assim comigo)
5. Todos os feriados (excepto o Natal, o Ano Novo e o Dia de Portugal) passam a ser gozados na segunda-feira ou sexta-feira mais próxima do dia em questão. Acabam-se as "pontes".
6. Redução do período de férias de qualquer funcionário do Estado a 22 a 25 dias úteis (consoante a produtividade) por ano. Isso inclui as férias escolares e judiciais, está claro.
7. Avaliação e redistribuição por leilão dos 2 milhões de hectares de terra abandonados, caso se confirme que isso se verifica há mais de 2 anos.
8. Obrigatoriedade da emissão de facturas/recibos por qualquer entidade fornecedora de produtos ou serviços.
9. Suspensão do pagamento de pensões por reforma/invalidez a todos aqueles que continuem a ter uma ocupação remunerada de forma contínua. Se estão disponíveis para trabalhar, não precisam ainda da pensão.
10. Penalização dos pagamentos às entidades públicas na área da educação, saúde e justiça (propinas, taxas moderadoras, etc.) aos cidadãos que, por rendimentos ou propriedade, estejam num nível socioeconómico correspondente aos 20% mais ricos do país de forma a garantir a gratuidade dos mesmos serviços aos 20% mais pobres.
E é só isto. Espero que ajude.
Cumprimentos grálhicos
5 comentários:
Quem fala assim não é gaga!
Por acaso queria perguntar-te se ainda te apetece voltar, ou se deixas para quando o FMI limpar a casa e as coisas estiverem mais cheirosas, mais brilhantes, mais arejadas?!!!
gosto!
Nem mais, muito bem dito.
Assino em baixo.
Enquanto existir um pedaço de terra rectangular entre Espanha e o Atlântico eu volto para lá. Não te livras de mim, Vera :)
go, gralha, go!
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