Pai dos meus filhos: cuida-te. Cuida-me. Sê um bom marido. Ri-te das minhas piadas. Elogia o meu penteado. Mete-te comigo. Valoriza o meu esforço. É que esta semana voltou a acontecer algo que já antes tinha experimentado: fiquei sozinha com eles e foi... fácil. E divertido. Sabes, quando não estás cá eu sou menos mãe e mais amigalhaça. Comemos pizza. Deitamo-nos mais tarde. Cantamos alto músicas inventadas para celebrar o lugar de estacionamento encontrado ao fim de muitas voltas. Eles vão para a cama sem tomar banho e com os dentes provavelmente mal lavados. Nem uma birra. Nem um queixume. A louça vai toda para a máquina. E eu deito-me sossegada a ver todos os filmes franceses sem legendas que me apetece. Estás a ver o problema que isto levanta, não é?
E não venhas agora dizer-me que eu é que insisto nas refeições nutritivas, nos banhos, nos horários, na pressão das mil-e-uma-coisas que me deixa rabujenta, nas roupas impecavelmente dobradas, só porque é tudo verdade. Se calhar o que falta é mesmo virar tudo de pernas para o ar, de vez em quando. Para depois te recebermos de braços abertos e com muitas saudades. Principalmente porque as noites continuam frescotas.
8 comentários:
Concluo que será mesmo bom que o pai dos teus filhos continue a ser um bom marido caso contrário corre o risco de vir a ser pai de duas crianças piolhosas e desdentadas!
ahahah bom muito bom! não sei se ele, teu marido, vai gostar muito...
Isto é narração ou quê, Gralha???
:)
Bj
Ainda bem que voltaste ;)
Ai caraças. Vou deixar o pai dos meus filhos sozinho com eles durante 4 dias...
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Está a chover lá fora e está mesmo muito frio. Acho que está um belo dia para ir andar de bicicleta de manga curta. :D
Inesa, sua provedora do aprumo infantil!
Té, continua sem ser narração, agora é estilo epistolar :)
Carla R., toda a gente sabe que para os pais é impossível ficar 4 dias sozinhos com os filhos sem a coisa patinar, não vale a pena constipares-te. Anda daí apanhar chuva, mas de gabardine.
Ui... ai se eu fosse falar da monoparentalidade...
Mas no meu caso, o meu aguentava-se bem à bronca com ele por 4 dias! Porque o meu terrorista já percebeu que quando em presença dos dois dá mais margem para o desatino.
Quando está só comigo ou só com o pai, parece transfigurar-se num anjinho... com os dois, ui... é só queixinhas e chantagens!
Ah, a monoparentalidade aqui só corre bem com o pai (cinco dias). Com a mãe é um drama (15 dias), mas a mãe ganha o prémio máximo do dramatismo, por isso...
pois é, pois é, mas a falta que faz um homem na cama em dias frios...
(por mais ordinária que esta frase possa parecer, eu quis mesmo referir-me À temperatura)
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