27 agosto 2013

animalia avulsa

Todos os dias vejo pombos mortos nos passeios, nas bermas da estrada. Não sei se faz parte das mais recentes iniciativas camarárias mas gostava que me esclarecessem (isso pode determinar o meu voto). Se os ingleses andam a matar texugos, tão mais giros do que as ratazanas aladas, e não se inibem de o anunciar, há qualquer coisa de muito complexado continental neste tabu do controlo eugénico de espécies não humanas.
Já o meu cão desatou recentemente a fazer chichis por todo o lado, a toda a hora. Vaticinei logo o fim iminente. Mas era só birra de fim de férias. Eu também voltei ao trabalho e ninguém me vai perdoar se começar a deixar poças no linóleo azul do gabinete, quem é que este canídeo pensa que é?
Por outro lado, verifico que a vida selvagem pulsa em força durante as minhas horas de expediente. Há uma cigarra que faz uma chinfrineira indescritível, mesmo aqui junto à janela. Às 12h, cala-se. Retoma por volta das 13h. É uma cigarra que vive num estabelecimento de ensino superior público, está bem de ver. Gosto muito da companhia que me faz e detesto pensar que, em breve, vai calar-se. E ser substituída pelo ruído das praxes, que agora duram todo o ano lectivo.

3 comentários:

Naná disse...

Tu não me digas que sofres de "columbofobia"??!!

Ou de columo-cigarro-fobia?!

gralha disse...

Não gosto de espécies invasoras, em geral. Sobretudo daquelas que espalham dejectos moles pela cidade fora.
A cigarra é uma querida!

triss disse...

A mim os pombos não me enervam por aí além, tenho outros "issues" com outras espécies invasoras, essas sim invadem o meu lar sem serem convidadas, mas adiante.

Olha, em relação ao shampô, foi sol de pouca dura, alisou nas primeiras vezes e agora nada...