28 agosto 2013

tempestade no levante

A avaliar pela subida dos preços do petróleo, parece garantido que vem aí intervenção armada na Síria. Cada nova guerra que nos é noticiada à distância é vivida de acordo com a nossa maturidade no momento mas a verdade é que sempre detestei tudo o que tem a ver com esta estúpida movimentação (des)organizada para provocar a morte e a destruição. Ainda assim, não encontro facilmente respostas ou alternativas. É óbvio que tem de se travar um regime que massacra o seu povo. E a dinastia Assad nunca primou pela diplomacia desinteressada nem pela moderação nos actos. Estamos a falar de um daqueles países onde há uma estátua gigante do Grande Líder a cada esquina, onde não há liberdade de expressão, e onde uma civilização milenar e multicultural nunca conheceu realmente a paz e a democracia. No livro que estou a ler agora, numa estranha coincidência, o autor passeia-se entre Alepo e Damasco, maravilhando-se com as paisagens férteis, as gentes educadas e prestáveis e todos os contrastes de um dos vértices da humanidade. Fico com muita vontade de conhecer este país e tenho muita pena que isso não venha a ser possível nos próximos tempos. Muito mais triste é a tragédia pessoal de cada uma daquelas pessoas, que promete ganhar novos contornos de horror muito em breve.

2 comentários:

Naná disse...

A dinastia Assad e os demais líderes políticos dos países limítrofes... que quando não estão a meter o povo em guerrinhas, arranjam guerrinhas dentro de fronteiras...

Começo a acreditar na teoria científica de que aqueles povos têm a agressividade exponencialmente aumentada devido às elevadas temperaturas e clima quente...

Ana. disse...

Eu vejo as imagens que as televisões passam (se vires na CNN então é quanto mais cruel, melhor) e só me dá vontade de chorar...
Vivemos num mundo muito retorcido.
:/