21 fevereiro 2014
vigília
Respiração acelerada, curta, superficial. Muita tosse e um sono perturbado por crocodilos, ladrões, piratas, maus. A febre sempre à espreita. E eu ali ao lado, a velar-lhe as horas nocturnas. À espera que melhore, minuto a minuto. Como é difícil não fazer nada, não poder resolver. Para esta minha geração de pais, tão informada e pró-activa, é quase uma tortura não ter uma solução rápida para tudo à distância de um clique e de 5 ml de qualquer poção mágica. Mas há mesmo curas que se fazem apenas com o tempo e uma presença silenciosa. Pensando bem, se calhar isso também se aplica a tantas outras urgências da vida.
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4 comentários:
É nestas alturas que me faz mesmo falta a senhora minha mãe, para me elucidar sobre que mézinha caseira usar... se gemadas, ou chás disto e mais aquilo... podiam ser placebos mas davam um resultadão!
A minha avó falava de "remédio de mãe", que era só mesmo esse velar e esperar. Uma presença. Demora, mas é infalível.
Estou tantas vezes nesse lugar que descreves aqui, tantas vezes...
Ai ggralha... a minha veio de casa dos avós italianos curada de tudo. Casas a 23º, estás a ver. Nem na neve a miúda se constipou. Chega a Portugal e á casinha dela super húmida e pimba, cá estamos nós com a tosse nocturna.
Irra!!
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