Como é que se pode comparar dias eternamente iguais, em que só mudam as estações do ano (e agora já outona em força, por lá), a dias imprevisíveis excepto na sensação de casa? Estar em casa. No nascer do sol (lindo!) junto ao rio, com amigos, sozinha, com os filhos, no trabalho, na caixa de supermercado, em casa. Sem me perder na tradução, sem complexo de ilha, sem me sentir fora de pé - e farta de ficar parada, a boiar, para não nadar até à exaustão.
"Então, e como foi a experiência de viver nos EUA?" Foi boa. Foi como vestir a bata, entrar no laboratório, espreitar pelo microscópio e observar quatro celulazinhas semi-inertes ao longo de vinte-e-quatro meses. E depois despir a bata, enviar o relatório, voltar para casa e comer um prato de sopa de grão com espinafres.
Este hoje vai para a Leonor (e para todas as minhas amigas emigradas, já agora).
1 comentário:
como te compreendo... beijos grandes!
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