Martinho nasceu na Hungria por volta do ano 316 e
pertencia a uma família não-cristã. O seu pai era comandante do exército romano.
Por curiosidade começou a frequentar uma igreja cristã, ainda criança,
sendo instruído na doutrina, porém sem receber o baptismo. Ao
atingir a adolescência, para tê-lo mais perto, o seu pai alistou-o
na cavalaria do exército imperial. Mas se o intuito do pai era afastá-lo
da Igreja, o resultado foi o inverso, pois Martinho continuava
praticando os ensinamentos cristãos, principalmente a caridade. Depois,
foi destinado a prestar serviço na Gália.
Foi nessa época que ocorreu o famoso episódio do manto. Um dia um
mendigo que tiritava de frio pediu-lhe esmola e, como não tinha, o
cavaleiro cortou seu próprio manto com a espada, dando metade ao
pedinte. Durante a noite o próprio Jesus lhe apareceu em sonho, usando o
pedaço de manta que dera ao mendigo e agradeceu a Martinho por tê-lo
aquecido no frio. Dessa noite em diante, ele decidiu que deixaria as
fileiras militares para dedicar-se à religião. Adaptado da Wiki.
Toda a gente, hoje em dia, parece detestar o termo caridade. Para mim, isso é orgulho ou incapacidade de se colocar na posição de outro que - sim, não teve a educação, saúde, justiça, quem o ensinasse a pescar, tudo direitos fundamentais - naquela altura, naquela altura de fome, de frio, de medo, de solidão, só precisa de uma ajuda concreta. A caridade não passa de moda. Pode mudar de nome, mas não pode desaparecer. E faz muita falta agora.
6 comentários:
concordo ponto.
O problema da palavra "caridade" é que, com o uso, passou a ter um significado vertical. Embirro com a palavra por isso, porque embirro com relações verticais de uma maneira genérica.
De resto, bom São Martinho, dona Gralha. Prometo que não farei um post based upon!
Caridade, generosidade, bondade, solidariedade e altruísmo, todas elas são precisas nos dias que correm!
E como o país está há uma necessidade cada vez maior de praticar caridade. Há muita gente a viver mal. Muita mesmo!
a caridade quase que pressupõe o "um em cima e um em baixo"...a solidariedade é uma coisa mais "lado a lado".
(é assim que eu as vejo, pelo menos...e odeio caridade por esse motivo.)
Mas, inesn, como negar que há um "de cima para baixo"? Há uns que estão em cima, que têm mais possibilidades e, logo, mais responsabilidades, e uns que estão em baixo, com menos possibilidades e mais necessidade de ajuda. Ninguém vale mais do que o outro, são só posições diferentes no acesso aos bens fundamentais.
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