08 outubro 2014

o meu único problema

Não conseguir, de facto, encarar-me com sentido de humor. Uma coisa é rirmo-nos das nossas falhas e fragilidades, o que esperam que façamos para demonstrar maturidade. Outra coisa é conseguir realmente a distância necessária para perceber a pequenez dessas coisas e ficar de bem com a vida. Que fique claro: as piadas que faço à minha custa são ainda mais retóricas do que aquelas perguntas com que confrontamos os amigos íntimos, esperando a confirmação de alguma coisa que já temos como certa. No dia em que me livrar da melancolia e achar graça à minha finitude, serei livre. Provavelmente no caminho da senilidade.

3 comentários:

Amigo Imaginário disse...

Ó mulher, se esse é o teu único defeito estás cheiiinha de sorte. Se eu escrevesse um post sobre os meus defeitos, tinha matéria para várias páginas! :)

PS: Ah... mas consigo rir-me facilmente de mim própria, valha-me ao menos isso. Custou, mas consegui. O que eu ainda não sei é fazer as pazes comigo mesma.

Ana disse...

Às vezes penso que a distância necessária depende do grau de lucidez. Quanto mais lúcidos, menor é a distância. Infelizmente.

gralha disse...

Esse não é o meu único defeito, é o meu único problema, Amigo Imaginário ;)

Parece-me que tens razão, Mãe Sabichona.