05 janeiro 2015

motor em ponto morto. não trave

Acabámos um puzzle de 999 peças. Fomos ao teatro. Passeei o meu cão velhote até ficar com as bochechas geladas e depois subi as escadas com ele ao colo. Felizmente, já não tenta morder-me. Fiz um kothu roti de galinha tão bom que me fez desejar ser outra pessoa só para poder casar comigo. Bebemos ginger ale em Óbidos e o Diogo insinuou que gostava de ter uma besta. Está a aprender a não pedir coisas, é um óptimo sinal. O Gugas viu o Sozinho em Casa três vezes. Li um livro que me deu vontade de abraçar a minha mãe. Fui lavar o carro*, resistindo à tentação de pôr um braço de fora para sentir as escovas a fazer-me cócegas. E qual o fio condutor de sentido entre estes factos aparentemente desconexos? Nenhum. O universo não anda para aí a atirar-nos bolas a ver se lhes apanhamos o significado.

E não há problema nenhum com isso.

* Aos passarinhos que fizeram pontaria ao meu capot mal acabado de secar: desejo-vos um futuro luminoso. Iluminado pela brasas de uma churrasqueira.

10 comentários:

Melissa disse...

Gralhinha, NUNCA vi tantos ingredientes numa receita só.

gralha disse...

Aldrabei metade. Mesmo assim usei três panelas e quase todas as especiarias lá em casa. Tenho de ir ao Martim Moniz.

D.S. disse...

Boa, boa. Abaixo os "o universo conspira para que sejamos felizes" e outras balelas do género.

E viva os puzzles de muitas peças!

gralha disse...

Alvíssaras pela milésima peça, desaparecida. Deve ser vermelha, é da porta do Faísca McQueen.

Inesa disse...

Ia perguntar se tinham perdido a última peça mas já percebi que sim... Isso é um bocado irritante.

dona da mota disse...

Quando aprendi a fazer arraiolos (que sei, embora nunca me tenha dado para isso) ensinaram-me que um dos pontos deve ter defeito, uma coisa disfarçada, invisível a olho grosso, mas que está lá e marca de forma única o tapete. Há-de ser o mesmo com o teu puzzle!

gralha disse...

Na verdade, a peça em falta é a melhor desculpa que podia ter para não colar e emoldurar aquilo, como queriam os pirosões dos meus filhos. Não, não fui eu que escondi a peça.

Naná disse...

Pobre ave... começa o ano logo com pragas!

gralha disse...

Naná, nem sequer estacionei debaixo de uma árvore. Aquilo foram aves que são muito más pessoas.

Melissa disse...

Vi o corre,corre cabacinha quando o Gabriel tinha uns dois anos, rio-me até hoje.