(título roubado com grande descaramento à Mãe Capotada)
Neste bonito processo que é a educação dos nossos filhos, há alturas em que nos deparamos com cruzamentos em que temos de fazer escolhas fracturantes. Quero ser a mãe fixe ou quero ser a mãe assertiva? Deixo-o tirar macacos do nariz, desde que seja com descrição e não os coma, ou incentivo a hipocrisia?
Pois bem, a festa de aniversário do Gugas aproxima-se e tive de fazer uma destas escolhas. Decidimos não fazer o (americanamente) politicamente correcto, convidar a turma toda, e deixámos que fosse ele a escolher quem queria convidar. Claro está que não quis convidar os rapazes que lhe andaram a fazer a vida negra nos primeiros meses na escola. Até que houve um deles que veio pedir-lhe para ir à festa. Resposta do Gugas: "pois claro que sim." E agora? Seguir a moral cristã e ensinar o perdão, ou seguir o instinto mais primário e ensinar-lhe que as (más) acções têm consequências? Se fosse com outra pessoa, tinha ido pela primeira opção. Tratando-se do meu filho mais velho que, temo, tem tendência a ser feito gato-sapato pelos espertalhões, achei que era mais importante mostrar-lhe que podemos dizer que não, que valemos por nós próprios e não pelos níveis de popularidade que atingimos junto deste ou daquele. Outras crianças precisam que lhes ensinem a dar. Esta precisa de aprender a não dar tudo a todos, indiscriminadamente. Posso bem com a fama de má, se for esse o preço de criar um adulto com o ego no sítio. Além disso, ele já pratica o perdão diariamente de cada vez que o Diogo lhe estraga uma construção de Lego. É uma questão de prioridades.
5 comentários:
Perguntava-lhe se ele quer mesmo que o colega vá ou se tem medo que lhe façam mal. Se ele quiser mesmo, aí ia pela opção mais cristã.
PS - eu sou americana, convido sempre ou todo mundo, ou ninguém. Tenho de me curar.
Para começar uma metrelhadela de tomates-cerejas ta-ta-ta-ta-ta !
Sou uma tansa ou uma manipuladora ?
Eu convida-lo-ia para fazer uma pequena brainwash a ele a aos pais, questão de sensibilização ou espirito colonialista, não sei bem... Acho sempre que as crianças violentas são sempre vitimas de qualquer coisa. O que é que eu estou a dizer ? Acho o mesmo dos adultos.
A parte do aprender a dizer não é importante, mas se calhar, tentaria levar a coisa pela conversa.
Ai, que isto de se falar na teoria e dos outros é tão mais facil ! Adoro !
Faz outra vez !
FYI o outro miúdo é um manipulador. Se é de natureza ou dos pais, deixo a questao para filósofos e sociólogos. Eu já passei a fase em que achava que devemos sempre dar mais uma oportunidade a alguém que repetidamente nos fez mal. Agora, cocozinho para eles, há mais quem mereça a minha amizade.
cocozinho para eles, é bonito.
Enviar um comentário