20 dezembro 2011

desemigração total

A propósito deste post da Melissinha, e passados três meses de regresso, tenho a dizer que me sinto totalmente desemigrada. Nem um bocadinho imigrada, desintegrada ou baralhada. Note-se que só estive dois anos a viver lá fora mas, ainda assim, acho que é mais casmurrice patriótica do que outra coisa que pesa para esta condição. Estou mesmo (bem) em casa. E não é por isso que acho que isto é o Paraíso. As coisas que me doíam em Portugal, continuam a doer: o complexo de inferioridade, a condução bélica, a falta de capacidade de trabalho. São os defeitos de um país, que conheço e com os quais convivo como se de um progenitor se tratasse. E também não é por isso que deixei de comer torradas com manteiga de amendoim e doce, ou que voltei a gostar de futebol e telenovelas. Na verdade, Margarida, acho que mudamos mas não temos de nos sentir para sempre expatriados. Boa viagem de regresso e não te esqueças do doce!

1 comentário:

margarida disse...

:)
Fico contente que a desemigracão seja possível e que o tenhas conseguido. Se calhar o que me falta é uma família, marido, filhos, cães. Quando voltei da Finlândia senti um vazio muito grande. Também só lhe dei 1 ano, voltei logo a emigrar.
Há esperanca!
Beijinhos