Começo a suspeitar que sou uma mãe demasiado relaxada no que diz respeito à aprendizagem dos filhos. Se ainda estivesse nos EUA, tinha as educadoras deles à perna porque o Gugas ainda não faz somas e subtracções no papel (oh yeah, faz parte do programa obrigatório do Kindergarden na NJ!) e o Diogo ainda não aponta para as partes todas do corpo. Mesmo no nosso mais despreocupado país, temo que eles possam perder o comboio do sucesso académico precoce.
Está bem que lemos, construímos, inventamos, desenhamos, rebolamos e dançamos juntos, mas o mais velho ainda não sabe as letras todas (acho eu, nunca o fiz recitar o alfabeto) e o mais novo só agora deixou de chamar "Cocó" ao outro. É que não faz parte de mim exigir-lhes isso. Também não me exigiram essas coisas a mim, quando era só um perdigoto. Pensando no assunto, há apenas três coisas que eu "exigo" que eles aprendam nesta fase do campeonato: a auto-estima, a sensação de segurança quanto ao serem amados e respeitados, e a usar a imaginação. O resto, desculpem lá, fica para os professores daqui a uns anos.
Mentira, também faço questão que tenham boas maneiras!
8 comentários:
olha, então se isso é ser pouco exigente, eu também me inscrevo nesse clube, porque apesar do meu já saber as letras todas e os números até 10, foi porque ele quis aprender e perguntava, não porque lho tenha exigido ou obrigado a aprender. Acho que cada criança tem o seu ritmo e eles têm que ser crianças, enquanto estão na idade própria para o serem!
:) mt bom!
Eu não sou mãe mas já fui filha e também não em lembro de grandes pressões para saber o que ainda não era altura de ser ensinado. Depois na escola adorava estudar e tudo isso, mas é bom deixar as crianças serem crianças felizes que é isso que recordamos o resto da vida adulta.
You go mãe gralha!
Outro dia fomos ao pediatra com os putos e ele sai-se com uma mão cheia de perguntas acerca das "habilidades" do António, depois vira-se para o António e pergunta-lhe:
Onde é que está o nariz?
O meu querido filho, que não teve uma única lição de anatomia, espeta o dedo no olho.
Depois olha ingenuamente para esta mãe, culpada e tolhida pela vergonha de não ter um filho que correspondesse às expectativas e normas europeias. E esta mãe que te fala, faz sinais para o sítio certo. António emenda e aponta para o nariz :)
Pediatra fascinado: Ele errou e corrigiu! Incrível!
Olá e desculpa a invasão, nunca comentei aqui e vou logo começar com ironia...
Então mas tu não me digas que ainda não inscreveste os miúdos no colégio bilingue!?
Agora a sério, isto foi conversa de uma amiga de Lx, diz que o colégio bilingue tem muito mais a ver com a educação que eles querem para o garoto (2 anos). Respondi que me importava mais com o facto de ele ser feliz na creche em que anda (o meu, 2 anos também). "Ah, mas aqui (eu não sou de Lx, sou provinciana) se queres conseguir uma escola destas, tens de o por logo na creche e mesmo assim foi com uma grande cunha...". Respondi: "o meu filho vai frequentar o ensino público". Não abriu mais a boca. Fim.
Maternidade ornitológica, aqui. Muita observação, pouca intervenção (por ora).
E quem fala assim não é gago! Acredito que devem ser eles a guiar-nos, mediante o que eles desejam saber...
Para quê escolarizá-los antes da hora? Depois qd chegam lá estão fartos e nada lhes interessa..
beijos*
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