07 fevereiro 2012

amizades

Sempre tive poucos amigos. Há um grupo de amigas que conservo há mais de dez anos e que nunca me falha. A mais nova tem mais de 60 anos, a mais velha aproxima-se disfarçadamente dos 90 - e ainda é a mulher que conheço que conduz melhor. Estiveram sempre comigo, mesmo quando estive longe. Houve um postal, houve uma carta, houve um email quando precisei e há sempre, sempre um abraço quando nos encontramos. Não passam o tempo todo a falar de doenças mas gostam de me contar as façanhas dos netos e as gracinhas dos bisnetos. Têm todas um coração de ouro. Vou vendo estas minhas amigas na minha Paróquia. E agora são também amigas dos meus filhos. Ontem passámos por uma delas (que estava com outra pessoa) e o Gugas parou e quis voltar atrás para ir dar-lhe um beijinho. São estas coisas que me fazem pensar que, no meio de um mundo com tanto sofrimento e tantas injustiças, ainda há muita Luz.

1 comentário:

Naná disse...

Ter amigos destes, mesmo que poucos, é um tesouro enorme, que poucos podem gabar-se de ter!
Actualmente diria que os meus melhores amigos são pessoas bem mais velhas que eu também, algumas com o dobro ou mais da minha idade.