13 julho 2011

spiderman

Há 4 anos e 4 meses que estava à espera do dia em que o meu filho ia parar de ser mais querido, giro e delicioso a cada momento. Acho que esse dia chegou, é verdade. Chegámos ao topo da montanha da adorabilidade e agora é o downhill até às borbulhas, barba, não-sejas-chata-mãe, amigos com motas, mãe-vou-casar. O Gugas está a deixar de gostar de desenhos animados irritantes de pequenino. E aprendeu a dizer mentirolas. E só quer nadar debaixo de água, aprender a escrever, saber tudo sobre automóveis, aviões, países, planetas. Já sei, já sei, "eles crescem tão depressa". Mas eu recuso-me a aceitar que um dia não vou ser o centro do mundo e o cúmulo da perfeição para ele. Desculpem lá, mas exijo que ele me olhe embevecidamente, me abrace como se não houvesse amanhã, me faça declarações de amor todos os dias. Uma mãe tem direitos e o spiderman é uma seca.
Nem tudo está perdido, acabou de se vir aninhar no meu colo. Ah, bom!

1 comentário:

Raquel Ribeiro disse...

é pena, ao ler-te vejo que sinto o mesmo!!!