Não sei por que é que a Shonda Rhimes e seus sucedâneos insistem na fórmula dos hospitais e escritórios de advogados para tecer as suas teias de intriga. Caramba, há um número limitado de maneiras como um médico se pode meter com uma enfermeira, que anda a papar o fisioterapeuta casado com a advogada que ganha os casos na antecâmara do juíz, que é irmão do médico (mas eles não sabem disso, chiuuu). Guionistas do algodão doce e do kleenex de lavanda: vocês não sabem o que andam a perder no mundo das universidades.
É um privilégio trabalhar numa universidade. Não só contactamos diariamente com pessoas inteligentes, interessantes, empenhadas e com espírito crítico como temos oportunidade de aprender imenso, de aceder a conteúdos reservados, de assistir em directo à produção de ciência. Por outro lado, também temos de lidar com as maiores prima donnas. Com profissionais do turismo académico. Com seres que são a definição de inépcia social. Com oportunistas maquiavélicos. Com assistentes subservientes. E com uma grande endogamia profissional que resulta em casamentos, descasamentos, casos e suspeitas ao maior estilo telefilmesco. Pelo meio, tenta-se fazer investigação e levar conhecimento à sociedade. Diz que também andam para lá umas criaturas semi-imberbes a fazer, como é que se chama mesmo?, uma licenciatura. Mas desde que sossegaram lá com aquilo das capas e das pandeiretas, uma pessoa até pode quase ignorar a sua presença.
6 comentários:
Ahahahahahahah! As universidades são um mesmo um local onde tudo acontece... a Shonda Rhimes anda mesmo a leste!
Bem, não há Shonda Rhimes mas para compensar há muito David Lodge (e do bom!) :)
É verdade, Rita Maria!
Ouvi dizer que outro meio bastante rico é o das orquestras. Parece que também há bastante ramboia :)
Ui.... E terras pequenas??? Ana C., esta dica é para ti! Ahahahahahahah
Não sabia que éramos colegas :P
é que este texto poderia ter sido escrito por mim, também a trabalhar numa universidade, ipsis verbis
Enviar um comentário