18 julho 2011

o poder da visualização

Sandes de manteiga de amendoim com doce de mirtilos, tu que acabaste de ser engolida com a ajuda de uma caneca de café adubada com leite condensado, estou a ver-te. Semi-desfeita numa papa acastanhada, desces até ao meu estômago e começas a decompor-te. Atravessas agora o meu aparelho digestivo e és absorvida por minúsculos vasos sanguíneos que me irrigam as vilosidades. O meu sangue está agora cheio de ti e corre direito às minhas coxas. Não vás por aí, sandes. Estou a ver-te, decidida, navegando em sentido ascendente. Chegas à minha caixa torácica e penetras o tecido adiposo das minhas maminhas (gostava de lhes chamar tecnicamente "mamas", mas não estaria a visualizar a realidade). Estás a preenchê-las, sim, a insuflá-las generosamente, numa adolescência inesperada. Obrigada, sandes, agora já posso usar blusas sem parecer um travesti com muito pouca maquilhagem.
Nunca li O Segredo, mas é assim que funciona, não é?

3 comentários:

Vera Dias António disse...

pá, as férias fazem-se bem! ficas engraçada!!!
por outro lado já não sou tua amiga porque me apetece uma sandes dessas e eu sou um pessoa em permanente redução de peso - não lhe chamo dieta - que ontem comeu 2 fatias de bolo de maçã e que não pode aventurar-se em cenas dessas que tu comeste.
muito giro este post!

gralha disse...

pá, obrigada Vera. E se seguires o meu post anterior podes seguir este, fácil fácil :)

Crenteoptimista disse...

O que me ri a ler isto :)
Obrigada, sim?
Bjs