02 junho 2014

apetecia-me voltar a usar o cabelo assim


Livrar-me dos caracóis, apanhar sol na nuca. Depois concedo que, provavelmente, o que queria era livrar-me do peso das responsabilidades de adulta, viver para sempre em férias grandes, trazer areia para casa e ter quem me curasse os escaldões com mimo e creme Nívea.
Pensando bem, quero a vida dos meus filhos. Está decidido, que lhes cresçam a eles os cabelos. A minha infância ficou bem completa, passo-lhes o testemunho. Já a adolescência, onde é que está o botão para desligar?

E depois se fico a parecer aquelas senhoras que «já não têm idade» para usar cabelo comprido? Pior, e se começam a achar que eu já não me esforço, já não invisto em mim, que relaxei? Como é que um post sobre penteados descamba na revelação do que parece ser uma identidade feminina hesitante? Porque, não, estas questões não estão resolvidas, nem sequer na cabeça das mulheres. 

3 comentários:

dona da mota disse...

Não é adolescência, é esta vontade de descamar/destralhar/descabelar que o bom tempo traz. Nesta altura também faço sempre uma loucura ao cabelo (sendo que, para mim, loucura são 20 cm de cabelo, ahahahahaah). Minto, o ano passado fui aí aos 10 no verão e soube-me muito bem. Depois cresceu e, bem, parece estar na hora de o voltar a cortar. Sabes que amava fazer esse corte? Mesmo. Mas eu é porque tive uma infância muito estagnada no que ao cabelo diz respeito. Sem arriscar nada...
O lado bom, vá, é que ao contrário de meio mundo nunca fiz uma permanente, ahahahahahahaah

Ana. disse...

Temos sempre idade para ter cabelos comprido!
Eu por exemplo, mais velhota do que tu, adoro o meu cabelo, mas quando estou mal da pinha, na impossibilidade de cortar a pinha corto o cabelo! Curto. Toda a gente diz que me fica melhor, que fico com cara de reguila e sei lá mais i quê, mas a verdade é que depois ando um ano à espera que cresça.

Também me dou melhor com a idade adulta. Não me lembro muito bem de ser criança e não amei ser adolescente, por isso... Só tenho saudades das férias de verão que passava deitada no sofá, a ler livros atrás de livros!

gralha disse...

dona da mota, se fizesses uma permanente fazias concorrência ao Raul Meireles no que à extravagância capilar diz respeito. Tu sossega, mulher.

Anamê, tens muita razão, a minha mãe já vai nos 61 e continua a ter uns lindos cabelos compridos (mas ela é tão bonita que tudo lhe fica bem e com bom aspecto). O mal é que o meu cabelo cresce tão devagar que demoraria 2 anos a voltar ao que tenho hoje.